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Escrito por José Joaquim

* Roda mundo, roda gigante. 

Ao ouvirmos no dia de ontem uma música famosa de Chico Buarque, Roda Viva, nos lembramos do nosso futebol que eternamente vive em uma roda gigante, que sempre para no mesmo lugar, e os seus passageiros descem, sem que nada tenha sido modificado.

Nada muda no sistema há décadas, a exaustão tomou conta dos seus diversos setores, e os reflexos estão bem claros à vista de todos nós.

Nos apequenamos.

Uma análise sobre o assunto nos leva a afirmar que esse pertence a um ciclo vicioso, que não muda o roteiro, como a roda gigante que nós citamos, que tem um sistema pernicioso e destruidor.

A roda parte de um modelo não empresarial que é adotado pelos clubes. O amadorismo reina, sem uma visão correta para negócios, e sobretudo por não contemplar a responsabilidade orçamentária.

Na continuidade do giro dessa roda viva, tal modelo leva a uma má gestão, que por sua vez arruína as suas finanças. O desespero bate às suas portas, e sem as condições de investimentos, os gestores continuam com o endividamento para que possam formatar equipes fortes, que na sua maioria absoluta não saem do papel. Profissionais caros sem retorno para o que investiram.

A roda continua girando, passando por uma quarta etapa, quando a situação financeira do clube se torna insustentável, as penhoras são constantes, atrasos salariais fazem parte de sua rotina, levando a necessidade da vinda de novos gestores para sanea-lo.

Lá no alto a roda dá uma parada, para que o processo de saneamento adotado pelos novos gestores seja implantado, mas para isso existe a necessidade de medidas duras, como aconteceu com o Flamengo que usou o longo prazo para mudar o seu rumo.

Começa a sua descida, quando a falta de investimentos produz uma piora nos resultados dentro de campo, com riscos de rebaixamento. Os torcedores começam a gritar: ¨queremos jogador¨. Os resultados negativos não são explicados aos seguidores, e esses começam a se afastar, como também os patrocinadores.

Quando a roda chega ao seu terminal, o clube começa a abrir os seus espaços para os dirigentes oportunistas, aproveitadores de ocasiões, sem a devida responsabilidade, nem o preparo devido, e concluem o trabalho de desintegração. O Figueirense é o um exemplo claro. Na verdade, o esporte da chuteira vem sendo conduzido como uma roda viva, desgovernada há muitos anos.

Sobre o futebol discute-se até os sexos dos anjos, mas esquece o fundamental, a capacidade e a seriedade dos seus gestores.

Roda moinho, roda pião.

Comentários   

0 #1 RE: RODA VIVAPLINIO ANDRADE 28-08-2019 12:26
JJ: O artigo é uma aula para todos. Será que os dirigentes de nossos clubes o leram? Acredito que não, pois esses pensam que sabe tudo e não precisa de ensinamentos. Parabéns.
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