* O domingo do Clube Náutico e de seus torcedores é de ansiedade por conta do primeiro jogo do mata-mata que dará o acesso à Serie B de 2020. O adversário será o Paysandu, que irá receber em casa o time pernambucano.
O alvirrubro foi o líder do seu grupo, como também teve a maior pontuação entre todos os disputantes, 33 pontos. O Papão do Curuzu foi o 4º colocado do seu grupo com 27.
O mando de campo tem a sua influência, mas pelo futebol que vimos do clube paraense durante a competição, o Timbu tem boas chances de obtenção de um bom resultado.
Para o dirigente de um clube que está nessa situação em um sistema de vida ou morte, apesar da boa performance, é sem duvida um suspense, uma ansiedade sem limite. Depois de tanta luta, disputar o seu futuro nesse modelo irracional é muito duro, mas como o Circo assim o deseja, a solução é a de ir à luta.
Vivenciamos algo bem parecido em 1990 com o Sport na Série B, no mata-mata com o Guarani, que era dirigido por um milionário da cidade e conhecido pela sua esperteza.
O telefone não parou de tocar durante o dia, e as conversas eram as mesmas: "o árbitro vai prejudicar o time", ou "o jogador tal está no bolso", coisas do futebol antigo.
A nossa resposta era simples: "vamos sair do estádio Brinco de Ouro, classificado para a final".
Não deu outra coisa, a confusão reinante no pós jogo, com tentativa de agressão ao árbitro pelo presidente do Bugre e os objetos jogados no gramado, não permitiram que o time rubro-negro voltasse ao vestiário. Tal fato durou quase uma hora.
O estresse foi grande, e certamente os dirigentes do Náutico estão sentindo o mesmo do que aconteceu conosco.
Não temos a menor duvida que o clube da Rosa e Silva irá passar por esse obstáculo, desde que os dias de hoje são mais amenos para disputas como essa, e a arbitragem escolhida foi sem duvida uma dádiva.
Anderson Daronco resiste as pressões que aparecem, e certamente a partida será decidida no gramado, e aí entra o elenco do clube com a responsabilidade de uma vitória.
NOTA 2- NO JOGO DA EMPATITE, DEU A GUTEMPATITE
* Na postagem de ontem afirmamos que o Sport era o favorito para o jogo contra o Oeste, mas tinha dois grandes problemas para vencer: a Gutempatite, e a Síndrome do Ressuscitador.
Permaneceu a primeira e o Leão somou mais um empate chegando ao 11º, igual ao número do time rival.
A rodada começou com quatro empates, três na última sexta-feira e uma na matinal de ontem, e que mostra a péssima qualidade dessa competição que está nivelada de forma rasteira.
A situação é tão ruim que um time como o Sport ainda está no G4, imagine os que estão atrás dele.
O melhor do jogo foi o comentarista Maurício Noriega do Sport TV, que conseguiu achar algo de bom nesse encontro.
Um autêntico comentário de Desfile de Escola de Samba, quando se dá nota 10 para todos os quesitos.
O jogo começou até bem, sob o calor do deserto do Saara, o Sport partiu para cima e perdeu duas boas chances. Parou e começou o futebol bumba-meu-boi de chutões para o alto, dezenas de passes errados, e com a melhora do Oeste.
No segundo tempo o panorama foi igual e o rubro-negro perdeu um pênalti cobrado por Hyuri. Depois disso esmoreceu e o rival dominou a partida perdendo algumas chances.
Futebol das 11h deveria ser para a cartolagem do Circo, desde que a temperatura dentro do campo passou dos 40 graus.
O Sport está brincando com a sorte, posto que o número de empates está chegando ao seu limite, e com o andar da carruagem vai chegar um momento em que os pontos a serem disputados não cobrirão as suas necessidades para atingir o número mágico.
Hoje com 18 jogos para serem realizados, o Leão tem que conquistar 30 pontos dos 54 em disputa.
NOTA 3- UM JOGO PARA OS CAMELOS
* Em um dia de sol e calor em São Paulo, com mais de 30 graus, o Morumbi assistiu um jogo que deveria ser de camelos, que são os únicos que conseguem sobreviver de forma tranquila no deserto.
São Paulo e Grêmio fizeram um jogo morno na matinal da Série A.
O tricolor gaúcho atuou com a equipe alterativa montada por Renato Portaluppi, mas não conseguiu criar oportunidades, e assistiu o time do Morumbi, empurrado pela torcida, perder várias chances.
O panorama da partida obedeceu a um roteiro programado de forma antecipada, um samba de uma nota só, com o São Paulo trocando passes e o time do Grêmio com um ônibus biarticulado à frende de sua defesa.
Os 17 chutes ao gol do tricolor paulista, na maioria foram para longe da meta gremista. O 0x0 foi de bom tamanho.
Na realidade a euforia da equipe comandada pelo técnico Cuca, que os analistas já estavam colocando como candidata ao título murchou, com duas rodadas sem vitórias.
Durante a partida aconteceu um acidente grave que foi transmitido para o Brasil para os assinantes do Premiere.
Um torcedor do São Paulo, despencou do anel superior do Morumbi, e atingiu uma adolescente que estava numa arquibancada inferior. As duas vítimas foram encaminhadas para hospitais da região.
Na verdade a queda do torcedor não foi a primeira no Morumbi.
Nos demais jogos de ontem pela Série A, o Bahia derrotou o CSA por 1x0, em um jogo sofrido, o Santos voltou a liderar a tabela de forma provisória ao derrotar a Chapecoense também por 1x0, o Athletico-PR em outro 1x0 venceu o Ceará e no último jogo o Internacional ganhou do time do Botafogo por 3x2.
NOTA 4- O FUTEBOL BRASILEIRO PRECISA DE MAIS EQUIDADE
* O Flamengo sem duvida é o clube mais estruturado do Brasil.
Tem uma demanda excelente em todo o país, e o ponto de audiência vale ouro.
Hoje tem uma máquina milionária graças ao trabalho da gestão de Eduardo Bandeira de Melo que o deixou muito equilibrado, e os que o sucederam estão dando continuidade.
Os demais clubes deveriam imita-lo.
Por conta desse poder, a discrepância das cotas de TV recebidas pelo rubro-negro com relação aos outros clubes é preocupante, e no Rio de Janeiro a situação é mais grave.
Para que se tenha uma ideia, desde que os valores foram reajustados em 2012, para efeito de comparação, o time da Gávea recebeu cerca de R$ 500 milhões a mais do que o Fluminense e Botafogo. Obvio que isso ajudou na sua recuperação.
Não estamos discutindo o tratamento diferenciado para os demais, mas por uma maior equidade no sistema, para evitar que no futuro o futebol brasileiro só tenha um clube.
O Flamengo é importante, mas para solidificar o crescimento precisa de rivais.
NOTA 5- DEZ JOGOS E NOVE GOLS É O RETRATO DA SÉRIE B
* A 20ª rodada da Série B foi encerada na noite de ontem com a realização de sete jogos, e na soma com os três encontros da última sexta-feira, foram 10 partidas com apenas nove bolas dentro das redes, com uma média de 0,90.
Tal fato mostra de forma clara o nível dessa competição que é um dos piores de todos os tempos.
Ao resultados de 0x0 e 1x0 aconteceram por quatro vezes. O 1x1 aconteceu uma vez, enquanto a "goleada" da rodada foi a da vitória do Bragantino sobre o Brasil de Pelotas por 2x1.
A tabela de classificação ficou mais apertada com as vitórias do CRB por 1x0 contra o Londrina, e da Ponte Preta também por 1x0 contra o Coritiba.
Ambos se aproximaram mais uma vez do G4, e estão com uma diferença de dois pontos para o Sport, 4º colocado.
O Bragantino somou 41 pontos, com uma diferença para o Coritiba (2º) de 7 pontos, e de 10 para o 5º, o Cuiabá.
Está passeando na raia, e em 18 jogos que ainda serão realizados, precisa de 7 vitórias e um empate para chegar ao acesso, ou seja 22 pontos.
O time de Bragança Paulista completou a 12ª vitória na competição. Por incrível que pareça, o Sport é o que tem menos vitórias entre os que aspiram o G4 no final, com apenas sete.
Os seus onze empates roubaram da tabela 22 pontos que irão fazer falta no futuro.
O horário de 11 horas é péssimo quando se joga num dia ensolarado. Só deveria ser utilizado durante os meses de junho e julho. Marcar um jogo às 11 horas com risco de ter uma temperatura acima de 30 graus é irresponsabilidade. Mas não foi isso que fez o Sport jogar fora 2 pontos ontem contra o Oeste. O grande defeito rubro-negro nessas empatites é a falta de "coletivismo" dos jogadores. O Sport teve umas três chances de "matar o jogo" em contra-ataques, mas desperdiçou por puro individualismo dos jogadores. Numa delas, o meia Marquinhos driblou 3 jogadores, mas ao invés de tocar para um companheiro desmarcado, preferiu tentar driblar o 4º jogador adversário e perdeu a bola. Bastava um único "golzinho" para o Sport vencer o jogo. Mas os jogadores foram desperdiçando todas as chances criadas. Inclusive uma penalidade jogada para fora quando o primeiro cobrador (Leandrinho) "amarelou" e se omitiu. Por sinal, Leandrinho continua sendo o mesmo jogador que só serve para o 2º tempo. Quando entra no início do jogo. Não rende quase nada. A diretoria do Sport tem de chamar 2 jogadores para uma conversa no pé de ouvido. O primeiro é Juninho, que tem futebol de iniciante e a "marra" de um Cristiano Ronaldo. Guto Ferreira já deu várias chances a esse rapaz. Todavia, ele não joga nada, não aproveita essas chances e ainda sai com "cara feia" quando é substituído. Alguém tem de dizer para ele o seguinte: "meu filho, pra fazer 'cara feia' tem de correr; tem de suar; tem de produzir em campo. Ficar "rebolando" de 'salto alto', como você faz em campo, não dá direito de reclamar de substituição". Juninho tem de voltar para o banco para ver se aprende como se deve jogar em campo. O outro jogador é esse Marquinhos. Ele teve uma chance em um time grande que foi o Santos. O resto da vida jogou em times pequenos do interior do estado de São Paulo. Agora que tem provavelmente a última chance de fazer o nome no futebol em um clube grande, vem jogar com individualismo! Tem de ser chamado num canto e ser dito a ele o seguinte: "meu filho, aqui é a última chance que você tem para ficar conhecido e ganhar dinheiro com futebol. Você veio para jogar para o time ou veio para jogar para fazer firula? Se for para fazer firula, a gente devolve você na hora de volta para a 4ª divisão do futebol brasileiro." São dois bons jogadores, porém precisam levar esse "puxão de orelha" para saberem que eles precisam muito mais do Sport do que o time precisa deles. No mais, Guto Ferreira precisa cobrar mais "coletivismo" dos jogadores, isto é, que procurem tocar a bola rápido e que tentem dar assistências para os que estiverem desmarcados. Só assim os gols sairão em grandes quantidades. O Bragantino é o melhor exemplo disso. Não há um jogador que se destaque. O destaque é o conjunto, o coletivo. E é esse coletivo que vai fazer o time subir e os jogadores serem vistos no cenário brasileiro. Só repetindo a mesma fórmula do Bragantino é que o Sport acabará com essa "empatite" crônica. Com a palavra, o treinador.
Comentários
Só deveria ser utilizado durante os meses de junho e julho.
Marcar um jogo às 11 horas com risco de ter uma temperatura acima de 30 graus é irresponsabilidade.
Mas não foi isso que fez o Sport jogar fora 2 pontos ontem contra o Oeste.
O grande defeito rubro-negro nessas empatites é a falta de "coletivismo" dos jogadores.
O Sport teve umas três chances de "matar o jogo" em contra-ataques, mas desperdiçou por puro individualismo dos jogadores.
Numa delas, o meia Marquinhos driblou 3 jogadores, mas ao invés de tocar para um companheiro desmarcado, preferiu tentar driblar o 4º jogador adversário e perdeu a bola.
Bastava um único "golzinho" para o Sport vencer o jogo. Mas os jogadores foram desperdiçando todas as chances criadas. Inclusive uma penalidade jogada para fora quando o primeiro cobrador (Leandrinho) "amarelou" e se omitiu.
Por sinal, Leandrinho continua sendo o mesmo jogador que só serve para o 2º tempo. Quando entra no início do jogo. Não rende quase nada.
A diretoria do Sport tem de chamar 2 jogadores para uma conversa no pé de ouvido.
O primeiro é Juninho, que tem futebol de iniciante e a "marra" de um Cristiano Ronaldo.
Guto Ferreira já deu várias chances a esse rapaz. Todavia, ele não joga nada, não aproveita essas chances e ainda sai com "cara feia" quando é substituído.
Alguém tem de dizer para ele o seguinte: "meu filho, pra fazer 'cara feia' tem de correr; tem de suar; tem de produzir em campo. Ficar "rebolando" de 'salto alto', como você faz em campo, não dá direito de reclamar de substituição".
Juninho tem de voltar para o banco para ver se aprende como se deve jogar em campo.
O outro jogador é esse Marquinhos. Ele teve uma chance em um time grande que foi o Santos. O resto da vida jogou em times pequenos do interior do estado de São Paulo.
Agora que tem provavelmente a última chance de fazer o nome no futebol em um clube grande, vem jogar com individualismo!
Tem de ser chamado num canto e ser dito a ele o seguinte: "meu filho, aqui é a última chance que você tem para ficar conhecido e ganhar dinheiro com futebol. Você veio para jogar para o time ou veio para jogar para fazer firula? Se for para fazer firula, a gente devolve você na hora de volta para a 4ª divisão do futebol brasileiro."
São dois bons jogadores, porém precisam levar esse "puxão de orelha" para saberem que eles precisam muito mais do Sport do que o time precisa deles.
No mais, Guto Ferreira precisa cobrar mais "coletivismo" dos jogadores, isto é, que procurem tocar a bola rápido e que tentem dar assistências para os que estiverem desmarcados. Só assim os gols sairão em grandes quantidades.
O Bragantino é o melhor exemplo disso. Não há um jogador que se destaque. O destaque é o conjunto, o coletivo.
E é esse coletivo que vai fazer o time subir e os jogadores serem vistos no cenário brasileiro.
Só repetindo a mesma fórmula do Bragantino é que o Sport acabará com essa "empatite" crônica.
Com a palavra, o treinador.
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