* O Fluminense conseguiu algo inédito no futebol, o de perder dois jogos consecutivos contra times que estão na zona da Caetana. O tricolor foi derrotado pelo CSA e pelo Avaí, com um prejuízo de 12 pontos, por conta da rivalidade na tabela de classificação.
A troca de Fernando Diniz por Oswaldo Oliveira foi um erro grotesco, desde que o time estava bem mentalizado com o sistema do técnico anterior, e assim torna-se difícil assimilar um novo com rapidez.
O mais grave está acontecendo nos vestiários, quando parte do elenco tricolor está insatisfeita com o novo técnico, contestando a sua visão do futebol, muito diferente do seu antecessor.
O que faltava na verdade era acertar o gol sob o comando de Diniz, e isso iria acontecer.
Nada mudou, piorou, e o futuro do tricolor está ficando bem incerto, embora tenha um jogo a menos do que os concorrentes.
A sua classificação na tabela tem menos pontos do que a temporada do seu rebaixamento à Série B Nacional no ano de 1997, segundo as estatísticas do site sr.goool.
Nas 16 partidas disputadas, o time das Laranjeiras somou apenas 12 pontos, com apenas três vitórias, três empates e dez derrotas, um aproveitamento pífio de 25%, de time rebaixado.
A atual situação não é boa, desde que esse precisa chegar aos 45 pontos, que é o numero mágico da fuga, e para que isso aconteça serão necessários 33, dos 66 a serem disputados, e para tal terá que subir o seu aproveitamento para 50%, o dobro do atual que não será fácil.
Hoje as suas chances de reaixamento estão estimadas em 62%.
NOTA 2- UM GRANDE PÚBLICO E POUCOS GOLS NA 17ª RODADA DA SÉRIE A
* A 17ª rodada do Brasileiro da Série A foi encerrada na última segunda-feira, com a derrota do Fluminense por 1x0 contra o Avaí que ocupa a lanterna da competição.
Os 10 jogos realizados somaram a maior média de público da história do futebol brasileiro, com 26.741 por jogo. O total de pagantes foi de 267.474.
No outro lado da moeda, só tivemos 16 bolas nas redes, com uma média de 1,60 por partida. Grotesca, que é a cara de nosso futebol.
O placar de 1x0 fez a festa em seis jogos. Aliás esse placar já aconteceu por 28 vezes durante a competição.
Os mandantes tiveram 7 vitórias, duas dos visitantes e apenas um empate.
Nos 169 jogos que foram realizados, os mandantes venceram por 88 vezes, os visitantes por 37, e os empates por 44. A média de publico é de 21.140 pagantes, uma das melhores de nossa história, com um público total de 3.572.648.
A liderança do campeonato voltou para o Flamengo com 36 pontos, a mesma pontuação do time do Santos que perdeu a posição por conta dos critérios técnicos.
As chances para a conquista do título da Série A ficaram resumidas. O ranking é o seguinte:
Flamengo (73,4%), Santos (15,5%), Palmeiras (8,6%), Corinthians (1,2%) e, São Paulo (0,6%).
NOTA 3- ONDE ESTAVA A TORCIDA DO NÁUTICO NO DESEMBARQUE DO TIME NO AEROPORTO?
* O jornalista Claudemir Gomes estava no aeroporto Gilberto Freyre quando da chegada do time do Náutico após o bom resultado que teve em seu jogo contra o Paysandu, em Belém, e estranhou a ausência da torcida alvirrubra.
De imediato nos telefonou para comentar esse assunto.
Na verdade o empate foi importante, desde que o time rival embora sem um conjunto de qualidade tem uma experiência longa nessas decisões, e o apoio dos torcedores seria bem importante para o jogo decisivo.
Chegamos a uma conclusão, de que se o Náutico tivesse ganho a partida o aeroporto estaria lotando, posto que os torcedores gostam de resultados, e um empate para eles não é para comemorar.
Alho é alho, e bugalho é bugalho que são bem diferentes, como existem resultados e "resultados", e sem duvida esse pode ser considerado como excelente, desde que o Timbu escapou de uma torcida vibrante e do segundo tempo favorável à equipe paraense, e terá em casa algo bem inverso.
Tem que ser entendido por todos que uma vitória alvirrubra é por demais importante para o seu futuro, desde que pelo andar da carruagem não existe a menor condição de permanecer na Série C por mais um ano, correndo o risco de cair em um buraco mais fundo.
O apoio do torcedor é fundamental para o sucesso no próximo final de semana.
NOTA 4- O SEIS PELO MEIA DÚZIA
* A troca de Luiz Felipe Scolari por Mano Menezes, é apenas de um gaúcho por outro gaúcho, ou seja, o seis pelo meia dúzia.
O técnico que foi demitido vinha fazendo uma boa campanha antes da parada para a Copa.
No reinício da competição, com o mesmo grupo, a sua performance foi de time na zona do rebaixamento do Brasileiro.
Por outro lado, o que foi contratado deixou o Cruzeiro na zona de degola, ficou no caminho na Copa Libertadores, e deixou o seu time para decidir a Copa do Brasil no Beira Rio, com uma vantagem do Internacional.
Na verdade, a diretoria do Palmeiras há um bom tempo que tinha acertado a vinda de Mano Menezes quando esse estava ainda na equipe Celeste, e Scolari sabia o que estava acontecendo nas suas costas.
Com a chegada de Rogério Ceni o time mineiro escapou da zona perigosa e melhorou.
O legado de Mano nessa temporada foi trágico para o Cruzeiro, cujo torcedor não mais o suportava, e o de Scolari nessa segunda perna, conquistou apenas 5 pontos dos 21 que foram disputados desde a décima rodada, graças aos cinco empates.
Ainda não venceu na competição pós parada; sua última vitória no Brasileiro foi em 13 de junho, quando derrotou o Avaí, último colocado. O seu aproveitamento no período foi de 23,8%, que só foi melhor do que o do Fluminense e do time do Avaí, e parecido ao CSA se contarmos todo o campeonato, com 23,5%.
Jorge de Jesus só tem um concorrente, que é Sampaoli com o seu Santos, o resto são apenas coadjuvantes.
O Palmeiras perdeu uma boa oportunidade de pelo menos conversar com José Mourinho, que é um dos melhores técnicos do mundo, e vai morrer nas mãos de Mano Menezes.
É gostar de sofrer.
São coisas do futebol brasileiro.
NOTA 5- DECISÕES NA COPA DO BRASIL
* Uma rodada dupla com os jogos de volta pelas semifinais da Copa do Brasil.
Dois times gaúchos estarão lutando pelas vagas na final, que poderá ter um Grenal.
O Grêmio enfrentará como visitante o Athletico-PR, levando na sua bagagem um 2x0 conquistado em casa. É favorito, e somente um tsunami irá tira-lo da disputa do título.
Por outro lado o Internacional irá receber o Cruzeiro agora sob o comando de Rogério Ceni, e com um 1x0 conquistado em Belo Horizonte. O Colorado também é favorito tomando por base os seus jogos como mandante.
A sua última derrota no Beira Rio aconteceu no dia 27 de março pelas quartas de final do regional, 1x0 para o Novo Hamburgo. Depois disso tem uma vitória e um empate pelo estadual. Duas vitórias na Copa do Brasil, sete vitórias e dois empates no Brasileiro, e na Libertadores são três vitórias e dois empates.
Passado um pouco mais de cinco meses da última derrota, são 13 vitórias e cinco empates. Disputou 54 pontos e ganhou 44, um aproveitamento de 81%.
O torcedor Colorado tem feito a diferença em Porto Alegre.