Augusto Mafuz, colunista do Jornal Tribuna do Paraná foi feliz em seu comentário publicado no dia de ontem, que nos trouxe de volta aos tempos mais antigos, quando mandamos uma balança de ourives para pesar as bolinhas que eram usados no sorteio da arbitragem.
Nessa época a preocupação do dirigente não era qual o jogador que estava escalado, e sim quem iria apitar. Naquele tempo existia uma filosofia: ¨um árbitro incompetente é mais perigoso do que o árbitro corrupto, desde que o corrupto se enfrenta, pagando o preço ou denunciando, mas o incompetente não.
Em 1990 ao assumirmos o futebol do Sport, que estava na Segunda Divisão, recebemos uma visita muito estranha pedindo dinheiro para o árbitro que iria atual no jogo de nosso time.
A resposta foi simples, o colocamos para fora da sala, e telefonamos para o chefe da arbitragem do Circo do Futebol, que não era uma flor que se cheirasse, e falamos sobre o acontecido e dizendo que se acontecesse algo estranho no jogo não iriamos garantir a integridade do árbitro.
Até hoje nos recordamos muito bem das palavras que foram ditas: "Não queremos ninguém nos ajudando, como também ninguém nos prejudicando, e pedimos apenas que as escalas feitas pela Comissão contemplassem pessoas sérias¨. Deu certo e o Sport ganhou o título Brasileiro da Segunda Divisão.
No decorrer do tempo fatos como esses ainda existem mas são raros, o nível dos árbitros melhorou e os erros passaram a acontecer por incompetência, e não por corrupção.
O que assistimos no jogo do Náutico e Paysandu é o exemplo do que estamos narrando, quando colocaram um árbitro em fim de carreira, que passou o tempo todo andando no gramado, e no final deu no que deu, um pênalti Mandrake que presenteou o acesso ao Náutico. Uma incompetência total.
A nossa arbitragem é trágica, e os nossos árbitros são tão ruins, que estão conseguindo desmoralizar o VAR.
O pênalti marcado contra o Athletico-PR no seu jogo contra o Santos foi tão escandaloso que os dirigentes do time paranaense deveriam fazer um BO numa delegacia. Sem o uso do VAR o árbitro acertou na marcação da falta, e logo após atendeu a cabine marcando o pênalti. O vídeo mostrado pelo Circo mostra que não houve a infração dentro da área.
O responsável pelo apito eletrônico era Rodrigo Nunes de Sá, do Rio de Janeiro, o mesmo do jogo São Paulo e Ceará, que não viu o lance de UFC do goleiro tricolor Tiago Volpi em Felipe Cardoso.
Na realidade o que está dominando nos jogos no dia de hoje é a falta de competência dos apitadores, que são escalados por uma Comissão que é do Circo, e por conta disso não tem a devida credibilidade.
Ou a arbitragem fica longe da entidade, ou o futebol brasileiro terá seus jogos sendo resolvidos por erros, e por fatos estranhos.
* O crédito da imagem é do blog de Milton Neves.
Comentários
0#2RE: NAQUELE TEMPO —
ANTONIO CARLOS10-09-2019 12:34
JJ: O Presidente do Paysandu está no Rio e segundo esse irá ingressar na Justiça pedindo a anulação do jogo. O que você acha?
0#1RE: NAQUELE TEMPO —
RUBRO-NEGRO10-09-2019 11:19
JJ: No caso da balança e ourives foi capa do Jornal o Globo. O amigo sempre defendeu a profissionalização da arbitragem e sem a menor dependência da CBF. Enquanto isso não acontecer os fatos estranhos irão continuar.
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