* Na noite de ontem tivemos a continuidade da 23ª rodada da Série B, com a realização de dois jogos.
O primeiro foi entre o Criciúma e o Atlético-GO, e o segundo entre o Sport e América-MG.
O time goiano venceu por 1x0 chegando aos 41 pontos, próximo ao líder Bragantino que joga nesse sábado.
O Atlético abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo e o segurou até o final.
A equipe do Criciúma no segundo tempo teve o domínio da partida, perdendo muitos gols que poderiam ter modificado o resultado.
Os Deuses do Futebol abandonaram o time catarinense ao não deixar que entre tantos chutes dirigidos à meta da equipe goiana, pelo menos um tivesse balançado as suas redes.
No segundo encontro o América-MG completou o seu 11º jogo de invencibilidade ao derrotar de forma justa o Sport.
Foi uma noite que o Coelho comeu o Leão em plena Ilha.
Como tínhamos dito em nossa postagem de ontem que esse jogo seria duro para o Sport foi confirmado dentro de campo. O América-MG vem subindo de produção a cada rodada, já entrou na primeira página e o sonho do G4 virou uma realidade.
Há algum tempo que estamos mostrando que o time do Sport é fraco, mal dirigido, e que só continuava entre os quatros do acesso por conta da mediocridade da competição.
A zaga bate cabeça, um meio de campo com Marcão e Charles é grotesco, e a bola quando chega na frente vem quadrada. Falta um armador de qualidade, e as contratações são iguais a cantiga da perua, de pior à pior.
O rubro-negro tinha uma boa folga, mais vai terminar a rodada com uma pequena diferença para os demais, e por conta disso a sua situação que era boa, tornou-se perigosa.
Um jogo que teve um placar justo, desde que o Coelho foi melhor.
NOTA 2- MAIS UM DOPING NO BRASIL OLÍMPICO
* Rafaela Santos, principal nome do judô brasileiro, foi flagrada em exame antidoping realizado durante os Jogos Pan-Americanos de Lima no Peru.
O resultado estaria associado ao uso de Berotec, um dos remédios contra asma, que tem fenoterol, substância proibida. Para usa-lo, o atleta tem que pedir a AUT (Autorização de Uso Terapêutico) e justificar o motivo à Wada (Agência Mundial Antidoping), e isso não foi realizado.
O assunto já tinha vazado no mês de agosto quando a atleta ganhou medalha de bronze no Mundial de Judô, em Tóquio. Certamente a Confederação de Judô escondeu o fato para que essa competisse.
Esse foi o quarto caso de doping no Panamericano.
No atletismo, tivemos Andressa de Morais (prata no lançamento de disco), Kaio Freitas (bronze no ciclismo de pista), e no voleibol, o ponteiro Rodriguinho, da seleção masculina de vôlei, medalhista de bronze.
O Brasil está se tornando a pátria do doping olímpico, desde que na história dessa competição, o país só tinha dois casos.
No judô, já tinha acontecido um outro caso de dopagem, em janeiro quando foi anunciada a suspensão de Jéssica Pereira, revelação desse esporte. A coincidência é que ambas fazem parte de um mesmo clube, o Reação.
São coisas do Brasil, brasileiro.
NOTA 3- MAIS UMA VEZ UM TIRO NO CORAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO
* Depois de vários anos o torcedor voltou a abraçar o Campeonato Brasileiro, e a sua média de público mostra essa realidade.
Embora tecnicamente essa competição não seja ainda como as da Europa, mas na verdade tivemos jogos bons de serem assistidos.
Há anos que essa média não superava os 18 mil pagantes por jogo, e hoje está acima de 21. Enquanto isso acontece nas arquibancadas, o Circo que comanda o nosso futebol resolve convocar jogadores que estão atuando no país no momento raro em que três clubes disputam a liderança, e outros ainda sonham em chegar ao G4.
O Encantador Tite, divulgou ontem com toda a pompa à frente de jornalistas silenciosos, a lista com nomes importantes dos nossos clubes para atuarem em dois jogos inexpressivos contra Senegal e Nigéria, e ainda cometeu um grande erro ao culpar os clubes pelo Calendário, deixando os responsáveis de fora, que lhes pagam um rico salário.
Para atender a seleção principal, Tite chamou sete jogadores de cinco clubes. Para as outras seleções, a Olímpica e a Sub-17, foram mais onze os convocados, ou seja os times ficarão desfalcados de dezoito profissionais, pelo menos em duas rodadas do Brasileiro
Tudo isso para o Circo ter lucro e gasta-lo com a sua cartolagem.
O brasileiro demonstrou na última pesquisa do Datafolha que não tem interesse por essa seleção, e gosta dos seus times.
Essa convocação é criminosa, com um tiro no coração do Brasileiro da Série A.
Até quando os torcedores desse pais irão aguentar esse modelo do futebol brasileiro?
NOTA 4- NO CASO NÁUTICO X PAYSANDU O STJD ACERTA E ERRA AO MESMO TEMPO
* O obvio aconteceu no julgamento do pedido do Paysandu para que o seu jogo contra o Náutico pela Série C fosse anulado, com a decisão unanime do Pleno do STJD contrária ao pleito do time do Pará.
Numa postagem mostramos que não tinha acontecido um erro de direito e sim de fato, e uma anulação da partida não tinha nenhum cabimento.
Todos os auditores votaram contra, garantindo um placar de 7x0, e o resultado do jogo realizado nos Aflitos foi confirmado.
Na realidade a atitude da diretoria do Paysandu foi sem duvida uma resposta de que não aceitaram o resultado, e o recurso ao STJD foi para dar uma satisfação aos seus torcedores. Uma encenação.
O Tribunal acertou, mas errou feio ao deixar de lado o responsável pela escandalosa lambança, Leandro Vuaden, o árbitro da partida, que sequer foi ouvido.
Teria que ser punido por um erro grave de interpretação da regra, mas terminou passando incólume, e daqui há pouco aparecerá nos gramados prejudicando um outro clube.
NOTA 5- POR QUE A CAMISA 24 É "PROIBIDA" NO FUTEBOL BRASILEIRO?
* Uma excelente matéria do jornalista Mário André Monteiro-IG, publicada pelo jornal o DIA , trata de um assunto polêmico que é a homofobia no futebol.
Pelas pesquisas realizadas o autor verificou que dos 20 clubes que estão disputando a Série A Nacional, apenas um deles possui jogador usando camisa 24, o jovem goleiro do Grêmio, Brenno Fraga.
O número 24 é praticamente proibido para jogadores do futebol brasileiro. Na verdade no geral da sociedade. A explicação mais plausível para isso é folclórica, e com uma referência de mais de 100 anos.
No popular "Jogo do Bicho" , o número destinado ao veado é a 24ª. Ou seja no ambiente machista que existe no futebol, foi relacionado a homossexualidade.
O goleiro Brenno ao responder uma pergunta do jornalista, afirmou que nunca foi criticado, e que nunca foi alvo de piadas.
Nos torneios sul-americanos, a Conmebol obriga os clubes a terem um jogador com a camisa 24. O zagueiro Pablo Mari é o 24 do Flamengo na Libertadores, e até hoje não foi intimidado.
Gustavo Andrada Bandeira, doutor em educação pela UFRGS é autor de um livro com esse tema, e ao ser ouvido, disse que: os jogadores buscam se afastar de tudo que questiona a sua masculinidade afim de evitar qualquer desgaste com torcedores. Para esses o atleta não pode apenas jogar bem, tem que jogar bem e representar uma masculinidade que é uma masculinidade não homossexual", afirmou.
No Brasil o preconceito é grande, e a homofobia não é novidade em nosso futebol. No dia em que o melhor jogador de um time usar a camisa 24, certamente isso irá acabar, o que aliás é uma grande imbecilidade.
Comentários
0#3RE: NOTAS AVULSAS —
PEDRO CORDEIRO21-09-2019 12:29
JJ: O Sport no jogo contra o Figueirense mostrou que haveria um tropeço. No jogo seguinte encontrou um time em recuperação, jogando um futebol de Série B e deu no que deu no jogo da sexta-feira. O time do Sport é fraco, mas está no patamar dos demais. O problema é interno.
JJ: NOTA 1- O amigo acertou com o América-MG ao mostrar em uma postagem que seria um jogo duro para o Sport. O rubro-negro nessas 23 rodadas não conseguiu fazer um jogo nota10. A maioria foram sofríveis. Você tem razão quando ao time. É realmente fraco. Não tem um meia habilidoso que possa fazer a ligação do time. As contratações foram equivocadas e só irão servir para que possam aumentar a folha salarial. Charles dá 10 passes e erra 20. A situação do Sport complicou-se no momento da chegada.
O treinador do América Mineiro deu um nó tático em Guto Ferreira. A impressão que ficou é que ele assistiu aos jogos do Sport e estudou a melhor forma de parar o time pernambucano, enquanto Guto não sabia nada do adversário. Para se ter uma idéia da diferença entre os times em campo, o Sport não deu um único mísero chute a gol no 1º tempo. E o único que deu, com Sander, a bola foi cair próxima à arquibancada. O treinador do time mineiro foi o grande vitorioso ontem, pois conseguiu tirar da equipe dele o melhor, mesmo sendo uma equipe limitada ofensivamente. Estou impressionado com a disposição física e a dedicação tática dos jogadores do América. Eles ainda estavam fazendo marcação alta (pressão individual) aos 46 minutos do 2º tempo. Nunca tinha visto isso em time brasileiro! Em momento algum o América afrouxou a marcação. Que isso sirva de exemplo para os jogadores do Sport, que já estavam colocando o salto alto e falando em título antes mesmo de alcançar o Bragantino! Mas, ao lado do mérito do time mineiro, temos que constatar a má jornada de alguns jogadores do Sport. Hernani estava perdido em campo. Errava praticamente todos os passe. Leandrinho provou que é apenas um VOLANTE que só serve para entrar no 2º tempo para "dar gás" ao time. Esse jogo pelo menos serviu para mostrar aos ingênuos que ele NÃO É um meia armador de time nenhum. Principalmente um jogador de vinte e poucos anos que estará oscilando, ora fazendo um jogo bom, ora fazendo 2 ou 3 jogos medíocres ou ruins. Marcão estava muito mal na marcação e na saída de bola. Sander estava prendendo demais a bola e errando muitas jogadas. Estava irreconhecível. Mas o que jogou pior foi Marcinho. Talvez por ter sentido a pressão de jogar na Ilha do Retiro cheia. E aí é que entra a mão do treinador. E este teve grande parcela de culpa na derrota de ontem. Primeiro, porque não soube tirar o time da arapuca feita pelo treinador adversário, que armou o time com uma marcação alta. Guto não soube mudar a saída de bola para fugir dessa marcação alta do time mineiro. Segundo, porque errou em uma substituição que prejudicou o time. De fato, se Marcão não vinha bem, mas não era o momento de entrar com William Farias, pois é um jogador que só entrara em campo 7 vezes esse ano. É um jogador ainda sem ritmo de jogo; praticamente em pré-temporada. Guto poderia até coloca-lo no 2º tempo, mas faltando 10 ou 15 minutos para fim do jogo. Todavia, quando fez essa troca no intervalo, o time perdeu a força na marcação e passou a sofrer vários contra-ataques perigosos. Ele também poderia ter tirado Marcão, recuando Leandrinho e entrado com um meia armador na frente. Ele tinha Pedro Carmona e esse Léo que chegou do Fluminense. Tornaria a equipe mais ofensiva sem colocar um jogador fora de ritmo em campo. Por sinal, fico sem entender essa situação. Há quinze dias Pedro Carmona foi o herói do jogo contra o Bragantino e Guto tecia elogios a ele. Depois foram 2 jogos sem utiliza-lo. Vá entender... As substituições de Leandrinho e Hernani foram até corretas, mas, como havia gasto uma substituição no intervalo, teve de deixar Marcinho em campo, desperdiçando a chance de colocar Yan para furar a retranca armada pelo treinador mineiro. Marcinho foi o "coveiro" de jogadas do ataque ontem. Parecia Ezequiel nos seus piores dias. Enfim, faltou um pouco mais de raciocínio e criatividade a Guto Ferreira. Que esse jogo, ao lado do jogo contra o Bragantino, fique de exemplo. Que o Sport aprenda a marcar como o América MG e que aprenda a atacar (mesmo fora de casa) como o Bragantino faz. Mire-se nos exemplos desses 2 times se quiser obter o acesso à Série A.
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A impressão que ficou é que ele assistiu aos jogos do Sport e estudou a melhor forma de parar o time pernambucano, enquanto Guto não sabia nada do adversário.
Para se ter uma idéia da diferença entre os times em campo, o Sport não deu um único mísero chute a gol no 1º tempo. E o único que deu, com Sander, a bola foi cair próxima à arquibancada.
O treinador do time mineiro foi o grande vitorioso ontem, pois conseguiu tirar da equipe dele o melhor, mesmo sendo uma equipe limitada ofensivamente.
Estou impressionado com a disposição física e a dedicação tática dos jogadores do América. Eles ainda estavam fazendo marcação alta (pressão individual) aos 46 minutos do 2º tempo. Nunca tinha visto isso em time brasileiro!
Em momento algum o América afrouxou a marcação.
Que isso sirva de exemplo para os jogadores do Sport, que já estavam colocando o salto alto e falando em título antes mesmo de alcançar o Bragantino!
Mas, ao lado do mérito do time mineiro, temos que constatar a má jornada de alguns jogadores do Sport.
Hernani estava perdido em campo. Errava praticamente todos os passe.
Leandrinho provou que é apenas um VOLANTE que só serve para entrar no 2º tempo para "dar gás" ao time. Esse jogo pelo menos serviu para mostrar aos ingênuos que ele NÃO É um meia armador de time nenhum. Principalmente um jogador de vinte e poucos anos que estará oscilando, ora fazendo um jogo bom, ora fazendo 2 ou 3 jogos medíocres ou ruins.
Marcão estava muito mal na marcação e na saída de bola.
Sander estava prendendo demais a bola e errando muitas jogadas. Estava irreconhecível.
Mas o que jogou pior foi Marcinho. Talvez por ter sentido a pressão de jogar na Ilha do Retiro cheia.
E aí é que entra a mão do treinador. E este teve grande parcela de culpa na derrota de ontem.
Primeiro, porque não soube tirar o time da arapuca feita pelo treinador adversário, que armou o time com uma marcação alta.
Guto não soube mudar a saída de bola para fugir dessa marcação alta do time mineiro.
Segundo, porque errou em uma substituição que prejudicou o time.
De fato, se Marcão não vinha bem, mas não era o momento de entrar com William Farias, pois é um jogador que só entrara em campo 7 vezes esse ano. É um jogador ainda sem ritmo de jogo; praticamente em pré-temporada.
Guto poderia até coloca-lo no 2º tempo, mas faltando 10 ou 15 minutos para fim do jogo.
Todavia, quando fez essa troca no intervalo, o time perdeu a força na marcação e passou a sofrer vários contra-ataques perigosos.
Ele também poderia ter tirado Marcão, recuando Leandrinho e entrado com um meia armador na frente. Ele tinha Pedro Carmona e esse Léo que chegou do Fluminense. Tornaria a equipe mais ofensiva sem colocar um jogador fora de ritmo em campo.
Por sinal, fico sem entender essa situação. Há quinze dias Pedro Carmona foi o herói do jogo contra o Bragantino e Guto tecia elogios a ele.
Depois foram 2 jogos sem utiliza-lo. Vá entender...
As substituições de Leandrinho e Hernani foram até corretas, mas, como havia gasto uma substituição no intervalo, teve de deixar Marcinho em campo, desperdiçando a chance de colocar Yan para furar a retranca armada pelo treinador mineiro.
Marcinho foi o "coveiro" de jogadas do ataque ontem. Parecia Ezequiel nos seus piores dias.
Enfim, faltou um pouco mais de raciocínio e criatividade a Guto Ferreira.
Que esse jogo, ao lado do jogo contra o Bragantino, fique de exemplo.
Que o Sport aprenda a marcar como o América MG e que aprenda a atacar (mesmo fora de casa) como o Bragantino faz.
Mire-se nos exemplos desses 2 times se quiser obter o acesso à Série A.
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