Nada mais parecido do que a situação da saúde do Brasil e seu futebol.
Ambos sempre estão na UTI.
Nos lembramos desse efeito comparação, quando ouvimos ontem de um trabalhador brasileiro que um membro de sua família está esperando há um ano por uma operação no sistema SUS. Obviamente se demorar mais, o paciente já estará morto.
Uma incompetência dos governantes.
O futebol tem o mesmo rumo. Há anos necessita de uma operação e não é atendido. Sai da UTI algumas vezes, mas volta de imediato, visto que as soluções são paliativas.
A cada dia os fatos demonstram que se não for aplicado um remédio potente, que contenha em sua bula, um percentual de planejamento, um outro de seriedade, mais um de transparência, e um maior para a saída imediata de alguns dos seus dirigentes, a doença irá leva-lo à morte.
Quando começa a melhorar, a própria entidade que comanda o esporte com suas atitudes ajuda na sua piora. O exemplo é o atual Brasileiro que tem o apoio da torcida, e o ódio do Circo.
Não tem nada mais grotesco do que as mudanças transloucadas de treinadores, o que representa a falta de um projeto.
Em uma postagem afirmamos que o futebol brasileiro desafia muita coisa, inclusive a matemática, com a sua lei da probabilidade, desde que a quantidade de treinadores que os clubes contratam demonstram bem isso, tornando-se impossível que todos sejam culpados pelos erros apresentados.
Em oito meses de calendário, 12 dos vinte clubes da Série A trocaram de treinadores. Na Série B são tantos que perdemos a contabilidade. Goiás e Chapecoense já estão no terceiro, e ambos com situações preocupantes na tabela de classificação.
Obvio que trata-se de um caso patológico, e que ressalta muito bem que a causa da doença não está restrita aos treinadores, e sim a outros fatores, que dificilmente serão analisados, já que estão entranhados nas mais diversas gestões, não existindo a permissão para um diagnóstico.
Uma boa parcela dos clubes passam por dificuldades financeiras, sem contemplarem conquistas relevantes. Como esses não se planejam, a situação permanece ativa, e seria resolvida de forma bem simples e sem penduricalhos, com a substituições dos cartolas no lugar dos técnicos, um remédio que certamente surtiria efeito rápido.
Para a saúde brasileira temos também uma solução: que os governantes sejam atendidos pelo SUS, e deixem os hospitais de luxo de lado, destinando-os ao povo. Estaria tudo solucionado com uma velocidade da luz.
Vivemos de acordo com um ditado popular: "Pimenta nos olhos dos outros é refresco".