O futebol brasileiro tem cenas de puro surrealismo, e o que acontece no seu dia a dia mostra que o seu internamento no Sanatório Geral foi uma medida correta.
Um esporte que é dirigido por um grupo que só pensa no eu e não no coletivo, que trabalha apenas para uma seleção esquecendo o seu melhor campeonato, é algo que supera a insanidade.
O Brasileiro poderia estar com maior competitividade e muito mais equilibrado, se os clubes não tivessem escolhido outras competições e utilizando suas equipes alternativas nos jogos da divisão principal.
O Grêmio é um exemplo, optou pela Copa do Brasil e Libertadores, e distanciou-se dos lideres. Bastou utilizar o time completo nas últimas quatro rodadas, obteve 12 pontos, e encostou no Internacional (4º), que também fez a opção por esse processo, com uma diferença de apenas dois pontos.
Se tivesse atuando com o time completo certamente estaria em uma posição melhor, desde que no momento tem uma diferença para o Flamengo de 14 pontos, difícil de ser recuperada.
O futebol brasileiro é mal dirigido, e um exemplo está na 21ª rodada, que tem asteriscos em quatro times que estão na tabela, cujos jogos foram adiados para o dia 2 de outubro. Tal fato prejudica quem trabalha com projeções, inclusive setores dos clubes.
Na última quinta-feira tivemos a representação do modelo desse esporte no país, quando dois técnicos foram defenestrados, Cuca no São Paulo, e Rogerio Ceni, do Cruzeiro.
Ontem foi a vez de Zé Ricardo do Fortaleza.
Os motivos citados foi o da falta de produção nos gramados. Na realidade isso deve ter influenciado, mas a verdadeira história está nos intramuros de cada clube.
No São Paulo foi a torcida organizada com suas ameaças, enquanto no time Celeste o vestiário combinado derrubou o treinador. Houve um conluio para que isso acontecesse.
Tal fato aconteceu no Palmeiras com Luiz Felipe Scolari.
O grande final dos jogos da quinta-feira, deixou bem claro a falta de respeito que tomou conta do esporte da chuteira no Brasil.
Foi sem duvida uma cena lamentável que não foi uma novidade por conta do astro maior da cena, que é useiro e vezeiro no trato com os seus técnicos.
Paulo Henrique Ganso ao ser substituído no jogo entre o Fluminense e Santos, chamou o técnico Oswaldo Oliveira de burro. A resposta veio de imediato e flagrada pelas câmeras, quando o treinador o chamou de vagabundo.
Só não aconteceu uma briga por conta da intervenção de terceiros. O técnico foi demitido, e o jogador multado.
O que se pode esperar de um futebol que contempla cenas como essa? Qual o nosso futuro?
Por um dever cívico vamos defender os nossos burros, que são tratados como animais ignorantes pelos ignorantes, e que foram nos tempos mais antigos da maior importância para o desenvolvimento do país.
Esses valem muito mais que muita gente que vive nesse surrealismo brasileiro.