Na manhã de ontem conversamos com quatro ex-presidentes do Clube Náutico, um ex-do Sport, o ex-governador Gustavo Krauze, e alguns outros desportistas de bom nível.
Obvio que nesse momento raro, a conversa sobre o futebol local e nacional foi prioritária.
Um ponto que nos chamou a atenção foi o desencanto unânime com relação ao esporte da chuteira. O modelo pragmático adotados pelos treinadores foi assunto mais discutido.
Sentimos que não estamos errados em nossas postagens.
Na verdade o futebol brasileiro ficou chato e banalizado. São tantos jogos em datas bem próximas que deixam os torcedores cansados de assistirem às mesmices.
Na última segunda-feira foram realizados três jogos, e todos de pouca qualidade, inclusive o do Avaí e Bahia que foi resolvido no primeiro tempo com 2x0 para o time baiano. No segundo tempo o tricolor arrefeceu, e a equipe catarinense continuou no preparo para a foice da Caetana.
Temos chamado a atenção para o trabalho de Roger Machado, que ressurgiu após os comandos que não foram concluídos, com Grêmio, Galo e Palmeiras.
Assumiu a sexta colocação, com um futebol simples, e que aprendeu a jogar na transição. É uma cara nova no pedaço.
Há anos que estamos presos a um mesmo grupo de treinadores. É uma mesmice patológica e nada de novo aparece. Esses hoje, além de dirigirem as equipes, assumiram os clubes. Os dois melhores são estrangeiros, Jorge de Jesus e Sampaoli.
As competições estão ficando enfadonhas, produzindo o desencanto do torcedor. O sistema que foi criado é o de que não se pode perder, e ganhar é apenas um acaso. Os jogos ficaram chatos, defensivistas e principalmente sem gols que é o mais importante entre todos os segmentos.
Dão entrevistas à jornalistas emocionados por estarem ouvindo-as, e com medo de perguntarem a realidade aos "professores".
Tite com seu "Titês" , Luxemburgo com a sua sapiência, Scolari com a sua dureza nata, Mano Menezes, com seus gestuais enganadores, Fabio Carille com cara de arrogância como fosse o dono da bola, Abel Braga se transformando no "paizão", entre outros, vão arrastando o nosso futebol ao fundo do poço.
Com poucas exceções os técnicos brasileiros ficaram para trás, e bloqueiam a presença dos mais novos que foram trucidados.
A simplicidade para a maioria dos nossos técnicos não existe. Eles se consideram como semideuses, e das suas cabeças surgem as táticas milagrosas que irão fazer os resultados.
Humildade não diminui a devida competência, e os bons não o são pela arrogância e sim pelo trabalho, fato esse que está em falta no futebol brasileiro.
0#1RE: DESENCANTO —
ANTONIO CORREIA02-10-2019 13:36
JJ: Um artigo excelente e que mostrou a realidade técnica do futebol brasileiro. Os técnicos são os mesmos há décadas e quando aparecem os novos são tratorados. O futebol brasileiro está chato.
Comentários
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