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Escrito por José Joaquim

Vivemos uma insanidade no futebol brasileiro, que se ufanava de ser o melhor do mundo, graduação essa que foi perdida há algum tempo, motivada pela falta de gestão dos seus dirigentes.

Existe uma necessidade urgente da realização de um censo nacional para que sejam detectadas as necessidades do setor. O cenário atual apresenta centenas de clubes longes do profissionalismo, e mesmo competindo em eventos vivem em um latente amadorismo.

São aqueles sazonais, que fecham as portas por sete meses ao ano, após três meses de competição.

Um clube de futebol no mundo de hoje não pode ser tratado como um brinquedo de criança, que disputa um campeonato profissional, sem nenhuma condição de assim proceder, e que, no final, não apresenta nenhum talento para que seja absorvido pelo mercado do futebol, e não deixa nenhuma saudade aos consumidores.

Um estudo bem elaborado por profissionais do ramo poderia mostrar a necessidade de enxugamento no número de clubes, pois vivemos na ilusão de quantidade, desde que o que pesa no atual mercado é a qualidade. Temos que pensar no municipalismo como uma forma de difundir os esportes.

O futebol profissional é caro. Seus custos estão em um patamar que pode ser considerado acima da realidade, e para que existam clubes, esses tem a necessidade de terem uma demanda cativa, sobretudo com um quadro associativo que forneça o respaldo necessário, além de bons equipamentos esportivos.

As Federações estaduais aceitam filiações de entidades sem a menor condição, e que não cumprem o mínimo cobrado pela legislação em vigor. Essas agremiações existem sem lenço ou documento. Não contam com torcedores cativos, muitas vezes com um só dirigente, sem associados, sem patrimônio, e que sobrevivem muitas vezes de verbas públicas que dependem do político de plantão.

Para que servem tantos clubes, que ficam apenas no papel e alguns sendo utilizados por empresários do futebol, ou de lavadores de dinheiro? 

No caso de nosso estado, existem algumas cidades com dois clubes "profissionais", quando não tem a capacidade para um. Isso também acontece em outros estados do país.

Alguns menos avisados irão alegar que o desemprego será grande com a redução dos clubes, o que não é verdade, pois hoje se existe uma categoria profissional proporcionalmente com mais desemprego é o futebol que, segundo as estatísticas, cerca de 80% dos atletas são operários em busca de um emprego, principalmente quando os estaduais são encerrados.

Mesmo nessas competições, os contratos não são cumpridos, os salários não são pagos e sempre terminam na Justiça do Trabalho.

O Circo do Futebol que tem dinheiro para tudo menos para o esporte da chuteira, deveria contratar uma empresa para elaborar um estudo sério que possa definir a demanda existente, e a potencialidade da existência de clubes em cada estado, que certamente não deveria ultrapassar o montante ideal de consumidores.

Se um estado analisado comportar apenas 10 times, que assim se proceda, e que algumas fusões possam ser estabelecidas, mesmo em cidades do interior.

Com tal formatação teríamos uma maior participação anual desses clubes, e com isso, a garantia de empregos aos profissionais da bola. Vivemos na Lei Vampeta: Os clubes fingem que são profissionais e pagam, e os jogadores fingem que jogam. No final a casa cairá.

Não podemos viver apenas de ilusão, o mercantilismo tomou conta do futebol mundial, e esse deve ser acompanhado por todos.

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