* O Circo divulgou o calendário de 2020 afirmando que os clubes não serão prejudicados nas datas FIFA. Uma meia verdade.
Na realidade enquanto existirem os estaduais, e a falta de adequação ao calendário universal, não existe a possibilidade de que os clubes não sejam prejudicados. É o processo me engana que eu gosto.
O jornalista Rodrigo Mattos mostrou que os clubes correm o risco de ter desfalques ou atletas desgastados em até 18 datas de jogos na próxima temporada. Isso inclui mais de 10 rodadas do Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores.
Se observarmos os jogos de uma das semanas de novembro: na terça-feira, eliminatórias da Copa; na quarta, rodada do Brasileiro da Série A; no sábado, final da Libertadores; no domingo, rodada do Brasileiro.
É obvio que o Circo terá que fazer adaptações nesta tabela por conta dos jogadores convocados e dos times que poderão ser finalistas da competição continental. Uma irracionalidade.
Por sua vez, há uma data FIFA em junho, um dia antes de ser uma rodada do Brasileiro. Na sequencia, dois dias após começa a Copa América e o Nacional irá continuar em pelo menos nove rodadas.
No período da Olímpiada do Japão, entre 24 de junho a 8 de agosto, irá acontecer cinco partidas, entre as Copas do Brasil e Libertadores e da Série A.
Os clubes podem recusar as suas liberações, mas dificilmente isso irá acontecer por conta do desejo de participação dos atletas.
Na verdade irá acontecer uma meia boca.
NOTA 2- MUDANÇAS NA SÉRIE D EM 2020
* Embora o Circo do Futebol não tenha modificado o sistema da Série C, para torna-la igual as suas duas maiores competições, pelo menos olhou para a D, que na verdade tinha um modelo nefasto quando em agosto acontecia uma hibernação geral.
Na próxima temporada a Quarta Divisão começará no dia 3 de maio, com final no dia 22 de novembro. A competição passará a ter 26 datas, com 64 participantes. Não é o ideal, mas foi um avanço. Essa irá passar das atuais 16 datas para 26. Terá uma fase preliminar com oito clubes.
A fase de grupos contará com 64 participantes (e não com 68 como nos últimos anos). Serão divididos em oito chaves, com oito times cada uma, com jogos de ida e volta. Os quatro melhores de cada grupo se classificam para a segunda fase, totalizando 32 equipes. Estes se encontram em mata-matas até a final.
A mudança real é de que um time nas temporadas anteriores jogava apenas em seis datas na fase de grupos, e agora será de 14.
Melhorou mas ainda precisa de um algo mais em número de jogos.
NOTA 3- O SÁBADO CONTINUA SENDO DO FUTEBOL
* Nesse sábado começa a 23ª rodada da Série A Nacional com cinco jogos, e mais uma vez os melhores tecnicamente.
A dona do futebol brasileiro já sacramentou que o sábado é o dia de futebol.
O jogo do São Paulo e Fortaleza é o que está chamando mais atenção por conta desse ser a segunda partida do técnico Fernando Diniz no comando do tricolor, e o espaço de uma semana para o seu trabalho.
Por sua vez o time do Vasco enfrenta o Santos, o Grêmio recebe o Corinthians, o Bahia enfrenta o Athletico-PR, e o Cruzeiro receberá o Internacional.
Nos três jogos do returno, apenas Goiás e Corinthians são os únicos clubes que venceram os seus jogos.
Por outro lado, o Botafogo é o inverso, com três derrotas.
O Goiás, além das três vitórias é o único que não levou gols.
O Corinthians sofreu um.
Quatro clubes, continuam sem vencer desde a 19ª rodada: Cruzeiro, Chapecoense e Ceará acumulam um ponto, e o time do Botafogo, 0.
NOTA 4- DESILUSÃO MINEIRA
* A torcida do Atlético-MG fez um protesto sem violência à frente da sede do clube, com caixões com o nome de alguns dirigentes, com muitas rezas pelos defuntos e velas acesas por suas almas.
A crise está pegando de cheio os dois times mineiros da Série A. O Cruzeiro ocupa a zona da Caetana, com 61,9% de chances para ser rebaixado, e o Atlético-MG está bem longe da foice, mas para o seu objetivo maior neste Brasileiro é uma vaga para a Libertadores, e para tal esse aparece com 6,5% de chances.
Segundo os números obtidos no Departamento de Matemática da UFMG, pode-se afirmar que o time Celeste tem seis vezes mais chances de evitar o rebaixamento, do que o Galo de conquistar uma vaga no G6.
Nas probabilidades matemáticas, o referencial são os 50%. "Quando é acima dessa marca, as chances de não ocorrer são maiores que de ocorrer¨, explicou o matemático Gilcione Nonato da Costa, ao jornal Hoje em Dia MG. Esse é um dos responsáveis pelo site Probabilidades do Futebol.
Para que se tenha uma ideia da situação dos dois times mineiros, na classificação dos últimos 30 pontos disputados, o Galo e a Raposa ocupam a zona de rebaixamento, pois conquistaram apenas nove pontos, mesmo número do Ceará.
No meio de todo esse reboliço ainda tem a vida financeira de ambos, que hoje é trágica.
NOTA 5- OS JOGOS DESSE SÁBADO PODERÃO MUDAR O G4 DA SÉRIE B
* Na noite de ontem tivemos dois jogos pela 26ª rodada da Série B Nacional: Figueirense 1X2 Oeste, e São Bento 0x3 Bragantino. O time de Bragança somou 54 pontos só necessitando apenas de mais sete em 36 a serem disputados. Nem um tsunami ira tirar a sua vaga.
Nesse sábado no encerramento da rodada teremos quatro partidas que poderão mexer na quarta vaga do acesso, que hoje está com o CRB.
O Botafogo-SP enfrenta a Ponte Preta, o time do Cuiabá joga contra o Londrina, o Operário receberá o Brasil de Pelotas, e o clássico entre Paraná e Coritiba, que será realizado na Vila Capanema.
Um jogo cujo resultado final poderá mexer na vida de um dos dois no tocante a luta pelo acesso. Esse já foi um grande encontro. As vezes o maior jogo da cidade de Curitiba, no tempo de Coritiba e Clube Atlético Ferroviário, que depois deu origem ao Colorado, e logo após surgiu o Paraná. A cidade foi despertada para o jogo de hoje.
Paraná e Coritiba, como bem afirmou o jornalista Augusto Mafuz do jornal Tribuna do Paraná, irão jogar para dividir as suas águas na Série B. E assim sendo, como já afirmamos, a vitória de um ou de outro, poderá acrescentar indicações positivas para o acesso.
Uma derrota para um dos lados poderá liquidar as pretensões de chegarem ao G4.
Com o final dessa rodada, a competição chegou aos seus 68,4%, restando apenas 31,6%.
Não assisti ao jogo do Bragantino ontem. Mas de duas coisas tenho certeza acerca dos jogadores daquele time: 1º) entraram em campo com vontade de vencer o adversário fora de casa; 2º) depois que fizerem o 1º gol, continuaram com o ímpeto de "matar o jogo" e foram atrás do 2º e 3º gols. Isso explica porque o Bragantino está 9 pontos à frente do Atlético Goianiense e do Sport, ambos na 2ª colocação. Não é à toa que o time tem 16 vitórias em 26 jogos, com apenas 6 empates. Enquanto isso, o Sport tem 11 vitórias e (pasme) 12 empates em 26 jogos. Tem mais empates do que vitórias no campeonato. Será que a comissão técnica e os jogadores do Sport entenderam porque o Bragantino caminha a passos largos não apenas ao acesso, mas, sobretudo, para ser campeão da Série B? Ou será preciso desenhar? Enfim, a resposta na campanha do Bragantino está no fato de que os jogadores entram em campo sempre pensando na vitória, e não em "não serem derrotados", como acontece com os outros 19 clubes da Série B. O DNA ofensivo do time, que busca sempre fazer não apenas 1 gol, mas 2 ou 3 gols, é que faz com que as vitórias surjam no atacado. Eu já acho muito difícil que o Sport alcance o Bragantino e que possa disputar o título. Com a mentalidade de "não perder" que reina no elenco do Sport, fica muito difícil acreditar que possa alcançar o Bragantino. A prova disso foram os últimos 3 jogos. Contra Londrina e Operário, o Sport só jogou realmente com "fome de gol" depois que sofreu o empate. Ressalte-se que rendeu até mais depois que teve um expulso contra o Operário. Contra o Vitória, somente passou a buscar fazer gols depois que o placar já estava dois a zero para o time baiano. Resumindo: o elenco tem jogadores capazes de fazer o Sport ganhar jogos dentro e fora de casa. Todavia, a mentalidade estúpida de jogar "por uma bola" (fazer 1 "golzinho" apenas), faz com que o time se retraia nos jogos fora de casa ou depois que abre o placar nos jogos dentro de casa. É por isso que o Sport cede tanto empates jogando dentro ou fora de Recife. Enfim, repito, "mirem-se no exemplo do Bragantino e do América MG", que jogam em busca de uma vitória contundente em todos os jogos, e não apenas de "1 golzinho".
P. S. Leio no globoesporte.com que o treinador pensa em sacar Adrielson novamente para favorecer a entrada de Éder na zaga. Depois que esse rapaz fizer outra lambança em campo, Guto vai tentar uma vaga para Éder em qual posição: no lugar de Brocador ou de Guilherme?
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Mas de duas coisas tenho certeza acerca dos jogadores daquele time:
1º) entraram em campo com vontade de vencer o adversário fora de casa;
2º) depois que fizerem o 1º gol, continuaram com o ímpeto de "matar o jogo" e foram atrás do 2º e 3º gols.
Isso explica porque o Bragantino está 9 pontos à frente do Atlético Goianiense e do Sport, ambos na 2ª colocação.
Não é à toa que o time tem 16 vitórias em 26 jogos, com apenas 6 empates.
Enquanto isso, o Sport tem 11 vitórias e (pasme) 12 empates em 26 jogos. Tem mais empates do que vitórias no campeonato.
Será que a comissão técnica e os jogadores do Sport entenderam porque o Bragantino caminha a passos largos não apenas ao acesso, mas, sobretudo, para ser campeão da Série B? Ou será preciso desenhar?
Enfim, a resposta na campanha do Bragantino está no fato de que os jogadores entram em campo sempre pensando na vitória, e não em "não serem derrotados", como acontece com os outros 19 clubes da Série B.
O DNA ofensivo do time, que busca sempre fazer não apenas 1 gol, mas 2 ou 3 gols, é que faz com que as vitórias surjam no atacado.
Eu já acho muito difícil que o Sport alcance o Bragantino e que possa disputar o título.
Com a mentalidade de "não perder" que reina no elenco do Sport, fica muito difícil acreditar que possa alcançar o Bragantino.
A prova disso foram os últimos 3 jogos.
Contra Londrina e Operário, o Sport só jogou realmente com "fome de gol" depois que sofreu o empate.
Ressalte-se que rendeu até mais depois que teve um expulso contra o Operário.
Contra o Vitória, somente passou a buscar fazer gols depois que o placar já estava dois a zero para o time baiano.
Resumindo: o elenco tem jogadores capazes de fazer o Sport ganhar jogos dentro e fora de casa. Todavia, a mentalidade estúpida de jogar "por uma bola" (fazer 1 "golzinho" apenas), faz com que o time se retraia nos jogos fora de casa ou depois que abre o placar nos jogos dentro de casa.
É por isso que o Sport cede tanto empates jogando dentro ou fora de Recife.
Enfim, repito, "mirem-se no exemplo do Bragantino e do América MG", que jogam em busca de uma vitória contundente em todos os jogos, e não apenas de "1 golzinho".
P. S.
Leio no globoesporte.com que o treinador pensa em sacar Adrielson novamente para favorecer a entrada de Éder na zaga.
Depois que esse rapaz fizer outra lambança em campo, Guto vai tentar uma vaga para Éder em qual posição: no lugar de Brocador ou de Guilherme?
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