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Escrito por José Joaquim

Os clubes de futebol em sua maioria, não se preocupam com as suas gestões. Vivem na "Ilha da Fantasia", onde de tudo pode acontecer, recebendo vultosos recursos e aplicando-os de forma desordenada e que muitas vezes voam impulsionados por um vendaval.

Alguns divulgam os seus orçamentos anuais, e a maioria, apesar das boas receitas tem apresentado sinais de déficits no final do exercício, e com estimativas de serem cobertos através de negociações de jogadores.

O ovo ainda dentro da galinha.

Não entendemos como pode se viver com uma previsão negativa, quando poder-se-ia projetar um superávit e para tal reduzindo os seus custos. A regra da ciência econômica é bem simples, ou seja gastar menos do que se ganha, mas essa não é aplicada por nossas entidades que preferem emoções às ações pela razão.

Em todos os orçamentos, a amortização dos débitos representa um bom peso, e certamente tem que ser tratado de uma forma especial, sempre compatível com o seu poder de receitas.

Os clubes se aproveitam da falta de cobrança do poder público, que cria mecanismos protecionistas para que possam atende-los, de uma forma muito distinta com o que acontece com as nossas empresas, e isso aliado a impunidade reinante no país.

Os cartolas deixam rombos fiscais e trabalhistas, vão embora e o silêncio impera nos corredores dos seus clubes.

O protecionismo como o Profut, ajudou a proliferação da má gestão, visto que receberam esse guarda-chuva protetor, e continuaram a contrair dividas fiscais e trabalhistas, e a APFUT que é a reguladora do sistema vive apenas no papel.

Voltamos às velhas teses da economia que analisam com a devida clareza a presença do protecionismo em um país, transformando-o em ineficiente e sem competitividade, e no clube o reflexo é bem claro, pois sabendo que não será penalizado, continua a proceder da mesma maneira e, com isso a perda de qualidade, que o leva a se apequenar.

É uma tese nova para ser discutida e que poucos tem analisado para que possamos ter conhecimento dos motivos de gestões temerárias, somadas à presença de dirigentes amadores e despreparados, que consideram uma gestão como um brinquedinho de estimação.

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