Um movimento renovador dos clubes brasileiros com o sentimento de um alcance maior no futuro, que poderia demonstrar a competência de gerenciamento das suas competições, com a maior media de publico entre todas que estão sendo realizadas no país, a Primeira Liga passa por uma fase de turbulência por ter sido tirada do Calendário do Futebol Brasileiro.
Todos que vivenciam o futebol no Brasil sabem que os cartolas detestam qualquer fato renovador que possa acontecer nesse esporte. Os donos do poder se agarram a esse com unhas e dentes, em especial as Federações por conta da ameaça aos seus estaduais.
Apesar do bom retorno nas arquibancadas, a Liga apresenta problemas no tocante a qualidade dos seus jogos, pela coincidência com os campeonatos locais.
Dois times catarinenses, Joinville e Chapecoense tiveram que enfrentar Atlético-MG e Cruzeiro, com seus reservas, por terem atuado um dia antes no estadual é o maior exemplo das dificuldades.
Na realidade sabemos que não existem datas por conta de tantas competições que foram iniciadas ao mesmo tempo, e que já vem provocando reações de alguns profissionais.
A Primeira Liga sem o Calendário procurou alguns espaços, e irá realizar esse torneio com quase seis meses de paralização entre a fase inicial e as quartas de final.
Um tempo que provoca o esquecimento, e tira do foco qualquer competição, que poderá matar uma iniciativa boa, mas que atentava contra o poder reinante no futebol nacional.
Os nossos clubes são acomodados, não lutam por mudanças, e se contentam com o que tem, que é muito pouco para que possam evoluir.
São entidades caseiras, quando o máximo para alguns é uma Libertadores, e nada mais.
A Primeira Liga, assim como a Copa do Nordeste e a Copa Verde são instrumentos importantes para a substituição dos estaduais obsoletos, defasados, com maiores recursos para os disputantes.
Nada disso importa, os clubes preferem jogar para estádios vazios, por conta das cotas da televisão altas em alguns estados, mas ínfimas para a maioria, que recebem pequenas migalhas.
Com os dois jogos que foram realizados na última quinta-feira, a Primeira Liga tem uma media de 9.832 torcedores, enquanto 20 jogos da Copa do Brasil apresentaram uma media de 4.050.
Mais que o dobro em uma competição que enfrenta vários problemas, e com times jogando com seus reservas.
Trata-se de um sinal de que o torcedor dá a sua aprovação, mas do outro lado a barreira reacionária das federações estaduais impedem o seu crescimento.
Vivemos em um país que não pensa, que não estuda e que não analisa o que acontece, preferindo continuar com as mesmices de sempre, e com o futebol cada vez mais se apequenando.
Ou muda, ou morre, e essa última solução foi a escolhida pelos cartolas brasileiros, cuja safra é a pior de sua história.
Lamentável.
Comentários
0#1A Mistureba de Murdoch —
Beto Castro11-02-2017 14:00
Partindo de um expert em futebol é lamentável o elogio à loucura. Misturar clubes do região sul com agremiações de Minas, Rio e Ceará é um verdadeiro descalabro dos mascates reacionários que desejam acabar com a República Federativa do Brasil. Depois que avacalharam as Copas Norte e Centro-Oeste reunindo clubes de um território gigantesco sob o pomposo nome de Copa Verde da Fome e enxertaram a Copa do Nordeste com clubes do Norte, o samba do branquelo matusquela se consolidou. Os analfabetos não sabem distinguir nem sequer as regiões futebolísticas e administrativas de seus próprios estatutos com os seus cinco Vice-Presidentes vetustos - Astúcia de mascates sírio-libaneses do Monte Sinai e do Rio Jordão para desviarem as bufunfas sem dono para as suas contas. Aqui já tem Murdochs, Abramovitches e Al-Khelaifis de mais. Só o FBI pode salvar o Califado da Insanidade do Edifício sem Nome financiado pelo Camelódromo Monopolista e pixulecado pelo Trafficante. O viajante das caravelas dos sete mares que não viaja ainda não pirou do cabeção, a ponto de entregar o poder do Califado para aventureiros sem futuro. Não há com piorar a conspiração de 1986 que destruiu o futebol do Lagartixal.
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