* Postamos algumas artigos sobre a ausência dos gols de faltas na Série A de 2019.
Na verdade não sabíamos da quantidade de bolas que vazaram as redes através de faltas cobradas, desde que nos diversos jogos que assistimos nada aconteceu, mas por uma coincidência, o jornalista Igor Siqueira, do jornal o Globo, fez uma pesquisa sobre o tema e encontrou entre os 634 gols que aconteceram nessa competição até a 28ª rodada, apenas 12 saíram de faltas, representando apenas 1,89%.
Trata-se de um fundamento em extinção. O Flamengo que tem o melhor ataque, não conseguiu um gol sequer.
Nos últimos dez anos da Série A, não houve marca inferior do que a atual. Em 2017 foram 17 gols de falta e 27 em 2018. O líder da estatística é um zagueiro, Rafael Vaz, do Goiás, autor de três gols. Isso representa 25% do total.
Outro fato bem importante foi descoberto pelo jornalista que está relacionado a idade dos que conseguiram superar barreiras e marcar gols. A média é de 29 anos, Vaz tem 31. Apenas dois jogadores estão abaixo dessa média, que ajudaram muito a diminui-la, Jean Pyerre (Grêmio), 21 anos e Gegê (Avaí), com 25.
Buscamos nas Ligas Europeias a relação do número de gols de faltas na temporada passada: Espanha (32), sendo 6 de Messi. A Premier League registrou 23, enquanto os campeonatos Alemão e Italiano, fecharam com 22 e 21 respectivamente.
Desde o ano de 2014 que a Seleção do Circo não comemora um gol saído desse fundamento.
Na realidade o que escrevemos sobre isso é uma realidade, e como trata-se de algo exaustivo que requer a presença dos atletas após os treinamentos, no futebol moderno desapareceu.
Após os treinos, Bye, Bye.
NOTA 2- UM BOM PÚBLICO NA 28ª RODADA DA SÉRIE A
* A 28ª Rodada do Brasileiro da Série A trouxe de volta os torcedores aos estadios, com um total de 251.574 pagantes, com a maior média da temporada, 25.157.
Os 65.649 rubro-negros que estiveram no Maracanã foi uma ajuda grandiosa.
Quanto aos gols aconteceu também uma melhora, com 25 bolas nas redes, e 2,50 gols por jogo.
Os visitantes tiveram apenas duas vitórias, com 4 dos mandantes e 4 empates.
No total dos 280 jogos realizados o público é de 5.884.099, com uma média acima de 21 mil por jogo (21.015), que vem se mantendo rodada a rodada.
O Flamengo manteve a boa diferença de 10 pontos para o Palmeiras, o Santos permaneceu na 3ª colocação, e o São Paulo aumentou a sua distância para o Internacional (5º) para quatro pontos.
O time da Gávea com a vitória apertada contra o CSA aumentou para 15 jogos a sua invencibilidade, enquanto a Chapecoense somou a 13ª rodada sem sucesso.
Apesar dos apitos amigos pró-Palmeiras as chances do título para o Flamengo aumentou para 97,6%, enquanto o alviverde caiu para 2,2% e o Santos, 0,15%.
No rebaixamento os cálculos das probabilidades apresentaram os seguintes números: Avaí- 99,8%, Chapecoense- 99,0%, CSA- 77,7%, Cruzeiro- 38,2%, Fluminense- 32,1%, Ceará- 30.1% e Botafogo- 30,1%.
A situação do tricolor das Laranjeiras embora ainda esteja fora da zona da Caetana é muito complicada por conta de sua performance, com a terceira pior campanha como mandante, atrás somente dos virtuais rebaixados, Chapecoense e Avaí. O time somou apenas 19 pontos no Rio, e perdeu mais jogos do que venceu: 6x5, com 42% de aproveitamento em seu domínio.
Óbvio que não terá vida fácil.
NOTA 3- CINCO CUBES LUTANDO POR DUAS VAGAS NO G4 DA SÉRIE B
* A 31ª rodada da Série B foi encerrada no último domingo com a vitória do Vitória-BA nos acréscimos por 2x1, em seu jogo contra o time do São Bento.
Nos 10 jogos que foram realizados, a empatite dominou com cinco resultados iguais, contra três dos mandantes e dois dos visitantes.
A média de público deu um salto para 7.948 torcedores por jogo, para um total de 79.483 pagantes. As bolas vazaram as redes por 23 vezes, com uma média de 2,30 por partida.
O G4 continuou com os mesmos participantes: Bragantino e Sport que venceram os seu jogos, e Atlético-GO e Coritiba empataram.
Com relação as probabilidades de acesso, o Bragantino já conseguiu a sua vaga, com 100%, seguido pelo Sport com 99,0%.
Faltam apenas 21 pontos a serem disputados, e o número mágico de acesso é de 62 com 99,9% de chances de acontecer.
O time de Bragança chegou a tal pontuação, enquanto o rubro-negro de Pernambuco, somou 56 pontos, necessitando de duas vitórias para chegar ao Photochart, ou seja 6 em 21 em disputa.
Não existe a menor possibilidade do Sport não conseguir o acesso, que poderá acontecer inclusive com 61 pontos (95,2%).
Os demais competidores tem os seguintes percentuais:
América-MG- 62,1%,
Atlético-GO- 53,4%,
Coritiba- 52,2%,
CRB- 16,4% e,
Operário- 6,2%.
NOTA 4- SANTA CRUZ ESTÁ ENTRE OS EXPULSOS DO PROFUT
* Cinquenta e oito clubes foram expulsos do PROFUT, o plano do governo para refinanciar os debitos das agremiações brasileiras.
Esses processos estavam paralizados por um bom tempo, por conta da falta de gestores na APFUT.
Na sua primeira reunião com novos componentes o órgão expulsou do programa diversos clubes (58).
80% desses por inadimplência, e o restante por descumprimento das contrapartidas.
A informação é do blog de Lauro Jardim.
Por enquanto nenhuma equipe da Série A figurou nessa lista, embora algumas já chegaram à porta de saida, como o Botafogo.
O mais relevante dos descumpridores da lei, até o momento é o SANTA CRUZ, que óbviamante vai ter todos os seus processos que estão na Justiça Federal reabertos.
Enquanto isso, o Congresso se aquece para dar mais um drible e, com um projeto de lei, refinanciar ou perdoar dividas dos clubes de futebol que se trasformarem em empresas.
São coisas do futebol e do Brasil.
NOTA 5- A ROTINA DE JOSÉ MARIA MARIN NA PENITENCIÁRIA AMERICANA
* Enquanto no Brasil o STF quer derrubar o efeito de prisões após decisão da Segunda Instância, José Maria Marin, com 86 anos de idade, cumpre a sua pena na penitenciária federal de Allenwood, nos Estados Unidos, transferido que foi em outubro.
A decisão de sua punição foi dada pela Primeira Instância.
Passou os primeiros dez meses no Metropolitan Detention Center, cadeia de Brooklin em Nova York, e agora foi transferido para o presídio de baixa segurança em uma cidade pequena no interior do estado da Pensilvânia.
O ex-cartola e governador do estado de São Paulo passou a ter acesso a serviços como biblioteca e programas educativos, mas continua submetido a uma rígida rotina imposta pelos agentes do sistema prisional norte-americano.
Condenado a quatro anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro cometidos quando presidente do Circo, quando recebeu US$ 6,5 milhões de propina para assinar contratos de direitos comerciais da Libertadores, Copa do Brasil e Copa América.
Nessa nova prisão Marin não tem privilégios e tem que obedecer as suas normas. Como nos Estados Unidos os condenados estrangeiros não tem progressão de pena, o ex-cartola terá que cumprir os quatros anos de forma integral.
No Brasil a zorra é total, e os bandidos com pouco tempo de pena são soltos.
Uma vergonha.
* Fonte: Jornal Estado de São Paulo.
NOTA 6- OS NÚMEROS DE FERNANDO DINIZ NO SÃO PAULO
* Com um mês à frente do São Paulo os números da era Fernando Diniz superam em muito os de Cuca.
Foram sete jogos, com quatro vitórias (Fortaleza, Corinthians, Avaí e Atlético-MG, dois empates (Flamengo e Bahia) e uma única derrota (Cruzeiro).
Analisando os sete primeiros jogos de Cuca no Brasileiro, são três vitórias, três empates e uma derrota.
Como mandante Diniz leva a melhor em relação ao antecessor. Com a vitória sobre o Atlético-MG no último domingo, o São Paulo somou quatro vitórias em quatro jogos. Cuca com 11 jogos teve o mesmo desempenho.
Fernando Diniz tem um excelente aproveitamento com 66,6% e está na quarta colocação na tabela.
Por outro lado, nos bastidores, Diniz tem arrancado elogios de diretores e conselheiros influentes no clube por estar dando chances aos jovens da base, e pelo relacionamento com Daniel Alves.
O jogo contra o Atlético foi o melhor entre todos já realizados.
Acredito que o pequeno número de gols de faltas no futebol brasileiro deve-se a três fatores principais:
1º) ausência de ensinamentos na base, pois não ensinam os garotos a chutarem uma bola. Não ensinam a chutar na parte de cima quando quiserem mandar uma bola rasteira e não ensinam a chutar embaixo da bola quando quiserem mandar por cima da barreira;
2º) ausência de jogadores dedicados à profissão. Os jogadores brasileiros não querem mais ficar treinando cobranças de faltas e penaltys após o encerramento do treino. Querem tomarem banho logo para saírem nos seus "carrões" e irem para casa ou outros locais ficar postando fotos em redes sociais; e
3º) a não utilização do spray de marcação da barreira, já que existe um litígio por direitos autorais em que a CBF se recusa a pagar os royalties ao brasileiro criador daquela ferramenta. Como na Europa a FIFA não tem esse problema, os árbitros utilizam o spray e marcam a posição da barreira, evitando que ele reduza a distância para a bola. Como aqui não há o spray, dificilmente um jogador cobra uma falta com 9 metros de distância. Na média é 8,30 a 8,50 metros, o que dificulta sobremaneira a possibilidade de a bola passar por cima da barreira e entrar na barra.
Para mim, esses são os fatores principais da ausência de bons cobradores de faltas no Brasil.
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1º) ausência de ensinamentos na base, pois não ensinam os garotos a chutarem uma bola. Não ensinam a chutar na parte de cima quando quiserem mandar uma bola rasteira e não ensinam a chutar embaixo da bola quando quiserem mandar por cima da barreira;
2º) ausência de jogadores dedicados à profissão. Os jogadores brasileiros não querem mais ficar treinando cobranças de faltas e penaltys após o encerramento do treino. Querem tomarem banho logo para saírem nos seus "carrões" e irem para casa ou outros locais ficar postando fotos em redes sociais; e
3º) a não utilização do spray de marcação da barreira, já que existe um litígio por direitos autorais em que a CBF se recusa a pagar os royalties ao brasileiro criador daquela ferramenta. Como na Europa a FIFA não tem esse problema, os árbitros utilizam o spray e marcam a posição da barreira, evitando que ele reduza a distância para a bola.
Como aqui não há o spray, dificilmente um jogador cobra uma falta com 9 metros de distância. Na média é 8,30 a 8,50 metros, o que dificulta sobremaneira a possibilidade de a bola passar por cima da barreira e entrar na barra.
Para mim, esses são os fatores principais da ausência de bons cobradores de faltas no Brasil.
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