Ao assistirmos os jogos do Campeonato Brasileiro com a maioria dos times sem qualidade, não entendemos como os clubes ainda insistem no atual modelo dominado pelo Circo do Futebol Brasileiro (CBF), e não tenham nenhum movimento para a implantação de uma Primeira e Segundas Ligas Nacionais do Brasil.
Insistem em uma marcha na contramão da história, mesmo com os exemplos das entidades europeias e norte-americanas.
O único empecilho seria o seu comando, pois a nossa cartolagem é um produto da pior safra dos últimos anos, mas o risco tem que ser assumido, e urge para o nosso futebol a mudança do sistema podre, corrompido e sem direção.
Se continuarmos com esse modelo de gestão emanada pelo Circo e acompanhado pelas Federações estaduais, não existe a salvação, a não ser a de continuarmos com a decadência desse esporte, que está acentuada nas suas finanças e nos gramados.
Não é possível que em todos os países mais evoluídos do mundo, o sistema de Ligas deu certo, e no Brasil isso não poderá acontecer.
Não entendemos que existam pessoas que ainda não perceberam da importância desse modelo para o crescimento do esporte no país.
Como um sistema como o nosso pode ser defendido? Nem Freud poderia nos explicar.
A Lei 9.615/98, em seu artigo 13, contempla as Ligas como parte do Sistema Nacional do Desporto, e o seu artigo 16, consideram-nas como pessoas jurídicas de direito privado, com organização e funcionamento autônomo. Tudo legal perante a legislação.
Chegamos numa encruzilhada e em um momento que exige uma boa definição, sobretudo por termos um órgão maior de nosso futebol que não tem a estrutura organizacional e moral para cuidar desse esporte.
Que o Circo continue a viver com a sua Selecirco, e as divisões menores, como suas obrigações.
Uma Liga dirigida por profissionais, sem a politicagem atual, e com um Conselho Gestor com representantes dos clubes, seria o início de uma revolução tão desejada, que não suporta mais esse ciclo pernicioso que hoje contempla esse esporte.
O futebol brasileiro está no fundo do poço, e não precisamos de muitas provas para tal comprovação, desde que o momento atual caracteriza a desorganização de um segmento que tem demanda, e necessita ser resgatado, e hoje o único caminho será o da Liga Nacional.
Na verdade, após muitos anos nunca estivemos tão perto de que isso possa acontecer, que depois deverá ser seguido com a criação dos clubes empresas.
Com isso iremos ingressar no mundo civilizado do futebol, saindo das cavernas.
Prezado JJ, uma liga precisa de Manager a frente. Aqui no Brasil, o principal candidato é Andrés Sanchez.. e o mais estranho é que vários clubes apoiam. Gostem ou não, se o presidente da liga for alguém ligado a clubes (mesmo licenciado) que seja o Petragllia; pode ser arrogante, tem defeitos, mas não se pode negar que pensa 10 anos a frente dos demais cartolas e o resultado está aí no Athlético Paranaense.
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