Temos uma simbiose com os esportes em geral, em especial o futebol por um longo tempo, o que facilita as nossas análises sobre o tema, e sempre estamos observando algo que passa despercebido pelas mídias, que tem uma visão ligada a espetacularização do esporte do que o trato de sua realidade.
Não temos a menor duvida de que o futebol brasileiro está atuando como uma ferramenta de manipulação e controle social. Enquanto arte e espetáculo verdadeiro, esse esporte é muito distorcido pelos meios de comunicação, perdendo assim a sua essência e raízes.
Essa modalidade esportiva da maneira como ela é apresentada pela mídia pode ser traduzida como um pão sem nutrientes, que somente engorda os detentores do poder e, como o circo, apresenta pouco ou quase nada de útil para a formação de um pensamento crítico do seu torcedor.
Quando a seleção do Circo atua, e obtém uma vitória muitas vezes perante um adversário mequetrefe, o ufanismo com essa conquista representa realmente as distorções dos fatos. Trata-se de um modelo indutor do que o adversário era potente, e que o time circense foi extraordinário, manipulando as mentes daqueles que os assistem.
Os atletas tornaram-se celebridades, são tratados como tal, e todos os seus movimentos fora do campo são destacados. Neymar indo ao sanitário é uma manchete nos meios de comunicação. A bola da vez agora é Gabigol e o seu namoro com a irmã desse jogador.
Os clubes são secundários, e o mais importante é o individual.
Quando lemos, assistimos ou ouvimos a divulgação de tais fatos, ficamos certos de que o futebol que deveria ser um espetáculo coletivo transformou-se em algo individual, movido a interesses financeiros, e que os segmentos do setor pouco se importam com os clubes, e sim com os seus ídolos.
Óbvio que o esporte para crescer necessita de astros, mas esses não estão acima das bandeiras. O mundo tornou-se individualista, e o futebol é coletivo, e o que importa é o sucesso do clube no geral, mas isso tornou-se apenas um pequeno detalhe quando observamos a maneira como os nossos astros são tratados.
Na realidade a imprensa é comprometida com os patrocinadores, e segue a linha editorial de suas empresas, vendendo muitas ilusões para uma multidão de iludidos.
Uma certa vez, lemos um documento da Sociedade dos Jornalistas da França, em que textualmente dizia: "A imprensa só é livre quando depende nem do poder governamental, nem no poder do dinheiro, e sim exclusivamente da consciência dos jornalistas e leitores.
Aplicando-se isso, o ufanismo chapa-branca seria extirpado.