Mais uma vez o time do Náutico não montou no cavalo selado que passou à sua porta.
Os Deuses do Futebol tentaram dar uma ajuda ao alvirrubro, mais a equipe não entendeu o que acontecia com o G4 continuando no processo de estagnação, com a derrota do Vasco, empates do Atlético-GO e CRB, faltando apenas o jogo do Ceará contra o Avai que será realizado no dia de hoje, e foi derrotada pelo time mais fraco da competição, o Sampaio Correa, com duas viradas e um placar grotesco de 4x3.
A Série B de 2016 é uma das mais pobres de todos os anos. O nivelamento é a sua cara. Não existe um desnível entre os disputantes. Até o Vasco que era favorito viu suas gorduras serem queimadas com cinco rodadas sem vitórias. Brasil de Pelotas, Londrina e Bahia se aproveitaram do momento e o primeiro já está no G4, enquanto os outros dois se aproximaram.
Enquanto isso o Náutico continua sua via crucis. Permaneceu na 8ª colocação, mas aumentou a diferença para sete pontos em relação ao 4º colocado, que poderá ser dilatada para oito com a vitória do time cearense no último jogo da rodada.
O maior problema do alvirrubro pernambucano é que o time não tem o desejo de ganhar. Não existem diferenças técnicas entre esse e os demais disputantes, mas o sonho da Série A é muito maior naqueles que estão chegando na reta final do Campeonato com mais força e os resultados confirmam, em especial no Bahia que vem subindo numa série de jogos sem derrotas.
Temos a experiência vitoriosa numa Série B, e sabemos que para a obtenção do sucesso é necessário alguns componentes, tais como a união do grupo, salários pagos nos dias dos seus vencimentos, um planejamento bem elaborado e sobretudo um comando que tenha uma visão macro de uma competição como essa.
O placar de 4x3 mostra bem a verdade. Representa o 7x1 da Alemanha que escancarou uma realidade do futebol brasileiro, que vivia de mentiras e sonhos que ainda era o melhor do mundo. O jogo contra o Sampaio foi fraco. A história que o time foi prejudicado pela arbitragem é mais uma das desculpas esfarrapadas de perdedores, alimentadas por uma imprensa que não reconhece a falência do futebol de Pernambuco, que está sendo bem retratada na participação dos nossos clubes nas diversas competições.
Para que se tenha uma ideia exata da realidade do Náutico na competição que chegou a sua 23ª rodada, basta procedermos com as simulações e as suas chances de acesso que eram de 60%, hoje é de apenas 10%. Os dirigentes não acompanharam tal queda e deixaram o barco navegar com o leme quebrado.
Pernambuco corre o risco de chegar ao final do ano com um somatório negativo nas performances dos seus clubes, que para nós não é surpresa, desde que há alguns anos a decadência tomou conta do nosso futebol, em todos os seus setores.
Hoje somos um nada, e o Náutico assim o tem demonstrado. Perder no jogo é normal, mas uma derrota contra o pior time da competição com duas viradas é grotesco.