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Escrito por José Joaquim

A desorganização do futebol brasileiro é cristalina. Embora tenha terminado a 22ª rodada de sua principal competição, somente agora fechou o turno inicial com a realização dos dois jogos que tinham sido remanejados.
Tal fato mostra de forma clara que além da decadência técnica que é apresentada nos gramados, a ausência de público, a organização realizada pelo Circo Brasileiro do Futebol (CBF) é bizarra. Se houvesse a venda de ingressos antecipados como na Europa, o que diriam os compradores?
Por outro a principal competição nacional está sendo marcada pelos erros das arbitragens, ou as suas lambanças que são corrigidas, criando polêmicas discutidas em maior intensidade do que a movimentação das partidas. Os protagonistas são os apitadores e os jogadores meros figurantes.
No encerramento do turno em plena continuidade do returno, nos dois jogos realizados os árbitros deixaram as suas digitais.  No sábado, Rodrigo Raposo validou o gol de empate do Figueirense no seu confronto contra o Fluminense, quando tinha acontecido uma falta visível no goleiro tricolor Diego Cavalieri. Foi salvo pelo olho eletrônico que avisou ao auxiliar, sendo repassado para o apitador. Confusão em especial no final da partida. 
No dia de ontem a segunda lambança. O árbitro Wagner Reway validou um gol do Botafogo no seu jogo contra o Grêmio, com o acante do alvinegro carioca impedido. Como sempre reclamações. Ofuscou o belo gol de bicicleta de Camilo, meia do time carioca.
Felizmente nos dois jogos os erros foram sanados, mas deixaram bem claro que a arbitragem brasileira há anos vem descendo a ladeira, assumindo a responsabilidade de muitos resultados modificados e alterando a tabela de classificação.
Na verdade uma coisa chama outra. Os jogos são de baixa qualidade, e isso reflete no nível dos apitadores brasileiros, que acompanham a decadência do nosso futebol. Seria impossível o contrário.
Os problemas não se resumem apenas na Série A. Nas demais temos os mesmos problemas que não são destacados por falta de visibilidade. No último sábado, o paraense Dewson Freitas teve mais destaque na transmissão da partida entre Vasco vs Bahia do que os jogadores, embora não tenha influenciado no marcador. A sua arbitragem não agradou nem aos gregos nem aos troianos.
Aliás esse árbitro é um dos que mais atuam em nosso país. Tem um padrinho poderoso que é o Coronel Nunes, vice-presidente do Circo, o substituto de Del Nero quando de sua suspensão pela FIFA, que irá brevemente acontecer. Tem o QI,de quem indicou.
O roteiro que vem sendo seguido é bem interessante com uma combinação perfeita. Jogos ruins, jogadores fracos e arbitragem de nível duvidoso. O resultado final é de 7x1.
ESSE É O FUTEBOL BRASILEIRO.

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