Na postagem de ontem mostramos os valores que foram dispendidos pelos clubes com a contratação de atacantes, no total de R$ 135,4 milhões.
Por outro lado, a contratação de André pelo Sport com o desembolso de um pouco mais de R$ 5 milhões nos despertou para um setor que existe nas empresas, e que é deixado de lado pelos clubes de futebol, ou seja, o da ¨GESTÃO DE RISCO¨.
Infelizmente o esporte da chuteira no Brasil é tratado no varejo, quando o atacado é mais importante.
Há alguns anos recebemos do consultor Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria uma abordagem feita sobre esse tema que passa ao largo de todos os que fazem o futebol no país.
Esse esporte evoluiu financeiramente, muito por conta dos direitos de transmissão, passando a exigir uma necessidade de proteção no que tange aos Riscos Financeiros e de Imagem.
Ferreira analisou que no caso da Imagem esse é o mais fácil de ser percebido, quando se verifica o quanto os clubes ficam expostos nas suas marcas, sem um guardião para protegê-las.
Por outro lado, o Departamento de Futebol de um clube é outro setor que necessita da implantação de uma gestão de riscos.
Trata-se de uma questão fácil de se perceber, porque as agremiações vivem no seu dia a dia tratando de negociações, com contratações diversas, e acertos salariais, que irão impactar nos seus orçamentos.
Qual o clube que trabalha com um gerenciamento de riscos? Na realidade, não conhecemos, e as decisões são tomadas de forma açodada e por pessoas que não tem a qualificação necessária para tal. Muitas vezes as necessidades financeiras pesam em uma venda, e as paixões em uma contratação.
Será que a diretoria do Atlético-MG analisou o risco de uma contratação com alto valor para a época, a do goleiro Victor que era do Grêmio, e se o clube teria condições de paga-la.
Não o fez, e hoje tem um débito sendo cobrado na Justiça de R$ 10 milhões, inclusive com os valores da negociação de Lucas Pratto bloqueados. Trata-se de um exemplo do que acontece em nosso futebol.
Quantos jogadores são contratados e não conseguem se firmar? Não é o caso de Victor, que é um excelente profissional.
Os contratos são renovados sem uma lógica de risco, inclusive nos seus prazos de duração. Um profissional com idade mais avançada não pode ter um contrato longo como um mais jovem, mas uma boa parte de nossos clubes não percebem o risco que correm.
As multas milionárias que são pagas a jogadores e técnicos, que foram mal contratados, deixam um grande buraco nos seus fluxos de caixa.
O Gerenciamento de Risco é fundamental para qualquer empresa, e no futebol moderno isso se torna necessário, muito embora seja complexo ao se lidar com o assunto, posto que as contratações são sempre complicadas devido ao grande número de variáveis, mas a implantação dessa politica poderá identificar melhor os riscos que as envolvem, e com isso aumentar as chances do sucesso.
Sempre afirmamos que o futebol não é coisa para amador, e sim para profissionais que possam entender todas as suas necessidades, e uma área de análise de risco nos clubes é salutar.
Comentários
0#2RE: GESTÃO DE RISCO —
CLAITON LIMA-RJ17-02-2017 20:10
JJ: Sobre esse tema, tomei conhecimento que o Galo também tem um outro bloqueio por conta de uma ação na Justiça de um investidor que colocou em 2000 dinheiro na aquisição de Caçapa, ficando com 60% dos seus direitos. O jogador foi negociado e o clube não pagou a sua parte. O valor bloqueado é de R$ 7 milhões. O artigo veio em boa hora.
O cestão de lixo, a maior das instituições, em uma determinada empresa especializada em pixulecos globais havia organizado um certame das doze tribos das empreitadas. Havia um departamento exclusivo para atender os avatares, alcunhas e apelidos das listas de delatados. Na lista do poderoso chefão havia presidentes da República, chefes dos poderes, governadores, prefeitos, dezenas de senadores e quase toda cambada da bola. Esta semana foram divulgados os países pocilgas incluídos no cestão do lixo que inclui quase toda a América dos Comebolas e a África dos Comepilas. Evidentemente, nos demais continentes não há espaços para cestos de lixo de subdesenvolvidos. Na última crise de 2008, a quantidade de cestos de lixo era tão grande que o grande lixeiro do norte teve que injetar US$ 8 Trilhões em desinfetantes equivalentes para atenuar as bactérias do Prime Rate. Agora, o Pato Donald, dizem, pretende liberar a esculhambação outra vez, pois os lixeiros ameaçam o aterro sanitário global com uma greve de coleta de pixulecos. Desde da época dos gês e tapuias que quando se juntavam três caciques e um feiticeiro, as tribos litorâneas de Cabral I já distribuíam cestões de lixo na floresta para coleta de propinas do pau Brasil. Os franceses chegavam, distribuíam as bugigangas nas gestões de riscos e podiam lotar as caravelas que viajavam com as madeiras de dar em doido. Esse sistema pixulecomatoso é a essência da divisão de renda na orbi terrestre do esquecimento global entre Cavalcantis e Cavalgados. De vez em quando aparece uns gala presas atormentados com a pressão nas gônadas prostáticas, tipo Pitágoras Savanarola para perseguir os garis e cariparás - pobres coitados. Este sistema começou com os Neandertais e prosseguiu mundo afora com os Vikings, Celtas, Saxões, Normandos, Eslavos, Hititas, Assírios, Caldeus, Faiumes e continua com os Assados em expansão em botes infláveis. O Cestão de Lixo é o orgulho da espécie e até os Bórgias o praticaram as largas. A garizada só para de coletar resíduos quando está ameaçada por um aneurisma providencial. Todos dias eu sonho em profusão cada sonho fantástico, pois os gerentes de gestão dos ricos sabem muito bem que esses delírios esquizo-alucinógenos utópicos causados pelos neurotransmissores endógenos fazem parte do arquétipo primitivo dos caçadores de galinhas gigantes.
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