Não existe a necessidade de uma reunião entre gênios para entender o que acontece no futebol brasileiro, que vive um dos seus piores momentos desde o inicio da era profissional, e para tal basta uma pesquisa para observar uma curva descendente da média de gols marcados no período de pontos corridos.
O jornalismo juvenil debate apenas a ausência de público nos estádios, como o grande problema desse esporte, mas esquece algo da maior importância, que é representado pela ausência do gol.
Não existe algo mais trágico que um placar de 0x0. O gol é apoteose e o objetivo do futebol.
O primeiro campeonato desse novo sistema foi em 2003, com 24 clubes, com uma média de 2,89 gols por partida, em 2004, com o mesmo numero de clubes, essa foi de 2,78.
No ano de 2005, com 22 clubes foi o maior pico na média, com 3,13, com Romário sendo artilheiro com 24 bolas nas redes dos times adversários do Vasco.
A partir de 2006 a competição passou a ter 20 clubes, que permanece até hoje. Nesse ano a média foi de 2,71, subindo em 2007 para 2,76, em 2008 caiu para 2,72, com uma boa subida no gráfico em 2009, para 2,88.
No ano de 2010 começou a curva descendente, com uma seca de gols, com 2,57, em 2011 com uma subida para 2,68, rolando pela ladeira em 2012 com 2,47, para 2,46 em 2013, 2,23 em 2014, 2,36 em 2015 e 2,41 no Campeonato de 2016.
São dados estatísticos que deveriam proporcionar estudos entre aqueles que fazem o futebol brasileiro, desde que estavam anunciando uma morte que em breve iria ocorrer, para que algo pudesse ser realizado para salvar esse esporte.
A relação média de público/gol é uma, desde que um depende do outro. Qualquer leigo que assiste a uma partida de futebol no Brasil pode ver com clareza o modelo implantado dentro do campo de jogo por treinadores que tem como tática não perder, se possível empatar e ganhar por acaso.
A bola fica presa nas laterais dos campos, em um jogo travado e sem emoções. Os atacantes com faro de gol sumiram, desde que são maltratados pela ausência do meia armador que fazia a bola chegar aos seus pés.
Hoje os erros de passes já não cabem nas estatísticas dos jogos, assim como as faltas. O futebol tornou-se modorrento, sem alma, afastando o torcedor, que está desaparecendo dos estádios.
Acabou a época dos grandes artilheiros, qualquer um que fizer 7 a 8 gols é o bola de ouro da competição, e assina um contrato de milhões.
O sistema do futebol brasileiro é alienado. De um lado, a destruição que é vista por todos e que nada fazem para tentar a recuperação e, do outro, um jornalismo defendendo apenas os interesses de seus veículos que continuam tratando um esporte falecido, como um ser vivo habitando a Ilha da Fantasia.
Fazer o que? Na verdade o futebol é a cara do Brasil que também afundou por conta dos corruptos e corruptores.
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0#1Busílis da Questão —
Beto Castro19-02-2017 14:27
Como qualquer jogo de azar que tem como princípio maior uma aleatoriedade qualquer - no caso deste, a bola que saltita entre pés habilidosos e pés tortuosos, o futebol desde sempre atraiu especialistas em levar vantagem. Assim como os demais palcos da dialética sorte e azar, os banqueiros e jogadores desenvolveram as suas habilidades em fraudar o dito jogo honesto que é apenas uma quimera. O futebol tem as mesmas características de um guerra entre cavernas, tribos, etnias, povoados, cidades, Estados e países, daí a sua forma lúdica de apaziguar as rivalidades no espírito guerreiro dos "Homos Nervorsous" das galas presas, bem menos doloroso do que o extermínio dos adversários. Para a obtenção do sucesso, as facções religiosas dos ídolos imaginários, a jogatina como instituição, cujo objetivo verdadeiro é obter, poder, riquezas, concentração de renda, esbanjamento e posições de destaque nas sociedades dos espertos, também conhecida como política ou manipulação das massas. Entre os machos, os jogos políticos tem como finalidade maior a conquista do maior número de cabritas no chiqueiro com destaque para bode que mais fede e simula berros mais altos e esquisitos. Nesta vida sem maiores propósitos do que o adiamento da tenebrosa, os valores éticos e morais são apenas simulações dos sacripantas poderosos e seus feiticeiros cobradores de pedágios sacrossantos do sim senhor amém. Pouco importa aos eternos vitalícios dos dízimos, taxas, impostos, contribuições e as almas dos fiéis se os empurradores ou recebedores de bola fazem gol ou deixam de fazer. Vim para este mundo para levar vantagens e enganar os trouxas enquanto o coração bater. Arrodeado de riscos, ameaças, especialistas, mosquitos, vírus, bactérias, perigos, acidentes, moléculas explosivas, a ordem neste jogo maior do adiamento da sepultura é ir escapando. Taí a vida nua e crua como ela é. Daí, a existência de Mitos, Deuses, Salvadores, Profetas, Faraós, Paraísos, Padre Pedófilos, Pastores Tarados, Agiotas acumuladores, Beatos Fingidos e Torcedores arruaceiros nesta grande banca terráquea. O resto é conversa para boi dormir e leão sossegar com as presas no estômago. Os filhotes de Homo Sapiens da sabedoria zero descobrem estas virtudes da salvação na primeira briga de rua, quando o adversário joga areia nos seus olhos. Não há no mundo quem desbanque a teoria da relatividade do sábio da língua exposta. Nem a desesperada corrida dos espermatozoides em busca dos óvulos é capaz de dissimular a necessidade biológica de levar vantagens desde o primeiro berro até a extrema unção. Nesta corrida de obstáculos se intercalam prazer e dor como o busílis da questão. Quem for mais esperto que faça outro comentário de contestação.
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