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Escrito por José Joaquim

Não tínhamos a intenção de escrever sobre os detalhes dos jogos realizados no Brasil, mas não poderíamos deixar passar despercebido o modelo de intolerância e sobretudo ditatorial do comando do futebol paranaense, que proibiu a realização da transmissão on-line do Atletiba.

A reação das duas diretorias foi exemplar, recusaram-se a jogar a partida e os times abandonaram o estádio sob aplausos das duas torcidas. São uns retrógrados e que estão afundando o futebol brasileiro.

O único jogo que foi realizado em Pernambuco envolveu o Salgueiro 2x1 Central, mas sem nada que possa ser destacado. Assistimos alguns dos campeonatos europeus, e a cada um que chega na telinha, aumenta o nosso constrangimento.

Um bom futebol, bola correndo no gramado, poucas faltas, sem simulações, respeito aos árbitros, e na maioria estádios lotados. Os seus torcedores assistem os jogos na beira dos gramados, e um único papel não é atirado.

Mudamos o globo terrestre para o lado brasileiro, e sentimos de perto uma inversão total do que acontece, quando os torcedores não conseguem perceber que se não mudarem a forma como enxergam o futebol, o levarão para o fundo do poço.

No jogo que seria realizado em Curitiba entre o Atlético e Coritiba, quando a torcida do Coxa estavam sendo escoltada para a Arena, numa confusão com a Policia uma bala disparada matou um torcedor que estava no grupo. Mais uma morte para a nefasta contabilidade do futebol.

Não se pode mais admitir um ônibus ser apedrejado por marginais, como aconteceu no último sábado quando o time do Sport chegava ao Arruda. Uma imbecilidade maior foi a do arremesso de objetos no gramado, que só prejudica o próprio clube.

Em São Paulo, a torcida do Santos invadiu o seu vestiário, com palavras de ordem contra o técnico Dorival Junior, e o atacante Lucas Lima, que há pouco tempo eram endeusados. 

Na realidade trata-se de um problema enraizado no país, e que foi se tornando numa serpente de sete cabeças que está engolindo os seus criadores. As organizadas representam a Era dos Dinossauros, da Pedra Lascada, onde um porrete resolvia tudo.

O futebol é um negócio como outro qualquer da indústria do entretenimento, e tem que ser tratado como tal. Milhões são investidos, o retorno é fundamental para a sua sobrevivência.

O país paga hoje pelos erros do passado, quando a educação foi deixada de lado, inclusive como forma de sobrevivência eleitoral. Quanto menos informado o eleitor, um voto errado será dado.

O torcedor do futebol é um cliente, desde que está consumindo um produto, que vem sendo deteriorado por conta de suas atitudes.

Quando se assiste um jogo de um clube europeu, o torcedor canta o seu hino durante os noventa minutos. O do Real Madrid é uma peça clássica, que transmite serenidade e alegria a todos que estão nas arquibancadas.

No Brasil são as ofensas, violência, pedras e paus, como se estivéssemos em uma guerra. Não respeitam o Hino Nacional, ou um minuto de silêncio. A torcida do Palmeiras no lugar da sua letra gritam o nome do clube. Uma falta de respeito.

A imprensa Juvenil tem a sua culpa no processo, e no ex-clássico entre Santa Cruz x Sport observamos a insistência dos repórteres com relação as declarações de Everton Felipe sobre o jogo, inclusive junto ao atleta.

Na verdade não houve nada de ofensivo no que foi dito, mas como vivemos uma época em que nada existe em nosso futebol, aproveitaram o fato para dar uma dimensão além da realidade.

Por conta disso, o jogador amarelou durante o jogo, numa demonstração de que falta-lhe uma orientação de conduta da parte do clube. Clonar os jogadores mais antigos, é um dos problemas de trabalho de formação. 

Se os bons clientes desse esporte não acordarem e sobretudo evoluírem, poderão ser responsáveis pela péssima qualidade do futebol brasileiro, que hoje é da Segunda Divisão Mundial, correndo o risco de cair para a Terceira.

Já temos uma cartolagem com um modelo medieval, que junta-se aos péssimos torcedores, e os resultados estão sendo expostos no dia a dia.  Precisamos educar uma nova geração, para que o futuro seja mais promissor.  

Na verdade sem educação o próprio país não irá sair dessa passividade patológica, e continuará marcando passo ano a ano, apesar da nossa Lava Jato.

O esporte faz parte da cultura nacional, mas não é tratado como tal, e fica a mercê do que de pior existe em nossa sociedade. 

Lamentável.

Comentários   

0 #3 RE: ATRASO CULTURALANTONIO CORREIA 20-02-2017 21:05
JJ: Excelente o artigo que ficou rico com as informações e Beto Castro, que esclareceu muitas coisas que não sabia.
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0 #2 RE: ATRASO CULTURALPEDRO OLIVEIRA 20-02-2017 20:57
JJ: COMO SEMPRE UMA AULA. O ARTIGO MOSTRA A REALIDADE. ESSE CASO DO PARANÁ PODERÁ SE TORNAR O INICIO DE UMA REVOLUÇÃO, MUITO EMBORA OS CARTOLAS NÃO TENHAM CORAGEM.
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0 #1 A razão do declínioBeto Castro 20-02-2017 09:48
Veja esta notícia publicada na página da Federação do Amapá:
A Copa Verde 2017 foi lançada na manhã desta sexta-feira (17), no palácio de Setentrião, sede do governo do Amapá, em Macapá. Nesta edição, a competição regional tem dez datas e começou no dia 29 de janeiro, com fim marcado para 17 de maio.

O evento contou com a participação do secretário-geral da CBF Walter Feldman, a presença do vice-presidente da CBF, Antunes Nunes - Não sabem nem o nome do Ex-Presidente biônico da entidade - do governador do Amapá, Waldez Góes, e do presidente da Federação Amapaense de Futebol (FAF), Roberto Góes, entre outros presidentes de federações e clubes que participam do torneio.

Nesta edição ao todo, 18 equipes disputam o título desta edição: duas do Acre (Atlético-AC e Galvez), duas do Amazonas (Fast e Nacional-AM), uma do Amapá (Santos), duas do Distrito Federal (Ceilândia e Luziânia), duas do Mato Grosso do Sul (Sete de Dourados e Operário), duas do Mato Grosso (Cuiabá e Luverdense), uma do Espírito Santo (Rio Branco), uma do Tocantins (Tocantins), uma de Rondônia (Rondoniense), três do Pará (Águia de Marabá, Paysandu - atual campeão -, e Remo), e uma de Roraima (São Raimundo).

O campeão receberá dois troféus: a taça convencional, entregue à equipe vencedora após a decisão, e uma árvore da flora brasileira, prêmio vivo que vai ser plantado na sede ou no CT do clube, alem de garantir a participação nas oitavas de final da Copa do Brasil em 2018.

Na edição de 2016, a Copa Verde apresentou diversas ações inovadoras que estimularam a conscientização em torno dos problemas ambientais. A competição se destacou por ser a primeira carbono zero do futebol brasileiro. Um pacote de iniciativas sustentáveis foi divulgado pela CBF no evento de lançamento da "Nossa Copa, nosso verde" e implementado durante todo o campeonato. Entre as novidades estavam a compensação de todo o CO2 emitido durante o torneio e a troca de garrafas PET e latas de alumínio por ingressos. Também foi no ano passado que a competição ganhou um mascote oficial. Representando a fauna das regiões envolvidas no campeonato, a arara vermelha foi "batizada" de Vermelhão.

O centurião lagartixa que não fica nem Vermelho de vergonha é primo do Governador e comanda com outro primo este grande futebol de clubes paralíticos há cerca de 15 anos. Os grandes clubes do Estado foram todos massacrados, estando em fase final de extinção. Ninguém dá um pio contra os desmandos. Os outros dois todos já conhecem. O clube sovaqueira do Estado que participa - O Santos, tudo a haver com o Amapá - não tem nem sede quanto mais CT - Na verdade é apenas uma pasta de voto de cabresto debaixo do braço que é anualmente alugado a quem oferecer mais.
Até o abandonado Estado do Espírito Santo participa deste samba do branquelo matusquela. Na geografia do analfabetismo o Estado Capixaba desprezado pelos seus pares ricos e poderosos do Sudeste foi transferido para o Centro Oeste na profícua gestão de Zé das Vacas. E chamam isto de Futebol Brasileiro.
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