Os nossos artigos analisam a realidade do futebol brasileiro, mostrando os seus problemas e apontando soluções. Pelo menos não nos omitimos com relação ao que acontece nesse esporte em nosso país, que está entregue a uma parcela despreparada, que do setor nada entende, e muito menos de finanças e gestão esportiva, e com muitos espertos no salão.
O Brasil é um país continental, mas o futebol age como uma Ilha, com a participação de poucos clubes, relegando os demais que povoam o Continente. Vivem na Ilha de Caras.
Há um bom tempo que analisamos os modelos adotados em países mais evoluídos do que o nosso, para mostramos aos nossos visitantes que existe uma luz no fundo do túnel para o futebol brasileiro, com uma única solução: expulsar o que não presta, e trazer para o seu meio o lado bom da sociedade.
Um excelente espelho é o futebol da Inglaterra, um país bem menor do que o Brasil, e que oferece alternativas bem maiores para o seu futebol.
A Federação Inglesa (FA) tem responsabilidade de representar o país nas organizações internacionais, de organizar a Copa da Inglaterra, promover o futebol feminino, a formação de treinadores, o apoio aos clubes amadores, e da arbitragem, entre outras atividades.
O sistema funciona através de uma serie de Ligas que são relacionadas entre si, que tem a Premier League como a sua maior competição abrangendo 20 clubes. A seguir vem a English Football League, dividida em três divisões de 24 clubes profissionais. A Championship (Segunda), a Football League One (Terceira) e a Football League Two (Quarta), trabalham em conjunto com a Premier League.
Os clubes que não estão nessas quatro divisões principais do futebol inglês se dividem em outras: a Football Conference (5ª Divisão), Conference North e Conference South (6ª Divisão), e uma série de outros campeonatos que compõem o sistema.
A partir da 5ª Divisão, cada liga tem as suas regras, mas existe uma cadeia produtiva, tendo uma sempre abaixo da outra, com acesso e descenso. O mais interessante é que as ligas menores cobrem zonas geográficas bem reduzidas.
As ligas da 5ª e 11ª divisão são controladas pela Football Association. Todos os clubes podem subir ou descer de divisão, mas existem exigências grandes com relação aos estádios, que é o ponto mais importante para que o acesso seja confirmado.
As oito divisões de maior porte abrigam 368 clubes atuando por todo o calendário. A Copa da Inglaterra tem a participação de 736 clubes de todas a divisões, e com jogos televisionados para o mundo, inclusive o Brasil.
Um modelo simples, bom para ser aplicado em um país continental como o nosso, e que adota algo que sempre destacamos que é a municipalização do futebol.
Os cartolas brasileiros ainda não entenderam a necessidade de ampliar o número de divisões nacionais. Demoraram muito para a implantação da Série D, que ainda não está bem consolidada, e relutam em pensar na Série E, para aumentar o leque de times profissionais com uma atividade anual.
Na verdade esses só pensam na seleção que lhe fornece o numerário para o pagamento de 15 diretores.
Só mesmo no Brasil.
Comentários
0#3RE: O MODELO DO FUTEBOL INGLÊS —
CARLOS ALFREDO02-03-2017 20:54
JJ: Quando leio os seus artigos fico na certeza de que os que fazem o futebol brasileiro não conhecem um sistema como esse. Trata-se de um modelo que deveria ser analisado e debatido no meio futebolístico nacional.
0#1Inglaterra ou Grá-Bretanha —
Beto Castro02-03-2017 16:15
Este tema de comparação entre os civilizados e os homens da caverna é excelente para o debate. Temos que tirar uma dúvida, se não quisermos fazer uma pesquisa detalhada, que o prezado jornalista pode esclarecer. Se este sistema de cidadãos de primeira classe se refere à Inglaterra ou a Grã-Bretanha. Levando-se em consideração que o nosso Reino da Síria antes de Moisés dos excluídos de quinta dos Piratas Salteadores da Arca de Noé Teixeira e seus animais irracionais tem 37 vezes o tamanho do arquipélago de Dona Elisabeth e de Dona Theresinha Pode Ser, os 368 clubes profissionais das divisões maiores que dobra para 736 significa que guardadas as proporções entre o gigante em coma induzido e a anãzinha serelepe do mar do norte, nossa Copa dos Pixulecos deveria ser uma espécie de Torneio Início sem fim com 27.232 sovaqueiras que disputariam partidas únicas de 10 minutos cada durante um quarto de século decididos nos escanteios em 5670 condados da cambada da bola dos prefeitos corruptos e do nepotismo oficializado. Se contássemos as placas de Zé D'Hawilla estas alcançariam a soma recorde de 8,7 quintilhões de pisca-piscas em formato 4K, correspondentes 698²³ Megapixulecos que é a soma de estrelas, planetas, asteroides, buracos negros e túneis de minhocas do Universo. Só de Murdochs, Abramovichs, Berlusconis e Al-Khelaïfis teríamos que importar todos os magnatas fumadores de Naguilês do Profeta da OAU, Xexênia, Indonésia e da Legião das Ligas das Galáxias Unidas. Então, a aplicação de tanto desodorante neste número descomunal de axilas de cabresto se tornaria inviável. Com mais humildade e sensatez, o Homem do Campo estrategista do Navegante Barba Negra poderia pedir ao Homem da Onça do Ensino Médio para colocar o Ministério das Igrejas de Salomão para incrementar apenas 8 certames regionais e duas copas continentais no Funil dos indiciados. Mas, a sugestão é boa colocando a tabela num painel de 100 mil quilômetros quadrado reduzidos por litografia de ULSI em Nanotecnologia para ser analisada por Zé das Flores através de um microscópio sub-micrômico de tunelamento de força atômica. Lógico que os barões das doze tribos do Velho Testamento protegidas pelo Camelódromo Monopolista da 25 de Março só entrariam nas finalíssimas finais dos últimos jogos da Igrejinha dos Últimos Dias de Jesus Cristo e da Maomé para quem crê em Deus e principalmente em Alá.
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