* Na noite de ontem assistimos uma Missa de Requiém pela alma do futebol de Pernambuco, que teve como local a Ilha do Retiro. O dia era condizente com o ritual, a quarta-feira de cinzas, que foi escolhido pelos iluminados para a realização do evento.
O contexto foi formado por uma mistura de fatos grotescos. O rubro-negro pernambucano optou por imitar o também rubro-negro paranaense, Atlético-PR, que jogou o maior encontro do futebol local contra o Coritiba com o seu time misto no dia de ontem, com um público reduzido, e a inovação da transmissão pela internet.
O Sport tem o direito de escolha, mas não pode ser seletivo com os adversários. Ou jogava com time misto contra todos, ou não poderia seleciona-los. Contra o Santa Cruz atuou com os titulares. Ser ou não ser.
Além de ser um dia após o encerramento do Carnaval, o jogo da Ilha do Retiro foi televisionado de forma aberta pela dona dos direitos de transmissão, que paga um dizimo pelo contrato, e com mais um agravante, o horário das 21h45 que é indecente.
O mais grotesco é que no próximo domingo o returno será iniciado, com o mesmo jogo, mudando apenas o mandante, e assim teremos Náutico x Sport. Só em Pernambuco imortal.
O resultado de 1x1 foi justo por conta da mediocridade dos dois clubes, com o craque milionário André passeando no campo, e ainda perdendo um pênalti.
Sobre o jogo não vamos comentar, desde que isso é papel para os nossos analistas, mas sobre a missa devemos enaltecer a maneira piedosa dos torcedores dos clubes que rezaram unidos pela alma de um defunto chamado de futebol de Pernambuco.
No clássico dos milhões, apenas 2.885 pagantes, ou fiéis, estavam presentes.
Amém
NOTA 2- O LEGADO DAS OLÍMPIADAS NA GRÉCIA
* O jornalista Jamil Chade, correspondente do jornal Estado de São Paulo na Suíça, publicou algumas fotos do Parque Olímpico que abrigou os Jogos que foram realizados em Atenas, em 2004.
O que vimos é um retrato do que irá acontecer em nosso país, com o legado da RIO-2016. Estruturas rachadas, o mato tomando conta, o vandalismo destroçando os equipamentos e o lixo dominando. As piscinas tornaram-se um depósito de dejetos.
Foram milhões de euros gastos para uma competição de 17 dias, que ajudou a provocar a queda do país, que até hoje vive uma séria crise econômica. Treze anos após, uma parte das instalações está delapidada.
Da mesma forma do que está acontecendo no Brasil, esses locais viraram pontos de disputas entre os políticos e autoridades, sem a visão do que iria acontecer no futuro.
O Rio de Janeiro de hoje, falido, é um reflexo dos bilhões torrados, que serviram para alimentar com propinas uma quadrilha que estava no poder, e que poderá ter o seu Parque Olímpico também depredado.
Uma vergonha.
NOTA 3- MAIS UMA DO FUTEBOL BRASILEIRO
* O modelo do futebol brasileiro que não consegue manter nos elencos seus profissionais, renovando a cada ano, deu origem aos resultados de uma pesquisa efetuada pelo Datafolha e publicada pelo jornal Folha de São Paulo, após ouvir os torcedores da cidade de São Paulo, que foi bem negativo para esse esporte.
Os dados mostram uma dura realidade, indicando que a sua maioria não consegue identificar de memória, três jogadores de seus clubes. Os são-paulinos são os que conhecem menos (60%), contra 59% dos palmeirenses, 51% dos corintianos e 49% dos santistas.
A rotatividade dos clubes é muito grande, raros são aqueles que passam dois anos seguidos com boa parte do elenco. Não produzem mais os ídolos, e sim atletas comuns, que hoje estão aqui, amanhã acolá. Os empresários falam mais alto.
Somos de uma geração que sabia a escala do seu time, que estava memorizada. Os elencos duravam mais de dois anos, quando chegava um novo atleta, esse encontrava um ambiente ideal para chegar de imediato na memória dos seguidores.
Hoje um clube contrata mais de vinte profissionais por ano, e isso promove a falta de identificação da parte do torcedor. Tal fato tem o poder de influenciar na queda das arrecadações, em especial no consumo de produtos dos clubes.
A simbiose atleta/clube/torcedor é sem dúvida importante para o futebol, mas os cartolas ainda não entenderam.
São coisas do futebol brasileiro.
NOTA 4- QUATRO BRASILEIROS NO RANKING DOS 100 CLUBES MAIS VALIOSOS
* O site Transfermarkt divulgou a relação dos 100 clubes mais valiosos do mundo, entre esses quatro brasileiros, que estão na rabeira da lista. O mais bem colocado é o Cruzeiro, na 77ª posição, com 77,25 milhões de euros(R$ 253,4 milhões).
A seguir o São Paulo, com 70,48 milhões de euros (R$ 231,1 milhões), na 84ª colocação, o Atlético-MG na 86ª, com 69,5 milhões de euros (R$ 227,9 milhões), e o Palmeiras na 97ª posição, com 63,28 milhões de euros (R$ 205,2 milhões).
Um fato nos chamou a atenção está relacionado a soma dos valores dos clubes brasileiros, que não chega a metade do Real Madrid, o líder do TOP 100, com 766,1 milhões de euros (R$ 2,5 bilhões).
Na verdade isso retrata o tamanho do nosso futebol.
Comentários
0#2Copa Verde de Fome —
Beto Castro02-03-2017 20:43
Confesso que omiti o nome mais importante desta Copa Verde de Fome Interativa cujo nome correto é Copa Verde de Fome Interativa com o Espírito Santo e a Santíssima Trindade que vai da lua até Marte com passagens rápidas pela estrela Vega. Agora terei que confessar e comungar 3 mil vezes durante a Páscoa com o Papa Bórgia e fazer relatórios completos e periódicos para o técnico Morinho Pitágoras Savanarola da Galáxias dos Santos do Pau Oco do Cavalo de Tróia das Patas Amarelas e seus golpistas sem vergonhas. Peço desculpas por esta falha imperdoável por Mea Culpa, por minha máxima Mea Culpa. Dominós Obiscos!
Não entendi porque nesta lista das propriedades dos mafiosos gigolôs não constam os clubes bilionários do Reino de Hollywood da Rainha Imortal do Kingstão Jurássico do Império de Cunhão II do Caririquistão - Spartax, Kashima Anthlers, Internacional de Pitaco, Mil Réis e Perilima das Soldas da Pedrolândia? Pelos menos, o Boa, o Audax, o Barueri, o partido político PSTC, os Altos das Populares e a Clínica Unida do Ceará deveriam está nesta lista qualificada. Não incluir os índios Gaviões do Latifúndio Desunido é imperdoável. Vou me queixar aos Primos do Coronel do Reino da Arábia Xaudita e Oiapóquia da Sica das plantações de cipó titica do Homem do Campo da Copa Verde de Fome Interativa.
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