A Bundesliga que é a responsável pelo Campeonato da Primeira Divisão da Alemanha, no seu relatório de 2015/2016, apresentou o montante de receitas dos seus 18 clubes, com 3,24 bilhões de euros, com um acréscimo de 24% com relação a temporada anterior.
A maior contribuição veio do marketing, das vendas de suas marcas, com um total de 974 milhões de euros, superando as receitas dos direitos de transmissão que obteve 933 milhões de euros. Os estádios contribuíram com 528 milhões de euros, com um bom crescimento em relação a 2015 (424 milhões de euros).
Por outro lado, 13 milhões de torcedores assistiram os jogos, com uma média de público de 42,4 mil pagantes por jogo. Um ponto que nos chamou mais atenção foi o percentual de 33% de comprometimento das receitas com o futebol.
Quais os motivos de tal sucesso, além de ser um país desenvolvido, com uma economia das mais sólidas do planeta?
O modelo do futebol alemão é bem planejado. Esse comporta a Federação Alemã e Futebol (DFD), que além de administrar as 3ª, 4ª e 5ª ligas, tem um projeto de formação, que contempla 356 campos de treinamentos, os quais foram os responsáveis pela sua evolução.
As duas maiores Divisões são gerenciadas pela Bundesliga. A Bundesliga 1 é disputada por 18 equipes, e a Bundesliga 2, que contempla também o mesmo número de times, com estádios superiores do que muito dos existentes no Brasil. Os três melhores ascendem e os quatro piores são rebaixados.
A Regionaliga, é a Terceira Divisão, com duas ligas distintas, a do Norte e a do Sul. Na primeira são 18 clubes, e na segunda dezenove. Os campeões e vices ascendem para a Bundesliga 2. Essa Terceira Divisão é palco de disputa de equipes sediadas em pequenas cidades, e que contemplam alguns clubes B dos maiores clubes da capital.
A Oberliga representa a Quarta Divisão. É composta por 9 ligas independentes, e são parecidas com os estaduais brasileiros, embora na Alemanha não se obedece de forma necessária as divisões politicas e geográficas, e somam 162 clubes que disputam o acesso para a Regionaliga.
A municipalização vem com a Quinta Divisão, que é composta por times semiprofissionais, disputando competições durante toda temporada, com o acesso para a Quarta.
Os clubes do futebol alemão jogam duas competições internas na temporada vigente. Uma está representada pelos Campeonatos Nacionais, e a outra é a Copa da Alemanha, com a participação de clubes de todas as divisões.
Trata-se de um modelo simples, cuja maior meta é o trabalho de aproveitamento dos atletas formados nos clubes, tendo os participantes das duas maiores divisões a obrigação de terem Centros de Formação, e sobretudo a regionalização, com um Calendário cheio para todos os clubes.
Na realidade o esporte da chuteira na Alemanha é tratado com seriedade, reúne excelentes jogadores, com altos salários, mas dentro da capacidade de pagamento dos clubes, tendo como destaque a profissionalização dos dirigentes, e sobretudo a transparência nas competições.
Enquanto isso no Brasil, a improvisação prevalece e o futebol foi sendo levado para o atoleiro.
Comentários
0#2Reflexão em tempo —
Beto Castro05-03-2017 15:28
Me diga homem porque o nosso país tem que entregar de mãos beijadas as verdadeiras glórias do nosso futebol que em sua maioria foram criadas e organizadas por brasileiros de origem humilde e com potenciais de se tornarem portentosos capitalistas? Temos hoje no Brasil dos brasileiros cerca de 100 marcas nas 27 unidades federativas estaduais que equivalem a 100 empresas grandes e médias com tudo para serem nacionais, controladas por nacionais e faturando bilhões pagos por nacionais. Sobram ainda cerca 700 outras empresas pequenas e microempresas potenciais de um mercado simplesmente maravilhoso em todas as regiões, estados, municípios e distritos da República e tem uns sacripantas traidores da Pátria querendo entregar toda esta riqueza fabulosa aos mafiosos e capitalistas estrangeiros, cujo desejo é escravizar a cristandade tupiniquim. Se o futebol brasileiro somente no seu mercado interno movimenta hoje uns R$ 3 bilhões com apenas 17% do seu potencial aparelhado pelos comebolas, 100% corresponderiam a R$ 18 bilhões a preços de hoje. São 204 milhões de consumidores potenciais ou 2,5 vezes a quantidade do mercado alemão. Então, porque os capitalistas pernambucanos, apenas para citar um nicho de 0,01% do nosso território, 0,04% da nosso mercado desejariam entregar 04 ou 05 marcas espetaculares, apenas para citar os grandes e médios (Sport, Santa Cruz, Náutico, Central e Salgueiro) para o controle acionário de magnatas da indústria, do comércio e dos serviços alienígenas. Estes clubes tem um mercado estadual com quase 8 milhões de habitantes para serem conquistados. Isto é de uma burrice asnática (Burro, idiota, parvo, besta, bronco, grosseiro, ignorante, asno, arola, amuo, bodião, jumento, trasfogueiro) estapafurdiamente estúpida e sem propósito, apenas para a preservação de uma ideologia de concentração de renda que está levando o mundo ao Apocalipse. O Mundo precisa de muitos capitalistas, milhares, milhões e até de bilhões que proporcionem empregos, inovação, tecnologia e bem estar aos outro bilhões de trabalhadores decentes e suas pobres famílias ameaçadas pelos Faraós da intolerância. Pensem nisto e não deixem os calabares entregarem toda esta riqueza nas mãos dos Califas, Sultões, Emires e Paxás dos prostíbulos dos eunucos. Alguma coisa tem que ser feita para parar o Califa Maluco e seus alquimistas paspalhões neoliberais em sua ânsia de entregar não apenas o futebol, mas toda a Nação e seus habitantes como escravos de outros países. Acorda Burricada das Mulas sem cabeças.
0#1O Paraíso dos Magnatas Extorquidores —
Beto Castro05-03-2017 10:51
Tenho que concordar que os números dos lucros dos magnatas da nata dos maranatas das distribuidoras de gás, empresas de seguro, fabricantes de automóveis, cervejarias, empresas de energia solar, bancos, indústrias têxteis, construtoras, empreiteiras, turismo, aviação dos emirados e até criadores de frangos são excelentes em termos de performance do PIB inútil. Pelo menos os zap-zaps teutônicos podem torcer pelos três setores da economia capitalista da grande rede de lavanderias e sonegação disfarçados de religiosos, sem ficar se espancando e se chacinando mutuamente. Não existe punguistas espertos sem os abestados que se deixam roubar. Torcer para a Deutch Telekom, para a Gazprom, Indústrias Evonik, Volkswagen, Emirates, Sun Power, Postbank, Suntek, Tui e NKD deve ser uma delícia. Grande parte dos intermitentes a caminho da terceirização torcem para os próprios patrões, batem ponto e contribuem com os próprios salários. Um verdadeiro paraíso na terra. Aqui estamos um pouco atrasados e ainda na fase da compra de arenas por empreiteiras da Lava-Jato e em breve teremos nossos clubes fantasmas entregues ao Burro Vermelho que te dá asas, às imobiliárias de espigões, às cooperativas de papa defuntos, aos fabricantes de cirrose hepática e aos cartéis do pó de mico. Esta é sina dos pecadores e devotos do Papa Bórgia. São não sei como os botes infláveis passarão por cima de tantos muros e cerca eletrificadas. Nosso sorte são os Aiatolás da Fundação Paraiso e o bebê Kim Jung Um amanhecerem com as braguilhas virada para trás antes de um crise bipolar do Trumphinha da Disneylândia. Estou na fase de encomendar a alma dez vezes por dia em regime intermitente de despedida permanente.
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