blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Nada pior para um leitor de qualquer periódico do que encontrar pela manhã uma manchete de ontem, e que já tivera o devido conhecimento.

Este é o maior problema enfrentado pela imprensa escrita mundial, por conta da velocidade na divulgação dos acontecimentos, o que levou inclusive os grandes jornais americanos a uma crise, redundando em demissões, eliminação de cadernos, salários mais baixos, suspensão da circulação em dias da semana, além do aluguel dos seus prédios.

No Brasil tal fato vem acontecendo, e algumas mudanças estão sendo procedidas para que as despesas sejam reduzidas e permitam que os jornais continuem nas suas atividades. Temos a convicção de que esses não irão fechar as portas, desde que existe demanda para as suas continuidades.

Hoje estão em baixa, o que exige uma adaptação aos novos tempos do jornalismo no tempo real, pelo rádio, pela televisão e sobretudo pela internet.

Aos jornais caberá sempre um grande papel- tudo de importante que saia da internet, ou em outros veículos que trabalham em tempo real, seja replicado nesses como uma espécie de clipping do jornalismo da web.

Essa diferença se fará pelos articulistas e colunistas, e do jornalismo investigativo de cada um, que serão valorizados.

As páginas do futebol se ressentem com a falta de bons analistas, com suas colunas diárias, que formam as opiniões. Se aconteceu uma partida de futebol um dia antes, ou qualquer evento esportivo, certamente o que mais irá interessar no outro dia são as opiniões dos colunistas sobre o que de verdade rolou nos gramados, ou em outros espaços.

Lemos diariamente todos os jornais mais importantes do mundo, em especial do Brasil, e sempre procuramos as diversas colunas, que representam as opiniões de quem entende do ofício. As demais notícias passamos à vista, desde que já sabíamos através da internet ou das redes sociais. Esse é um exemplo pessoal, que é estendido para muitas pessoas.

Tostão, embora não seja jornalista, é o farol guia desse modelo, e hoje é o colunista mais lido e respeitado do setor esportivo brasileiro.

Repetir o que todos sabem não é salutar, mas opinar sobre os fatos, assim como investiga-los, será o futuro da imprensa escrita, que não sobreviverá se não se adequar aos novos tempos. O leitor de um jornal é um ente esclarecido, e deseja saber o que pensa os formadores de opinião.

Por conta disso, temos o sucesso de alguns sites que são divulgados nas mídias sociais, quando analisam e destacam os acontecimentos, e não repetem o dia de ontem.

Não existem dúvidas de que o jornal de papel irá sobreviver, mas para tal existe a necessidade de reciclagem, e sobretudo incrementar os seus colunistas, que serão as suas atrações.

Na verdade os veículos estão numa encruzilhada, ou mudam ou morrem.

Comentários   

0 #1 Colunistas VitalíciosBeto Castro 06-03-2017 10:23
No caso do futebol, a crônica esportiva se tornou vitalícia igual aos centuriões lagartixas e aos dragões de Komodo do Reinado do Navegante que não viaja e seus predecessores procurados pela polícia com o financiamento do Camelódromo Monopolista. Os dinossauros eternos da mídia jurássica só deixam os seus cariris nos últimos paus de araras rodeados de flores. 90% deles são agentes funerários dos velhacos do Teixeirômetro decadente, desde a Arábia Xaudita até a fábrica de novelos dos pampas, passando pelo paraíso dos primos do Coronel. As mesas quadradas na sua maioria são formadas por oitentões e nonagenários que a tenebrosa esqueceu. Tudo a serviço das doze tribos do Monte Sinai, do Edíficio Sem Nome, do Estacionamento de Camelos, de Zé das Placas das Sociedades Secretas que todos sabem, dos Gigolôs do Troca-Troca e dos Lacertílios que depositam os seus ovos nos muros dos equilibristas. Enquanto mais de 100 clubes defuntos e paralíticos ou na UTI agonizam na miséria institucionalizada, os bolas de latas enferrujadas conversam aritica em suas latinhas contaminadas em expedientes duplos de 2 horas por dia. Tem alguns cronistas do Rei de Portugal que já lia e escutava quando tinha 10 anos na infância lá pelos anos cinquenta. São parceiros eternos dos milhares de diretores carcomidos das Federações Espíritas dos fantasmas dos clubes mortos. Só tem uma classe que concorre em vitaliciedade que são os Presidentes e Diretores grudados nos visgos dos Sindicatos e Órgãos que fiscalizam as profissões inexistentes e os lavados a jato golpistas dos cuscuzes côncavo e convexo, das vereanças e das assembleias do eterno retorno dos funcionários fantasmas. Nem o Chico Xavier resolve este problema dos caboclos esfumaçados encarnados do Pai Eterno.
Citar

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar