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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O TIMBU ENGOLIU O LEÃO

* Não sabemos como o Timbu conseguiu engolir o Leão, mas na verdade isso aconteceu no ex-clássico dos clássicos entre Náutico e Sport. Apesar das diferenças esse não engasgou.

Com um público pagante de 4.715 torcedores, o alvirrubro pernambucano de forma justa, por conta do segundo tempo, derrotou o rubro-negro por 2x1.

O mais interessante foi a presença do filho de Tite (que tem sua boquinha no Circo) na Arena, para assistir a atuação de Diego Souza, e pelo que viu certamente irá pedir ao papai a sua desconvocação, pois esse  não jogou nada, passeou o tempo todo pelo belo gramado.

Na primeira etapa o time da Ilha do Retiro poderia ter saído à frente do placar, desde que perdeu duas boas oportunidades e não as concluiu com sucesso.

Por outro lado no segundo tempo, com as substituições de  Milton Cruz, a equipe da Rosa e Silva melhorou, e aproveitou bem as avenidas Durval e Ronaldo Alves, conquistando o placar de 2x1. Quem desejar ganhar do Sport estude o percurso dessa trajeto, e mande bolas pelo alto. Esse é o segredo.  

O atacante dos milhões, André, entrou no segundo tempo e deu o seu primeiro chute a gol, com a bola passando longe da meta do Náutico.  

Embora seja o primeiro time que o técnico do Náutico dirige, esse com a experiência de ter sido assistente de vários bons profissionais mostrou que aprendeu alguma coisa, fato esse que não aconteceu com Daniel Paulista, que foi derrotado na formatação tática, e até hoje não conseguiu organizar a sua equipe. Não ganhou nenhum confronto com os rivais.

Em Salgueiro, o Santa Cruz deu o troco, derrotando o time da casa que tem o nome da cidade, pelo placar de 2x1, enquanto o Central derrotou o Belo Jardim, por 4x1.

Agora a companhia irá descansar por duas semanas, para atender outras competições. 

Quatro clássicos, e o público somado não atingiu 17 mil pagantes. O futebol de Pernambuco é o líder da decadência do segmento no país.

NOTA 2- UM VERDADEIRO CLÁSSICO

* Depois de tantos problemas para a realização do clássico envolvendo o Fluminense e Flamengo, o público de 25.451 pagantes pode ser comemorado, e o jogo ficará na lembrança dos torcedores dos dois times.

O primeiro tempo terminou com a vitória do Fluminense por 3x2, ou seja cinco gols em 48 minutos, que é tudo que as arquibancadas desejavam.

Aos quatro minutos do primeiro tempo, o tricolor Wellington correu com a bola nos pés 74,1 metros, saindo de sua área para a do adversário, marcando o primeiro gol do seu time.

Quatro minutos depois o empate do rubro-negro. E assim foi seguindo com gol de um lado e gol de outro. No final quando tudo caminhava para a vitória do Fluminense, aos 39 minutos do segundo tempo Guerrero empatou, levando a decisão para as penalidades.

O tricolor das Laranjeiras foi mais competente, e venceu o jogo por 4x2, conquistando a Taça Guanabara, que não vale muita coisa, apenas a garantia da semifinal do Campeonato. Um Regulamento mequetrefe.

Com relação as torcidas, tudo correu de forma normal, sendo assim uma vitória das diretorias dos dois clubes, que lutaram para que o encontro tivesse a duas presenças.

O Rio de Janeiro teve um clássico de verdade, e Pernambuco um ex-classico.

 NOTA 3- BRUNO E A SOCIEDADE BRASILEIRA

* A jornalista Mariliz Pereira Jorge, colunista do jornal Folha de São Paulo, publicou no último sábado um artigo sobre o ex-goleiro Bruno, que foi liberado da prisão por conta de uma decisão do Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. O título já diz tudo que essa escreveu: Você torceria por um criminoso?

Na realidade o texto da jornalista está perfeito e mostra uma realidade de nossa sociedade. Todos tem o direito de uma segunda chance, mas quando isso puder acontecer.

Bruno foi condenado por 24 anos de detenção, cumpriu até o momento seis, por conta de um crime cometido contra a mãe de seu filho, cujo cadáver até hoje não apareceu. Uma liberdade muito rápida para tal violência.

Na saída do presídio a primeira declaração deixou bem claro a sua personalidade, de que a prisão não iria trazer de volta Eliza. Uma arrogância sem limite.

O que mais nos chocou foi o de sabermos que alguns clubes desejavam contrata-lo. São entidades inexpressivas no cenário nacional, no desejo de uma promoção.

Vamos e venhamos um atleta com a postura que esse tem, hoje dando uma de bonzinho, em um time de futebol, é rasgar a sua bandeira e humilhar os seus atletas. O mais grotesco são pessoas tirando selfies com esse personagem, como fosse algo importante em nosso mundo.

Somos a favor de uma segunda chance para quem merece, mas nesse caso o ex-goleiro terá que provar que está apto ao convívio social, e para que isso aconteça, deveria cumprir a pena que lhe foi imputada.

A mãe de Elisa, entrou com um recurso, e ontem o primeiro clube, o tradicional Bangu, através do seu presidente declarou que nunca pensou em contratar o atleta, e que isso jamais irá acontecer.

A sociedade brasileira, a família da vitima, e seu filho merecem respeito.

NOTA 4- O BAIXO PÚBLICO DA COPA DO BRASIL

* Um jogo pela Copa da Alemanha entre um time da Terceira Divisão, Sportfreunde Lotten, e o 1860 Munchen, foi realizado no estádio do primeiro com capacidade para 10 mil torcedores, e vendeu os 10 mil ingressos.

Por outro pela Copa da Inglaterra, o Huddersfield, time da Segunda Divisão inglesa recebeu em seu estádio o Manchester City, da Primeira. A capacidade da sua arena é de 24.129 torcedores. Restaram apenas 371 lugares.

Enquanto isso a Copa do Brasil continua sendo esquecida pelo torcedor brasileiro, repetindo o que aconteceu em temporadas anteriores. Mesmo com o inchaço, a segunda maior competição nacional ainda não conseguiu colocar bons públicos nas arquibancadas. A média atual é de 3.607 pagantes.

Segundo o site sr.goool, nenhum jogo dessa atual competição chegou a 20 mil pagantes. A melhor marca foi o encontro entre Moto Clube e São Paulo, com 18.093. O Vila Nova foi eliminado pelo Vasco da Gama diante de 14.698 torcedores.

Nove jogos tiveram público inferior a mil pagantes. O Murici na primeira fase colocou 26 testemunhas no seu jogo contra o Juventude. O encontro entre o São José e Sampaio Corrêa somou nas arquibancadas 88 testemunhas, enquanto Uniclinic e Portuguesa jogaram para 104 pagantes.

E ainda existem pessoas dizendo que o Brasil é o país do futebol. Totalmente errado, o nosso país é o país da corrupção e do cinema.

NOTA 5- A METAMORFOSE DO CORINTHIANS

* Não conhecemos uma viva alma que acreditasse no time do Corinthians. Até o seu torcedor estava abandonando-o. Os públicos caíram a um patamar jamais visto.

O interessante é que todas as análises que liamos ou ouvíamos o dava como a quarta força do estadual paulista.

Embora não tenha um time de craques, o técnico Fabio Carille conseguiu montar um grupo de trabalhadores, uma defesa compacta, e hoje lidera o seu grupo na competição, como também no seu geral.

Assistimos o jogo do último sábado contra o Santos, e o alvinegro de São Paulo dominou a partida, com a equipe santista melhorando apenas no final.

O modelo é pragmático, mas trouxe o torcedor de volta a Itaquera, e teve nesse encontro o seu maior público da temporada com mais de 36 mil pagantes.

Na realidade em sete partidas o time somou 6 vitórias, cinco dessas com o placar de 1x0, inclusive contra o Palmeiras o favorito das mídias, e um placar maior de 3x2 contra o Mirassol.

Foi uma metamorfose, e que mostra os ensinamentos do futebol, quando o Santos que iria disputar com o Palmeiras o título, hoje está ameaçado de não se classificar para a segunda fase da competição, enquanto o Patinho Feio se transformou em um dos cotados para conquistar o campeonato.

São coisas do futebol, e dos analistas que acham que o dinheiro é tudo, quando existem outros pontos que fazem uma equipe forte.

Comentários   

0 #2 Operação Lava BolaBeto Castro 06-03-2017 10:54
Somente uma operação Lava-Bola pode acabar com essa Copa de Distribuição de Pixulecos por Zé das Placas. Esta criação de Zé das Vacas e Eunuco Ciranda Baforada tem como único objetivo aprovar as contas temerárias, agradar os centuriões lagartixas, premiar os rastejantes, desviar arrecadações e enganar os aliens dos sovaqueiras. Tanto aqui quanto nas Bundas Ligas do Baú da Zurica.
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0 #1 Nota 1Andre Angelo 06-03-2017 10:17
Espero que a derrota de ontem do Sport sirva para a diretoria tirar as conclusões necessárias.
1º) Daniel Paulista ainda está "verde" para exercer tamanha responsabilidade como treinador. Ficar como Auxiliar Técnico seria bom para o clube e ótimo para ele. A entrada de André no lugar de Rithely e a permanência de Everton Felipe (irregular como sempre) desmancharam qualquer resquício de esquema tático.
2º) O Sport precisa contratar um meia armador (já sugeri Renato Cajá do Bahia), pois não temos nem mesmo Diego Souza para essa função essencial em um time, vez que hoje joga como um falso 09, pensando mais em receber bolas para finalizar do que em armar jogadas de ataque.
3º) O jogo de ontem mostrou que Mena não é apenas necessário na lateral esquerda (Mansur é ruim e Caio está verde para jogar mesmo na reserva), como também o Sport precisará de um outro lateral para "fazer sombra" para ele. Hoje está muito fácil para ele.
4º) Também mostrou que precisamos de um quarto zagueiro muito bom, pois Durval já não consegue acompanhar as jogadas (nem pensar em colocar Matheus Ferraz de titular e mover Ronaldo Alves para a quarta zaga!). Infelizmente, a idade chegou para o capitão.
5º) Precisamos também de um volante pegador, pois Ronaldo não consegue dar a tranquilidade necessária para Rithelly apoiar o ataque.
6º) Por fim, Everton Felipe, por mais esforçado que seja, ainda não está pronto para ser titular, pois não sabe jogar de costas para os zagueiros e perde muitas bolas fáceis, gerando contra ataques perigosos contra o Sport.
Espero que a diretoria saiba fazer essa leitura não só do jogo de ontem, mas de outros jogos ruins do time em 2016 e 2017, vez que não mudou muita coisa de lá pra cá.
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