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Escrito por José Joaquim

Um final de semana com jogos dos diversos estaduais, com uma boa parte dos times que disputam outra competições jogando com times reservas ou mistos.

É o que chamamos de avacalhação da guerra, graças a um insano Calendário.

Cansamos de ouvir que o Circo Brasileiro de Futebol iria promover modificações no futebol brasileiro, quando a maior dessas sequer é discutida.

Além de jogos atrás de jogos, as lesões estão sendo acentuadas. Alguns ilusionistas e iludidos sonhavam que o Calendário da temporada de 2017 sofreria alterações, o contrário, a Copa do Brasil foi inchada, e os estaduais continuam com suas vaguinhas.

Nada mudou ou irá mudar. Os maiores interessados, os clubes ficam calados, alguns recebem um mimo, e a vida continua. O futebol brasileiro vive ainda na época feudal, quando os suseranos dominam os vassalos, enganando-os com uma gleba para suas plantações.

O que mais estranhamos é a posição dos filiados, que são os mais sacrificados pelo sistema, que por uma fatia de goiabada, que representa as cotas dos direitos de transmissão, assistem a tudo de forma tranquila e alienada, mesmo com a certeza que serão prejudicados. São masoquistas de plantão. Adoram sofrer.

O Circo trabalha com o mesmo modus operandi dos políticos, que sempre barraram a educação para o povo, para que ficasse submisso ao poder.

Uma sociedade com cultura não se submeteria a tudo que acontece em seu entorno, e certamente lutaria para modifica-lo. Quanto menos educação, será maior a dependência e alienação.

Clubes fortalecidos representam um perigo para os cartolas da entidade maior, desde que poderiam se libertar da dependência que tem com esse órgão, quando aprovam tudo que lhes apresentam.

Fomos buscar em nossos arquivos, um trecho de um artigo da economista Elena Landau, lembrando muito bem as mazelas que somos submetidos, por culpa dos cartolas do Circo, coadjuvados pelos das Federações, e no final da cadeia, os clubes, que adoram sofrer, permitindo um calendário irracional, competições mal organizadas, subordinadas a uma grade de televisão, com a pornográfica distribuição de recursos, com dois clubes ganhando muito, alguns de forma mediana, a maioria se contentando com migalhas.

O Circo detém o poder, elege os seus dirigentes, mesmo com as fichas bem sujas, confrontando-se com a legislação em vigor, e os borra-botas sequer contestam. Os torcedores jamais foram ouvidos. 

Os iludidos irão continuar sonhando com mudanças no sistema, que não irá mudar sem uma varredura total.

As suas raízes são profundas, e só uma poderosa escavadeira poderia retira-los, mas não temos ninguém que possa conduzir esse equipamento. A covardia impera no setor.

Temos um amigo que tem uma palavra para definir as pessoas de quem não gosta, quando diz: São uns Debochados¨, o que aliás caberia muito bem aos personagens destruidores do futebol brasileiro.

Comentários   

0 #1 Debrochados ou Eunucos?Beto Castro 12-03-2017 14:20
Não poder levantar o instrumento ou o cortar fora, dá no mesmo. Os sujeitos não funcionam mesmo. Aliás, os inventores deste monstro suicida são especialistas em haréns e eunucos. Pior do que cortar o instrumento é cortar a língua. Aí o decepado nem falar pode. Como medo de perder a boquinha de morar nos palácios dos Califas e o emprego de vigiar as odaliscas, os submetidos às mudanças de sexo só podem mesmo balançar as cabeças como lagartixas do muro da vergonha. Como pode tantos brasileiros se submeterem a tão poucos beduínos do deserto? Gostaria apenas de citar o caso da Paraíba que tem mais de duzentos municípios e que possui cerca de quarenta clubes com potencial de desenvolvimento num crescimento acelerado e que o certame estadual está petrificado com o mesmo número de clubes da década de vinte, época que os "Gamers" posavam para os fotógrafos com o "Keeper" deitado, os beques sentados, os Halfs de joelho e os "Forwards" de pé. Hoje, toda a ilha do Pirata Barba Negra posa de joelhos. Cidades importantes como Patos, Pombal, Monteiro, Guarabira e muitas outras foram excluídas do futebol por conta do cobertor curto que deixa de fora ou a cabeça ou os pés. Esta situação acachapante deixa os mendigos de rua todos em risco social em todos os Estados do país, mesmo no poderoso organizador da matança planejada - São Paulo. Desde o golpe dos mascates em 1986 que os Tuaregs Negros planejam o enxugamento do deserto onde nem água tem mais. Esta nossa bela e fabulosa Copa do Nordeste com mais de 20 anos estagnou, enquanto novos clubes se destacam em suas cidades e Estados. Tudo no estrangeiro evolui, como a Copa do Mundo que já vai para 48 seleções, a Copa do Chaco que já tem 36 - com 83% dos Encharcados e outros certames e torneios. Enquanto que aqui, os matadores em série usam facas, punhais, torniquetes e até envenenamento para assassinar as suas vítimas com requintes de crueldade. Preciso descobrir se esses dirigentes e centuriões lagartixas vieram do Chifre da África onde 20 milhões de esqueletos famintos formam um cemitério gigantesco de mortos vivos enquanto a sociedade humana bate palmas. Enquanto milhares e milhares fogem em botes suicidas da Assadolândia em ruinas, o triunvirato do Sultucanato do técnico Morinho planeja um genocídio em massa de retirantes, favelados e "populações tradicionais perdidas nas mata". Só o Dante Alighieri para descrever o inferno e o purgatório da sua Divina Comédia adaptado para o Paraíso dos Homens Bombas. Parabéns pelo registro de mais um Boletim de Ocorrência aos delegados fantasmas.
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