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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro é surreal. O único do mundo em que as Federações ganham mais nas rendas dos jogos do que a maioria dos clubes, com custos volumosos e em muitos casos pagam para jogar, em especial nos estaduais.

Fizemos um levantamento em oito entidades, e na maioria essas tiveram mais receitas, do que as dos clubes disputantes.

Trata-se de algo que necessita de um amplo debate, posto que as agremiações é que fazem o espetáculo, com seus elencos muitas vezes com altos custos, e quem fica com a maior parte é o agente, no caso as entidades que administram o futebol.

Essas cobram as taxa sobre rendas brutas, enquanto os que atuam no espetáculo recebem das liquidas, ou seja após todos os descontos.

A Federação que tem a menor taxa é a de São Paulo, (5%) a seguir, Baiana (6%), Pernambucana (8%), Mineira (8,5%), Carioca, Paranaense, Gaúcha e Santa Catarina cobram 10%. 

O Campeonato Paulista arrecadou um valor bruto de R$ 22.836.418,20, e a entidade do futebol local ficou com R$ 1.141.720,09, um valor que perde apenas para Palmeiras, Corinthians e do São Paulo, derrotando os outros trezes participantes.

Em Santa Catarina  a  situação se repete, quando de uma arrecadação bruta de R$ 2.372,616,07, a Federação estadual recebeu R$ 237.261,60, perdendo apenas para o Avaí e Chapecoense,  ganhando fácil dos outros 9 clubes, com o Joinville tendo um prejuízo de -R$ 1.375,85.

No Rio Grande do Sul, a sua Federação só ganha de um participante, o Grêmio. Os jogos dos estaduais tiveram uma renda bruta de R$ 6.555.087,50, com a entidade colocando em seu cofre R$ 655.508,75, quantia essa maior do que a renda auferida por um clube do porte do Internacional.

Na Bahia, a receita bruta é de R$ 1.264.404,35, e a sua Federação arrecadou R$ 75.842,58, perdendo apenas para o Fluminense de Feira. Cinco clubes tiveram prejuízos, inclusive os dois maiores, Vitória (-R$ 25.293,02) e Bahia (-R$ 299.625,35).

Em Minas Gerais, a sua entidade  conseguiu superar todos os disputantes do estadual, com seis desses tendo prejuízos, entre os quais o América-MG (-R$ 118.208,09) e Atlético-MG (-R$ 289.932,27). A soma geral do campeonato é de R$ 3.934.167,00, ficando nos seus cofres, R$ 334.204,18.

No estado de Pernambuco, a arrecadação total é de R$ 934.938,00, com a sua entidade levando para o seu caixa R$ 74.795,04, valor maior do que oito clubes disputantes.

Deixamos para o final o estadual Carioca que é um caso a parte, e bem difícil de se entender.

A taxa só é cobrada para os quatro clubes maiores, que juntos somaram uma renda bruta de R$ 3.913.345,00 com a FERJ levando para o seu caixa, R$ 391.345,00, bem maior do que o Flamengo que tem a melhor receita liquida, R$ 266.827,05.

Sete clubes pagaram para jogar, entre esses três dos maiores. Fluminense (-R$ 162.548,64), Vasco (-R$ 254.277,65) e Botafogo (-R$ 805.482,54).

São detalhes importantes que mostram de forma clara que existe uma inversão de valores no futebol de nosso país.

O mais grave é que não lemos ou ouvimos algo sobre o tema, nenhuma queixa dos clubes, como o tudo que está acontecendo fosse normal, dando a certeza de que todos estão felizes com isso. Na realidade temos um grupo de masoquistas de plantão.

O sistema tem que mudar, e se isso não acontecer vamos fica brincando de fazer futebol, com o modelo de que ELAS GANHAM, E ELES PERDEM.

Só mesmo no Brasil, um país que de tudo tem um pouco.

Comentários   

0 #3 RE: ELES JOGAM, ELAS GANHAMCELIO LEITE 23-03-2017 19:57
JJ: A pura realidade. As Federações com os Campeonatos Nacionais sumiram e querem viver de estaduais amorfos e sem o menor conteúdo. O amigo conhece bem do assunto e nos dá os ensinamentos.
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0 #2 RE: ELES JOGAM, ELAS GANHAMANTONIO CORREIA 23-03-2017 13:56
JJ; Mais um artigo para ser discutido. O amigo tem razão, o sistema que está enraizado no futebol é antiquado. Federação estadual é algo do passado. Qual a sua função? Cobrar taxas e emolumentos, e fazer um estadual que está morrendo ano a ano. Falta ao nosso futebol um debate sobre temas como esse.
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0 #1 Psicose RevanchistaBeto Castro 23-03-2017 13:28
Esta propaganda enganosa contra as cláusulas pétreas republicanas da Constituição Federal é, além de distorcida e mentirosa, um viés de manipulação vergonhoso para atingir fins escusos e tenebrosos. Mesmo com todos os males causados pelo atrelamento da entidades estaduais às múltiplas gangues associadas ao Camelódromo Monopolista e aos doze clubes bandidos, as Federações ainda são que salvam os mortos vivos sovaqueiras do curral dos jegues com viseira. Em nenhum momento, o defensor intransigente do atual modelo de exclusão e massacre dos clubes e federações do país citou que clubes como Flamengo e os outros onze aceitam essas injunções porque o urubu receberá a partir de abril o pequeno mimo de apenas R$ 170 milhões dos chefes das gangues, que equivalem a 434 anos dos R$ 391 mil que a Federação recebeu este ano para fazer a administração completa do futebol carioca, ou seja, pagar funcionários e técnicos, manter o edifício sede, organizar as arbitragens, a justiça esportiva, fiscalizar os estádios e mediar os conflitos entre os clubes, entre outras tarefas. Também, omite sorrateiramente, que as Federações são entidades patronais que conseguem outros tantos milhões das redes de televisão para distribuir com os seus filiados e proteger os médios e pequenos clubes da sanha gananciosa da gangue dos clubes ladrões. Até por serem parte da organização federativa nacional que congrega o pacto federativo e um mínimo de ordem institucional, o que o futebol brasileiro precisa é de um verdadeiro choque republicano e do fortalecimento dessas entidades para que estas possam enfrentar as múltiplas quadrilhas que aparelharam o futebol para se locupletar de seus recursos e dos frutos do seu desenvolvimento. Todos os setores econômicos do país tem as suas federações e confederações como sólida estrutura corporativa, com departamentos de vital importância para a sobrevivência de seus filiados. Esta psicose de vingança contra os seus antigos patrões por décadas não se coaduna com um técnico de sua envergadura e conhecimentos. Fui perseguido durante 30 anos por estas sucursais das múltiplas gangues do Monstro Nabuteixomarinero do estacionamento de camelos por denunciar os seus erros e equívocos, mas um problema de desentendimento pessoal não justifica destruir a organização político-administrativa da Nação. A decadência do futebol não tem qualquer relação com as taxas arrecadadas pelas suas administradoras, cuja culpa fundamental é a redução de 200% (2/3) do potencial econômico do Brasil em relação ao continente na sua organização de certames como forma desonesta de manutenção da hegemonia forçada de apenas 12 tribos árabes do bico do funil. Permita-me fazer o bom debate de contraponto de tantas heresias contra a Pátria dominada no momento por golpistas torturadores e protetores de marginais através da deduração premiada hipócrita e da falsa moral que levará o país à falência e o seu povo a uma guerra fratricida. No futebol, esta guerra unilateral dos mascates já foi declarada há 30 anos na reunião dos turcos racistas da Revista Placar desde 1986 e de mais três cidades contra 80% dos brasileiros.
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