A demissão de Daniel Paulista é o maior exemplo da falta de planejamento de um clube. Se os dirigentes do Sport tivessem o conhecimento dessa palavra simples, o fato não teria acontecido, desde que o técnico não assumiria em definitivo o futebol profissional.
Já escrevemos muitos artigos sobre o tema, que daria para a edição de um livro, e todos versando sobre a implantação de um modelo sustentável para que os clubes possam atingir um novo patamar.
Infelizmente essa é uma palavra pornográfica para a maioria dos dirigentes de nosso futebol. Os problemas dessas entidades sócios-esportivas já perdura há anos, e para que haja uma modificação torna-se necessário uma vasta e ampla mudança cultural que também é fundamental em termos de administração do futebol.
Criou-se uma cultura de que não é preciso planejar para se obter bons resultados. Um grande pecado, visto que os clubes que não entenderem a necessidade de uma reformulação e, sobretudo, profissionalização de suas administrações para que obtenham resultados positivos ao longo do tempo, terão como resposta a decadência ou o fim.
O clube é uma empresa com acionistas (sócios), e deve ser gerenciado como tal, com razão, lógica, e sem emoção.
Uma administração planejada prepara o futuro, e no caso do futebol, dará condições de sobrepujar os tropeços ocasionados pelas pedras do caninho.
Os associados tem que voltar a ser os seus donos. O acesso teria que ser exclusivo para esses, a oferta de serviços deveriam ser estendidas.
As sedes de nossos clubes são elefantes brancos e ociosas, e com uma visão de abandono. O maior exemplo vem do Sport Club do Recife, onde o cupim vem destruindo o que resta do seu patrimônio.
Se houvesse um pouco de criatividade, poderiam ser transformadas em receptivos de eventos.
Quantas casas de eventos infantis que são alugadas pelos sócios do clube em nossa cidade? Por que não utilizar os espaços físicos para que os associados façam as suas festas, nos diversos segmentos? Por que não utilizar os salões para convenções, desde que nossa cidade é carente em tais ofertas?
Para isso demandariam reformas, mas fazem parte do contexto geral para a reformulação das agremiações.
Será que os nossos dirigentes já ouviram falar no ¨Match Day¨, quando os sócios ocupam os clubes antes dos jogos, numa verdadeira festa esportiva, que começa pela manhã e só termina no pós jogo?
Na verdade temos uma estrutura física capaz de mudar a vida das agremiações de nossa cidade, mas não a utilizamos devidamente, e preferimos vê-las entregues ao abandono.
São caminhos simples, que depende apenas da competência de quem dirige, e é nisso que mora o maior problema.
Os dirigentes tem que se despojar das vaidades, e que vejam o clube não como de interesse pessoal, e sim como de uma grande coletividade que são os seus sócios e simpatizantes, antes que desapareçam.
Ontem à noite ouvi por uma rádio local uma entrevista com um importante prócer do Botafogo de João Pessoa. Perguntado sobre as novas mudanças na Copa do Nordeste, o mesmo respondeu que a eliminação de um clube da Paraíba e de mais cinco Estados oprimidos pela Bahia e o Ceará foi uma das maiores conquistas do futebol das espeluncas. E arrematou que futebol é negócio e como tal deve ser tratado. Com a sua fraca memória e raciocínio, o sacripanta esqueceu de dizer para quem esse negócio seria bom. Se para os comediantes do Camelódromo Monopolista, para os turcos das doze tribos do Capeta, para os salários dos centuriões lagartixas, para os traficantes de atletas, para os ladrões das placas ou para os procurados pela polícia do Edifício sem Nome. Ou quem sabe seria um grande negócio para os clubes baianos e cearenses de suas capitais em detrimento dos clubes do interior destes estados? Disse que estava presente no conluio da Esporte Interativo com o navegante Barbara Negra que não navega e que juntamente com o novo cineasta da Hollywood Miserável concordaram com tudo, ou seja, que dos quatro grandes clubes do Estado, apenas um por ano tenha o direito de esmagar os outros três e suas respectivas cidades e torcedores. E se rejubilou com uma tal copinha, como chama as partidas eliminatórias entre os mortos vivos caminhantes (walking deads) com os terceiros colocados dos Estados Opressores. Esse novo velhaco me lembrou os torneios suicidas que Zé das Vacas planejou para eliminar 3 clubes da Paraíba da antiga série B com 48 clubes em 1993. Naquela ocasião os bovinos entraram nas baias do matadouro todos ferrados com marca RTT e cabisbaixos para o abate das rezes com o cutelada no cupim pela proprietária do latifúndio. Já iniciei uma campanha sistemática para que os torcedores da Paraíba com o nome "Tirem esses clubes repugnantes da Bahia e do Ceará de nossos lares" e em seguida todos cospem na cara dos bandidos interativos e desligam os televisores. Lógico, sem antes desejarem ardentemente uma bala perdida no toutiço dos ladrões safados ou um atropelamento por uma jamanta lotada com traidores venais, Calabares de Porto Calvo, Judas Escarescroques, vendilhões do templo e mongoloides encriquilhados com microcefalia e paralisia lateral amiotrófica do último grau. Esses são os dirigentes de clubes e federações, com raríssimas exceções. Não sei como Lúcifer vai fazer para hospedar tantos genocidas nas caldeiras do seu inferno. O Califa Alucinado "O Presidente certo da pocilga na hora certa". Argh!
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