O jogo de futebol em sí é um bom produto. Mas hoje no Brasil passa por uma fase seca em seus procedimentos, prejudicando a sua transformação.
O maior problema desse esporte são os responsáveis por dirigi-lo, que não atentam para o momento grave que já perdura há um bom tempo, e continuam no processo de uma alienação total.
Cerca de 90 clubes deixaram de existir, ou disputar competições profissionais nos últimos cinco anos. O calendário nacional é excludente, contemplando cerca de 13 mil atletas sem emprego na maior parte do ano.
Uma massificação concentrada em poucos clubes está motivando a perda da identidade esportiva em muitos estados. Apenas 5 entre os 27 da Federação Brasileira, ainda resistem a influência de clubes de outros locais.
Rio Grande do Sul, com 97,2% de torcedores locais, contra 2,8% de fora, é o estado mais resistente, seguido pelo Rio de Janeiro (relação de 96,0/4,0%), São Paulo (relação 94,8%/5,2%), Minas Gerais (63,4%/36,6%) e Pernambuco com 60,4% contra 39,6%. que torcem por clubes de fora. No caso de nosso estado, essa relação já foi mais distante, e que cada dia vai sendo reduzida.
As demais praças tem uma situação inversa, inclusive algumas com números acachapantes, de 8,1% para os locais, contra 91,9% daqueles de outras regiões, sendo que a maioria é do Sudeste.
Tais números que fazem parte da última pesquisa do setor, mostram claramente uma concentração de poucos clubes na demanda nacional, que é motivada pela exploração de uma maioria, em detrimento da minoria, e por conta disso as suas dificuldades.
Um ponto muito importante é o da regionalização, mas só poderá acontecer com a mudança do sistema.
Há muito tempo que a decadência tomou conta de muitos times brasileiros, o Circo não acorda para os fatos, continuando com o seu sistema de tudo pela seleção.
O Guarani é um exemplo. Campeão Brasileiro de 1978, participando por muitos anos da maior divisão nacional. com uma boa demanda, uma estrutura que já foi referência, e que aos poucos foi sendo tragado pelo sistema maléfico da concentração de renda, apoiado por gestões desastrosas que o empurraram para o fundo do poço.
O time disputa a Série C Nacional, e vive em eterna dificuldade, tendo perdido em um leilão o seu estádio Brinco de Ouro.
O time campineiro é o maior exemplo do descaso dos cartolas. Parou no tempo, endividou-se sem que tivesse uma regulamentação para coibir tais coisas, e vai vivendo um dia atrás do outro sem nenhum alento de melhora.
A Portuguesa é outra referencia de péssimas gestões, que a levaram para a UTI, sem chances de sair.
Para melhorar o sistema, depende dos torcedores, dos sócios e para que isso possa acontecer o atual tem que ser derrubado.
Precisamos de profissionais sérios nesse esporte, e que pensem no coletivo e não no individual, na defesa de seus interesses e muitas vezes dos seus bolsos.
Comentários
0#6RE: O FUTEBOL É UM PRODUTO BOM, MAS MAL DIRIGIDO —
blogdejj29-03-2017 12:21
Prezado André: Um comentário lúcido, e que retratou a realidade, analisando bem o que escrevemos.
0#5RE: O FUTEBOL É UM PRODUTO BOM, MAS MAL DIRIGIDO —
blogdejj29-03-2017 12:18
Citando guilardo:
...um bom produto, mas mal dirigido -Caro amigo. Será que esses dirigentes do nosso futebol não param para pensar, um minuto que seja ? Acho que não. Vamos examinar um exemplo daqui, que bem se compara à essência do seu artigo. Falo do Santa Cruz, do seu passado, das oportunidades que deixou passar na sua época áurea e do presente, falido e insolvente. Falido porque, as suas receitas na última década não foram suficientes para pagar os custos com o clube, mensalmente. Insolvente, face que o seu patrimônio imobiliário (único que tem) não será viável para adimplir todas as suas dívidas, com fornecedores, trabalhistas e fiscais. Pior ainda, é que à medida que o tempo passa o passivo aumenta, diametralmente oposto à valorização do patrimônio.Quem de sã consciência iria comprar um estádio do tamanho do Arruda ? Logicamente só aproveitaria o terreno, que lá naquelas bandas ainda não vale muita coisa. Daí entender-se, que o estádio até o presente não foi arrematado em decorrência de penhoras, porque o custo para a demolição e depois para a venda, não compensaria com produto arrecadado para pagar as dívidas. É matemática. Em contrapartida, o que fizeram até hoje os seus dirigentes, passados e atuais ? Nada. Sequer se preocupam em convocar o Conselho, sócios, torcida e ex presidentes, para a formação de uma grande reunião de salvação, onde poderiam ser tomadas as decisões a médio e longo prazo, na tentativa de salvar o Santa. Caro amigo, tricolor antigo que sou estou profundamente preocupado com o nosso futuro, pois o clube caminha a passos largos para alcançar a estrada dos proscritos, a exemplo do Guarany e da Lusa, cujo destino simplesmente obrigará a desaparecerem, como num passe de mágica. Peço ao você JJ, que dedique a sua sabedoria na feitura de uma crônica sobre o assunto, para ver se essa diretoria atual se sensibiliza, deixando de cultivar mentiras e parta para resolver o grave problema.
Citando guilardo:
...um bom produto, mas mal dirigido -Caro amigo. Será que esses dirigentes do nosso futebol não param para pensar, um minuto que seja ? Acho que não. Vamos examinar um exemplo daqui, que bem se compara à essência do seu artigo. Falo do Santa Cruz, do seu passado, das oportunidades que deixou passar na sua época áurea e do presente, falido e insolvente. Falido porque, as suas receitas na última década não foram suficientes para pagar os custos com o clube, mensalmente. Insolvente, face que o seu patrimônio imobiliário (único que tem) não será viável para adimplir todas as suas dívidas, com fornecedores, trabalhistas e fiscais. Pior ainda, é que à medida que o tempo passa o passivo aumenta, diametralmente oposto à valorização do patrimônio.Quem de sã consciência iria comprar um estádio do tamanho do Arruda ? Logicamente só aproveitaria o terreno, que lá naquelas bandas ainda não vale muita coisa. Daí entender-se, que o estádio até o presente não foi arrematado em decorrência de penhoras, porque o custo para a demolição e depois para a venda, não compensaria com produto arrecadado para pagar as dívidas. É matemática. Em contrapartida, o que fizeram até hoje os seus dirigentes, passados e atuais ? Nada. Sequer se preocupam em convocar o Conselho, sócios, torcida e ex presidentes, para a formação de uma grande reunião de salvação, onde poderiam ser tomadas as decisões a médio e longo prazo, na tentativa de salvar o Santa. Caro amigo, tricolor antigo que sou estou profundamente preocupado com o nosso futuro, pois o clube caminha a passos largos para alcançar a estrada dos proscritos, a exemplo do Guarany e da Lusa, cujo destino simplesmente obrigará a desaparecerem, como num passe de mágica. Peço ao você JJ, que dedique a sua sabedoria na feitura de uma crônica sobre o assunto, para ver se essa diretoria atual se sensibiliza, deixando de cultivar mentiras e parta para resolver o grave problema.
Prezado Guilardo: O amigo tem inteira razão com relação a sua preocupação com o Santa Cruz. Na verdade o clube vem perdendo a sua demanda, o dirigentes não observaram no decorrer dos anos, e a situação ficando a cada dia insolúvel. O problema não está restrito ao Santa Cruz, como também ao Náutico, que tem a mesma situação.
0#4Parabéns ao André Ângelo —
Beto Castro29-03-2017 12:13
Gostaria de parabenizar o André Ângelo pelo excelente comentário que expões de modo categórico as vísceras apodrecidas do Monstro Naboteixomarinero com as suas dozes ventosas de sugar defuntos e corromper os centuriões lagartixas.
0#3RE: O FUTEBOL É UM PRODUTO BOM, MAS MAL DIRIGIDO —
guilardo29-03-2017 11:56
...um bom produto, mas mal dirigido -Caro amigo. Será que esses dirigentes do nosso futebol não param para pensar, um minuto que seja ? Acho que não. Vamos examinar um exemplo daqui, que bem se compara à essência do seu artigo. Falo do Santa Cruz, do seu passado, das oportunidades que deixou passar na sua época áurea e do presente, falido e insolvente. Falido porque, as suas receitas na última década não foram suficientes para pagar os custos com o clube, mensalmente. Insolvente, face que o seu patrimônio imobiliário (único que tem) não será viável para adimplir todas as suas dívidas, com fornecedores, trabalhistas e fiscais. Pior ainda, é que à medida que o tempo passa o passivo aumenta, diametralmente oposto à valorização do patrimônio.Quem de sã consciência iria comprar um estádio do tamanho do Arruda ? Logicamente só aproveitaria o terreno, que lá naquelas bandas ainda não vale muita coisa. Daí entender-se, que o estádio até o presente não foi arrematado em decorrência de penhoras, porque o custo para a demolição e depois para a venda, não compensaria com produto arrecadado para pagar as dívidas. É matemática. Em contrapartida, o que fizeram até hoje os seus dirigentes, passados e atuais ? Nada. Sequer se preocupam em convocar o Conselho, sócios, torcida e ex presidentes, para a formação de uma grande reunião de salvação, onde poderiam ser tomadas as decisões a médio e longo prazo, na tentativa de salvar o Santa. Caro amigo, tricolor antigo que sou estou profundamente preocupado com o nosso futuro, pois o clube caminha a passos largos para alcançar a estrada dos proscritos, a exemplo do Guarany e da Lusa, cujo destino simplesmente obrigará a desaparecerem, como num passe de mágica. Peço ao você JJ, que dedique a sua sabedoria na feitura de uma crônica sobre o assunto, para ver se essa diretoria atual se sensibiliza, deixando de cultivar mentiras e parta para resolver o grave problema.
0#2Clubecídio e Torcedorescídio —
Beto Castro29-03-2017 11:18
Dois velhos defuntos sírios são responsáveis pela morte planejada de seus próprios clubes - Guarani e Bragantino. Os principais dirigentes do Bugre decepado e do Calabresa de Bragança começaram toda essa desgraça que vem destruindo o futebol brasileiro. Foram eles que começaram o assassinato em massa dos clubes de São Paulo e de todo o Brasil, quando fomentaram a União Árabe Unida na Revista Placar para criar a Associação dos Matadores de Excluídos e Mendigos de Rua do Crescente Minguante, também conhecida como Amém. Em defesa dos clubes do Nordeste sob a liderança do grande batalhador pelos clubes de Pernambuco e da região, o saudoso Carlos Alberto de Oliveira, toda a comunidade nordestina se uniu para criar o modelo de sucesso de uma competição regional inclusiva da maioria dos clubes de todos estados regionais. O ranço elitista dilapidador dos baianos contra os nordestinos teve que ser arquivado temporariamente, pois já no início dos anos noventa, os aliados dos opressores do Rio e São Paulo já queriam impor a eliminação dos clubes da Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. Aí pergunto: Como se pode organizar um campeonato do Nordeste que discrimina os clubes da maioria de seus próprios estados? Foi preciso muita luta das Federações excluídas para que aqueles estados conseguissem apenas duas vagas. Com o modelo de atrelamento da Copa do Nordeste aos certames estaduais, o quadro piorou para os elitistas com a entrada de clubes do interior abandonados a própria sorte como ASA, Itabaiana, Salgueiro, Icasa, Guarani, Juazeirense, Coruripe e mais recentemente, Globo, Vitória da Conquista, Uniclinic, Altos e outros. Esses clubes cresceram como consequência do desenvolvimento econômico natural de suas cidades e populações no âmbito do progresso capitalista. Com a entrada dos recursos da TV a partir de 1998 e a excelente média de arrecadações, a mesma catástrofe do fatídico Clube dos árabes das doze tribos engessou o grande torneio por longos 23 anos com 7 anos de recesso na justiça pelo direito democrático dos clubes nordestinos de viverem com um mínimo de dignidade. Durante a gestão dos três patetas perseguidos pela polícia, o massacre da maioria dos clubes brasileiros foi quase total. O futebol nacional foi organizado para a asfixia financeira da maioria dos clubes dos 27 Estados e a invasão midiática da dona intrujona do nosso futebol. A lavagem cerebral para que todos brasileiros torcessem compulsoriamente pelos clubes golpistas foi imposta goela abaixo pelas múltiplas quadrilhas antidemocráticas. Comprados com o dinheiro sujo dos turcos ladrões, os centuriões lagartixas permaneceriam em cima de seus muros destruindo os seus próprios clubes. Toda a legislação esportiva brasileira foi aparelhada pelas gangues para a destruição completa dos clubes estaduais e regionais e de seus torcedores. Para isto, as diversas gangues já desmascaradas pelo departamento de justiça americano e pelo FBI com indiciamentos e extradição de dezenas e dezenas de criminosos em todos os continentes, a sanha assassina continua e esta semana, as quadrilhas disfarçadas se reuniram no Estado falido para excluir e destruir a maioria dos clubes de seis Estados da Copa do Nordeste, além de discriminarem a população de torcedores que representam cerca de 23 milhões de habitantes da região. Ou seja, seis gatos pingados da Bahia e do Ceará que juntos tem menos de metade da população do Nordeste, se associam num conluio para massacrar os seus Estados parceiros federativos. Mesmo, com o protesto vigoroso de Pernambuco, como fiel da balança, mas que não deseja a morte planejada de seus próprios clubes em franco progresso. A violência institucional perpetrada por um grupo minoritário de clubicidas contou ainda com as velas das carpideiras dos próprios seis Estados violentados. Muitos clubes de todos estados ficam todos os anos de fora da grande festa do nosso futebol regional, mas mesmo assim, os matadores de mendigos desejam mais sangue de suas vítimas. Com os seus instintos suicidas, dirigentes dos próprios clubes e jornalistas que lutaram pela libertação fizeram rasgados elogios ao massacre. Clubes de 18 Estados não devem ter direito de viver, este é o raciocínio dos golpistas em tempos de Golpe de Estado. Nem um membro da imprensa tartamuda fez qualquer comentário em defesa dos excluídos. Clubes, dirigentes sacrificados, torcedores, atletas, treinadores, trabalhadores, aposentados, flagelados do campo e toda a população brasileira devem ser trucidados e varridos pela gangue síria que já saiu do futebol para invadir o poder constituído no Palácio do Planalto. Os apátridas e amorais sem ética e sentido de compaixão querem uma guerra civil como fizeram nos seus países de origem da primavera árabe, jogando brasileiros contra brasileiros. Reage Brasil!
0#1Nacionalização do futebol —
Andre Angelo29-03-2017 10:00
Esse grave problema da perda de identidade cultural tem como responsável a emissora "dona" do futebol brasileiro. À exceção de estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco e Ceará, os demais estados da federação são obrigados a assistir jogos do Campeonato Carioca ou do Campeonato Paulista. O mesmo se dá durante as Séries A e B, quando só são transmitidos jogos dos times de Rio e São Paulo contra "o resto". Lembro que, há 3 ou 4 anos atrás, o Cruzeiro estava prestes a ser campeão brasileiro e enfrentaria o Vitória no "Barradão" em Salvador, numa quarta-feira à noite. Se vencesse, confirmaria o título (como de fato venceu). Mas a emissora co-responsável pela degradação da sociedade brasileira preferiu transmitir um jogo do Flamengo (pra variar), o qual não aspirava sequer a uma vaga na Libertadores. Ora, a partir do momento em que só passa jogos de times cariocas (geralmente o Flamengo) e de times paulistas (geralmente o Corinthians), a emissora cria uma geração de torcedores alienados (como também faz na política, através dos seus telejornais). Esses torcedores deixam de torcer para times como CSA, CRB, Botafogo, Treze, Campinense, América-RN, ABC, Ferroviário-CE, Paissandú, Remo, Sergipe, Confiança, River, Moto Clube, Sampaio Correia, Guarani, Portuguesa, Juventus, etc; enfim, clubes que já tiveram muita tradição e torcedores. Consequentemente, o país perde a rivalidade regional e os empresários deixam de investir no clube de seu estado, pois sabem que dificilmente terão retorno financeiro, uma vez que o torcedor local não irá prestar atenção ao seu produto. Do mesmo modo, também cria um "abismo" financeiro entre os clubes, quando distribui cotas injustíssimas de direitos de transmissão, gerando um "apartheid" no futebol. É só ver os valores que pagam ao trio de ferro pernambucano e os valores pagos aos clubes pequenos do Rio de Janeiro, para transmitir os respectivos estaduais. Ao lado disso, há o fato de que a referida emissora apoia incondicionalmente as federações e confederações sabidamente corruptas, quando dispõe de milhares de jornalistas que poderiam estar investigando e denunciando as falcatruas nessas entidades, a fim de expurgar os maus dirigentes e permitir que os profissionais assumam a direção do futebol brasileiro. Mas não! Prefere deixar tudo como está (se afundando), pois o seus intere$$e$ estarão garantidos assim. No final, o feitiço está voltando para o feiticeiro, pois a influência das ligas europeias está "roubando" o torcedor dos times brasileiros, cujas crianças se identificam mais com os times europeus do que com os clubes locais. E a referida emissora não detém o direito de exclusividade naqueles campeonatos e, mesmo quando tem o direito de transmissão, tampouco pode mexer no horário dos jogos para adequar à sua grade de programação. Ela só manda aqui (infelizmente para os brasileiros), onde "o rabo abana o cachorro". Plim-Plim.
Comentários
Um comentário lúcido, e que retratou a realidade, analisando bem o que escrevemos.
Citando guilardo:
Prezado Guilardo:
O amigo tem inteira razão com relação a sua preocupação com o Santa Cruz. Na verdade o clube vem perdendo a sua demanda, o dirigentes não observaram no decorrer dos anos, e a situação ficando a cada dia insolúvel. O problema não está restrito ao Santa Cruz, como também ao Náutico, que tem a mesma situação.
À exceção de estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco e Ceará, os demais estados da federação são obrigados a assistir jogos do Campeonato Carioca ou do Campeonato Paulista.
O mesmo se dá durante as Séries A e B, quando só são transmitidos jogos dos times de Rio e São Paulo contra "o resto".
Lembro que, há 3 ou 4 anos atrás, o Cruzeiro estava prestes a ser campeão brasileiro e enfrentaria o Vitória no "Barradão" em Salvador, numa quarta-feira à noite. Se vencesse, confirmaria o título (como de fato venceu).
Mas a emissora co-responsável pela degradação da sociedade brasileira preferiu transmitir um jogo do Flamengo (pra variar), o qual não aspirava sequer a uma vaga na Libertadores.
Ora, a partir do momento em que só passa jogos de times cariocas (geralmente o Flamengo) e de times paulistas (geralmente o Corinthians), a emissora cria uma geração de torcedores alienados (como também faz na política, através dos seus telejornais).
Esses torcedores deixam de torcer para times como CSA, CRB, Botafogo, Treze, Campinense, América-RN, ABC, Ferroviário-CE, Paissandú, Remo, Sergipe, Confiança, River, Moto Clube, Sampaio Correia, Guarani, Portuguesa, Juventus, etc; enfim, clubes que já tiveram muita tradição e torcedores.
Consequentemente, o país perde a rivalidade regional e os empresários deixam de investir no clube de seu estado, pois sabem que dificilmente terão retorno financeiro, uma vez que o torcedor local não irá prestar atenção ao seu produto.
Do mesmo modo, também cria um "abismo" financeiro entre os clubes, quando distribui cotas injustíssimas de direitos de transmissão, gerando um "apartheid" no futebol. É só ver os valores que pagam ao trio de ferro pernambucano e os valores pagos aos clubes pequenos do Rio de Janeiro, para transmitir os respectivos estaduais.
Ao lado disso, há o fato de que a referida emissora apoia incondicionalmente as federações e confederações sabidamente corruptas, quando dispõe de milhares de jornalistas que poderiam estar investigando e denunciando as falcatruas nessas entidades, a fim de expurgar os maus dirigentes e permitir que os profissionais assumam a direção do futebol brasileiro.
Mas não! Prefere deixar tudo como está (se afundando), pois o seus intere$$e$ estarão garantidos assim.
No final, o feitiço está voltando para o feiticeiro, pois a influência das ligas europeias está "roubando" o torcedor dos times brasileiros, cujas crianças se identificam mais com os times europeus do que com os clubes locais. E a referida emissora não detém o direito de exclusividade naqueles campeonatos e, mesmo quando tem o direito de transmissão, tampouco pode mexer no horário dos jogos para adequar à sua grade de programação. Ela só manda aqui (infelizmente para os brasileiros), onde "o rabo abana o cachorro". Plim-Plim.
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