O Instituto Paraná, divulgou no final do mês de março, uma pesquisa que foi realizada em São Paulo sobre torcedores que torciam por times estrangeiros, e o Barcelona aparece com 27,6% das preferências.
Tal fato não é nenhuma novidade, desde que as ruas mostram isso de forma clara, e só os cartolas do futebol brasileiro não conseguiram entender. Na verdade pouco fizeram para trazer os mais jovens aos estádios, sem um projeto de ocupação para lota-los.
O ¨Hábito Faz o Monge¨, é um antigo ditado bem conhecido no Brasil, e nada melhor do que esse para analisar o risco que corre o futebol por não incentivar uma nova geração a frequentar os campos de jogos.
O esporte está perdendo uma geração de jovens que iria formatar e garantir o seu futuro. São torcedores que por conta da insegurança, da falta de qualidade, e com ingressos muitas vezes abusivos estão deixando os estádios em busca de outros atrativos.
Um exemplo aconteceu no último sábado no Maracanã, quando 71 torcedores vascaínos, da organizada Força Jovem, foram detidos por provocarem uma briga na porta do estádio contra flamenguistas.
O hábito de ir a um jogo e torcer por um time local começa na infância, e vai amadurecendo no decorrer do tempo, e sempre foi retratado em épocas anteriores quando esse esporte era uma reunião de famílias.
Hoje um pai para levar um filho ao estádio pensa duas vezes. Irá transporta-lo para tudo de ruim que possa existir, desde a chegada ao jogo até a volta para casa, quando passam por caminhos tortuosos. Ir a um jogo não dá mais prazer e sim estresse ao consumidor por conta de atendimentos que ocorrem antes, durante e após a sua realização.
Um outro ditado bem conhecido diz que ¨A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA¨, e isso sendo transportado para o nosso momento, se encaixa na sua realidade.
Quando um jovem torcedor que gosta do futebol faz opção por um clube de um outro estado, ou de outro país, é o reflexo do distanciamento de seu habitat, desde que acompanhando de longe não corre o risco do sofrimento que é o de frequentar um estádio.
Um outro ponto importante para a ausência de jovens nos campos de futebol é por conta do sistema implantado com os preços dos ingressos, que impedem a presença de uma família completa, entre os seus componentes os mais jovens, que são o futuro da demanda.
Sempre analisamos as pesquisas feitas no setor, e não existe uma única duvida que o futebol brasileiro estagnou no tocante aos públicos nos estádios, onde os seus vazios são normais, e entre os ausentes estão aqueles de uma nova geração, que estão procurando outros rumos.
Sem a solidificação de uma demanda da geração mais nova, o futuro do futebol continuará sombrio, desde que os ingressos de novos torcedores estão sendo menores do que a saída dos mais antigos.
São fatos como esses que deveriam ser analisados pelos que fazem esse esporte no Brasil, que insistem em algo que está errado, se dizimando, e todos fingindo que não estão entendendo.
Comentários
0#6O Belo e a Escola —
Beto Castro10-04-2017 16:30
Desesperados pelo contínuo desaparecimento de seus torcedores numa Capital com mais de 1 milhão de habitantes na sua área metropolitana, os dirigentes do Botafogo-PB que reina quase soberano nesta grande cidade, estão enviando alguns atletas relevantes para as escolas municipais e estaduais no sentido de promover o clube. Os pequeninos alunos ficam assustados com aqueles desconhecidos que nunca viram na vida fazendo propaganda do que não existe. Isto mesmo, o futebol da Paraíba e de quase todos os Estados foram varridos do mundo dos vivos, após 30 anos de ditadura fascista dos quatro milionários procurados pela polícia e seus 27 centuriões lagartixas da inércia. De que isto adianta se os próprios dirigentes do clubes viajam para o Rio com o voador da FPF-PB e decidem eliminar os clubes paraibanos da única competição que ainda deixava alguns poucos recursos para o clube que é a Copa do Nordeste de apenas 3 meses. Nada que não seja o polpudo salário da lagartixa gorda e a esmola de custo que recebe das quadrilhas do Camelódromo Monopolista tem qualquer importância. 95% de todos os recursos do futebol vão parar nas mãos dos turcos das doze tribos (R$ 1,8 bilhão) e outros R$ 2 bilhões ou mais para os donos ilícitos das competições. Pode mostrar dia e noite o caminho das pedras de onde poderão vir R$ bilhões e bilhões que ninguém mexe uma palha, pois só pensam em seus pequenos mundos de lacertílios botando ovos em cima dos muros. O sistema funciona em ritmo de irmandade mafiosa onde os poderosos chefões fabricantes de marginais das torcidas organizadas mandam e os microcefálicos da periferia balançam as cabeças. Qualquer ameaça aos intrujões de mercadorias roubadas, entra em cena o bando da cambada da bola dos cuscuzes invertidos. A cura para um câncer em metástase avançada de um moribundo terminal ainda não foi descoberta. Os médicos deste nosocômio de lobotomia dos hemisférios separados só receitam camisas de força e engessamento dos esquizofrênicos com epilepsia. O diretor chefe do hospício pensa que é um navegante veneziano e descendente do imperador de Roma que tocou fogo no império. Antes dele tinha um meliante pixulequento que roubava medalhas, um famoso Ali Babá e os seus quarenta ladrões e um Califa Decepado que agasalhava linguiça calabresa de porco. Tudo controlado pelo Castelo dos irmãos dráculas Bem Amigos! Coitados dos torcedores brasileiros.
0#5RE: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA —
CARLOS ALFREDO10-04-2017 15:41
JJ: Felizmente temos esse blog para nos ensinar muitas coisas sobre o futebol. Com a sua independência, sem influências estranhas você dá o recado que todos gostariam de ler.
0#4RE: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA —
blogdejj10-04-2017 15:37
Amigo Guilardo: Não temos nada a acrescentar ao seu comentário. Como bem referenciou o Geraldo Silva, esse enriqueceu o artigo. Tudo que está escrito é a realidade.
0#2RE: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA —
GERALDO SILVA10-04-2017 14:22
Citando guilardo:
Caro amigo- Seu artigo trata-se de parte da sua cruzada contra o sistema deletério implantado no futebol do País. Muito já se falou e bradou, principalmente você com crônicas lúcidas, algo escasso na imprensa desportiva. O nosso futebol, repito mais uma vez, é o espelho fiel do que ocorre com o Brasil. A pergunta que fica, a respeito do problema da falta de torcedores : " COMO FREQUENTAR UM ESTÁDIO ? " . Seria de fácil resposta se o caso não fosse aqui, no Brasil. Pergunte por oportuno: " COMO FREQUENTAR UMA ESCOLA" ? A resposta é muito mais difícil pois o assunto é do Brasil. As crianças do Rio, segundo relato de uma delas na TV, estão aprendendo a se deitar no chão na hora dos tiroteios. Deveriam estar aprendendo a ler e escrever, mas na realidade estão usando métodos de guerra para sobreviverem ! É triste e lamentável. Pergunto: COMO ANDAR DE TREM E METRÔ SEM SER ASSALTADO ? Não há solução para a resposta. Se andar a pé será assaltado da mesma forma. COMO SE PREVENIR DE UM VIZINHO ASSASSINO ? Outro problema de difícil solução aqui no Brasil. COMO IR À PRAIA SEM ARRASTÕES ? COMO SER ATENDIDO PRONTAMENTE NOS HOSPITAIS PÚBLICO ? COMO ESPERAR AJUDA DA POLÍCIA EM TEMPO REAL ? COMO NÃO SER ASSALTADO DENTRO DO CARRO EM ENGARRAFAMENTOS ? JJ, sei que com toda a sua sapiência você não terá resposta ou soluções para as perguntas. Então chego à essência da sua crônica: COMO SALVAR A PERDA DE TORCEDORES DO FUTEBOL BRASILEIRO ? Aí eu respondo com a maior facilidade : QUANDO O PAÍS FOR SALVO DO LAMAÇAL PODRE ONDE AFUNDOU. Caro amigo, começo a questionar uma coisa, até proibida de se falar, quando até doutores e luminares, quando inquiridos, saem pela tangente. Teria sido a nossa miscigenação ? Seria a nossa colonização ? Porque os poucos anos que separaram a independência americana da do Brasil, não nos deram condições de caminhar junto àquele grandioso país ? Não vou me aprofundar, porque o que eu diria adiante por certo iria ferir pessoas, e isso não faço. Mas você, com a cultura que tem, poderá fazer uma análise sobre o dito acima.
Prezado Guilardo: O amigo retratou a nossa realidade de forma exemplar. Tudo que poderia escrever sobre o assunto foi destacado. O seu comentário enriqueceu o artigo.
0#1RE: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA —
guilardo10-04-2017 12:44
Caro amigo- Seu artigo trata-se de parte da sua cruzada contra o sistema deletério implantado no futebol do País. Muito já se falou e bradou, principalmente você com crônicas lúcidas, algo escasso na imprensa desportiva. O nosso futebol, repito mais uma vez, é o espelho fiel do que ocorre com o Brasil. A pergunta que fica, a respeito do problema da falta de torcedores : " COMO FREQUENTAR UM ESTÁDIO ? " . Seria de fácil resposta se o caso não fosse aqui, no Brasil. Pergunte por oportuno: " COMO FREQUENTAR UMA ESCOLA" ? A resposta é muito mais difícil pois o assunto é do Brasil. As crianças do Rio, segundo relato de uma delas na TV, estão aprendendo a se deitar no chão na hora dos tiroteios. Deveriam estar aprendendo a ler e escrever, mas na realidade estão usando métodos de guerra para sobreviverem ! É triste e lamentável. Pergunto: COMO ANDAR DE TREM E METRÔ SEM SER ASSALTADO ? Não há solução para a resposta. Se andar a pé será assaltado da mesma forma. COMO SE PREVENIR DE UM VIZINHO ASSASSINO ? Outro problema de difícil solução aqui no Brasil. COMO IR À PRAIA SEM ARRASTÕES ? COMO SER ATENDIDO PRONTAMENTE NOS HOSPITAIS PÚBLICO ? COMO ESPERAR AJUDA DA POLÍCIA EM TEMPO REAL ? COMO NÃO SER ASSALTADO DENTRO DO CARRO EM ENGARRAFAMENTOS ? JJ, sei que com toda a sua sapiência você não terá resposta ou soluções para as perguntas. Então chego à essência da sua crônica: COMO SALVAR A PERDA DE TORCEDORES DO FUTEBOL BRASILEIRO ? Aí eu respondo com a maior facilidade : QUANDO O PAÍS FOR SALVO DO LAMAÇAL PODRE ONDE AFUNDOU. Caro amigo, começo a questionar uma coisa, até proibida de se falar, quando até doutores e luminares, quando inquiridos, saem pela tangente. Teria sido a nossa miscigenação ? Seria a nossa colonização ? Porque os poucos anos que separaram a independência americana da do Brasil, não nos deram condições de caminhar junto àquele grandioso país ? Não vou me aprofundar, porque o que eu diria adiante por certo iria ferir pessoas, e isso não faço. Mas você, com a cultura que tem, poderá fazer uma análise sobre o dito acima.
Comentários
Não temos nada a acrescentar ao seu comentário. Como bem referenciou o Geraldo Silva, esse enriqueceu o artigo. Tudo que está escrito é a realidade.
Prezado Guilardo:
O amigo retratou a nossa realidade de forma exemplar. Tudo que poderia escrever sobre o assunto foi destacado. O seu comentário enriqueceu o artigo.
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