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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NA ÉPOCA DOS MASCATES

* O Santa Cruz e Salgueiro se enfrentarão em um horário bem esquisito, 18h30 do sábado de Aleluia, no primeiro jogo das semifinais do pobre estadual de Pernambuco.

Trata-se de um encontro entre o pior dos quatro classificados no grotesco Hexagonal do Titulo, no caso o tricolor do Arruda, e o líder, o time do Sertão Central.

Um jogo que promete um bom equilíbrio por conta da paridade dos dois times.

O mais interessante foi a maneira do Santa Cruz vender os seus ingressos, com um carro de som nas ruas, nos lembrando dos antigos mascates que percorriam as cidades vendendo os seus produtos.

Olha a panela, olha a panela!!!

Na época da internet um modelo como esse, mostra na realidade que o nosso futebol está ruim nos gramados, como também fora desses.

NOTA 2- CUSTO BENEFÍCIO E O BOTAFOGO

* O Botafogo desde 2016 tem uma gestão com os pés no chão. Viveu momentos financeiros terríveis, e hoje já colhe os frutos de um modelo implantado em sua administração.

No Brasileiro de 2016 foi o 5º colocado, conseguindo uma vaga na Pré-Libertadores, tendo passado por essa e alcançado a fase de grupos.

Hoje está na segunda colocação do seu grupo, com seis pontos a mesma pontuação do líder Barcelona do Equador, e com chances altas de passar para a fase posterior.

O mais interessante e que mostra a realidade do clube, e o trabalho implantado, é que entre as dez folhas salariais dos times da Série A, o clube da Estrela Solitária é o 10º colocado.

O líder é o Palmeiras (R$ 10 milhões), seguido pelo Atlético-MG (R$ 9,0 milhões), Flamengo (7,5 milhões), Corinthians (R$ 7,0 milhões), Cruzeiro (R$ 6,7 milhões), São Paulo (R$ 6,0 milhões), Fluminense (R$ 5 milhões), Santos (R$ 4,3 milhões), Sport (R$ 4,2 milhões) e BOTAFOGO (R$ 2,5 milhões).

Isso é o que chamamos de custo/beneficio. 

NOTA 3- O FUTEBOL E AS PLANILHAS DAS PROPINAS

* O departamento de propinas da Odebrecht usava o futebol como modelo para escalar os políticos que iriam receber as ajudas eleitorais, ou em Caixa 1, Caixa 2, ou mesmo propinas. 

Centro-Avante- Presidente,

Meia- Governador,  

Volante- Deputado Federal,

Ponta- Senador,

Zagueiro- Deputado Estadual,

Goleiro- Base. 

Um deboche.

NOTA 4- BRIGAS E BOMBAS NO JOGO DA LIGA EUROPA

* Na última quinta-feira o início do jogo entre o Lyon e Brasikas, pelas quartas de final da Liga Europa, no Parc Olympique Lyonnais, teve de ser adiado em mais de 30 minutos.

O atraso se deu em decorrência de uma briga generalizada que começou do lado de fora do estádio, passou para as arquibancadas e levou torcedores a invadirem o campo em busca de refúgio.

O jogo era considerado como de alto risco, desde que as autoridades esperavam um ambiente tumultuado. Tal fato confirmou-se horas antes do seu início.

Um grande número de torcedores turcos faziam uma festa do lado de fora do estádio. Em pouco tempo, o ambiente festivo transformou-se em um cenário de guerra.

Bombas de fabricação caseiras explodiram e brigas foram iniciadas. Do lado de fora a segurança recorreu a uso de gás lacrimogênio e prendeu dois torcedores turcos.

A confusão que começou do lado de fora acabou indo para as arquibancadas do estádio. Os torcedores do Brazikas, que estavam no anel superior, começaram a lançar fogos de artifícios em direção aos franceses, que se viram obrigados a invadir o gramado como medida de precaução.

As imagens são impressionantes. Trinta minutos após a bola estava correndo.

Na realidade esse tipo de comportamento não é uma exclusividade do Brasil, desde que existem torcidas organizadas violentas em alguns países da Europa, e a Turquia é um desses.

NOTA 5- O DESEQUILÍBRIO NA LIGA DOS CAMPEÕES

* O CIES Football Obervatory constatou que em 21% dos jogos da atual edição da Liga dos Campeões, desde a fase de grupos,  a vitória se deu por 3 gols de diferença.

Apenas as Ligas de Áustria e Chipre tiveram um percentual de vitórias por 3 ou mais gols, com respectivamente, 22,5% e 21,5%.

Na outra Copa Continental, essa diferença foi vista em 13,5% da Europa League.

As cinco maiores ligas são as mais desequilibradas. Entre elas, a francesa Ligue 1 tem 17,9% de seus jogos com essa diferença, enquanto a Bundesliga tem esse resultado em 16,7% das partidas.

Para os analistas do CIES, essas diferenças estão ligadas ao poderio financeiro dos grandes clubes, evidenciado pelos números da Liga dos Campeões, enquanto nas Ligas menores o dinheiro é curto comparado com as grandes e médias, ou as mais tradicionais, o desempenho é equilibrado, e é mais difícil dois, três ou quatro clubes se distanciarem de forma maior dos demais.

Para esses, a crescente diferença entre uma parcela de clubes não é saudável e precisa ser combatida.

Nos comentários que acompanham esse levantamento, os analistas dizem que é preciso rever a distribuição dos direitos de transmissão e, ao mesmo tempo, mudar as politicas de recursos humanos, regulando as transferências de jogadores.

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