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Escrito por José Joaquim

Os balanços de alguns clubes já estão sendo divulgados, e um ponto que deve ser destacado é o relacionado aos direitos de transmissão.

Naqueles chamados grandes esses representam quase 50% das receitas obtidas, por conta das luvas pagas quando da antecipação do novo contrato. Quando comparamos com os de menor porte, vimos que as distorções são enormes, e mostram uma péssima distribuição de renda.

O barco do futebol brasileiro está com muitos furos, e em breve irá afundar e contemplar um abraço de afogados no oceano com a participação de vários clubes nacionais.

No final todos morrerão afogados, com a perda da competitividade nas competições.

O esporte (em particular o futebol) é um grande negocio, faz parte da indústria que mais cresce no mundo, a do entretenimento, e que para que todos possam ter a sobrevivência,  torna-se obrigatória uma sinergia entre os participantes, desde que embora tenhamos alguns chamados de maiores, esses necessitam para a sua trajetória dos menores, cimentando assim a sua base financeira.

Pesquisamos os maiores campeonatos do mundo, e o Brasileiro é o que tem o pior modelo de distribuição de recursos. Até a Espanha mudou, por conta de uma intervenção do governo, e os resultados estão bem claros, com os clubes chamados menores com boas participações nas competições.

Lemos um trabalho que foi publicado pela EPFL- Associação das Ligas de Futebol Profissional da Europa, denominado ¨Financial Solidarity at Leagues na European Level¨, em que demonstra como se dá a distribuição de renda das ligas pelos clubes participantes em diversos campeonatos europeus.

Sobre esse tema, lemos também uma análise do advogado Andre Mengale, especialista em direito esportivo, que serviu também como subsídio para que pudéssemos postar esse artigo.

Não precisa ser um mestre em economia para saber que em qualquer setor de atividade não existe apenas ¨os grandes¨, necessitando dos ¨pequenos¨, que muitas vezes são consumidores daqueles para os seus  negócios nos mais diversos rincões do país.

No futebol temos a mesma linha e, com isso, a distribuição de renda entre os clubes tem que ser tratada como um tema estratégico. Os mais poderosos podem receber mais, mas os menores devem ter uma quantia justa para que possam manter o equilíbrio competitivo, e desta forma melhorar a qualidade das competições.

Um exemplo bem recente, o do Leicester City da Inglaterra, um time mediano, que foi campeão da Primeira Liga, e teve uma boa participação na Liga dos Campeões. Sem uma boa distribuição de receitas, jamais isso iria acontecer.

O estudo na sua linha geral, demonstra a grande variedade de formatos nas diversas ligas, com um sistema de parcelas fixas e parcelas variáveis, sendo essas distribuídas pelo critério técnico (mérito esportivo) e a capacidade de demanda comercial do clube.

A distribuição de renda favorece em parte aqueles que mais contribuem para a arrecadação, mas com uma parcela fixa para todos, que lhes dão as devidas condições para as boas participações nos eventos.

O mais interessante é que nessas Ligas, o critério para a venda dos direitos de transmissão obedece a norma coletiva e não individual de cada clube, o que vem rendendo melhores contratos.

Enquanto isso, em nosso país tudo é feito de forma individual, de portas fechadas, onde de tudo pode acontecer. Por conta disso o abismo foi aprofundado.

Por outro, lado em uma das maiores Ligas Profissionais dos Estados Unidos, a NBA, as receitas são distribuídas de forma igualitária entre todos os seus participantes, motivando inclusive equipes de pequenas cidades de competirem com igualdade com aquelas das maiores.

Trata-se de um trabalho bem formatado e que mostra de forma clara que a melhor distribuição de receitas fortalece as competições, enquanto o modelo aplicado no Brasil é destruidor.

Bom para dois, e trágico para os demais, que no final estarão juntos morrendo afogados no Oceano Atlântico.

Sobre esse tema, ouvimos há pouco algo que o retrata muito bem, ou seja ¨As cotas da televisão obedecem o mesmo ritual da Odebrecht com suas propinas, uma escala por categoria¨.

Comentários   

0 #2 Contratos com a MorteBeto Castro 20-04-2017 13:26
A Odebrecht do futebol é o Camelódromo Monopolista, os reis da corrupção. Seria bom lembrar que o cartel que assaltou a Petrobrás tinha doze empreiteiras que jogavam um certame de pontos corridos com as suas vitórias certas e bilhões de reais em suas contas, cujos comissionados corrompidos estão no Congresso Nacional conforme provou a lista da Faxina. Naquele mesmo covil já está instalada a Cambada da Bola aparelhada pelos gatunos do crescente minguante há 30 anos. Em cada Estado existe uma quadrilha de menor tamanho que se locupleta de pequenas sobras dos banquetes dos magnatas. Com a introdução do jogo da morte chamado de Baleia Azul onde as crianças e adolescente são induzidos à morte, a Baleia Amarela induz todos os suicidas adultos a se imolarem na Caravela dos Cavaleiros do Apocalipse do Navegante que incendiou o império, juntamente com os outros três que o antecederam. Neste suicídio coletivo estão todos os répteis voadores dos ninhos de lagartixas - dirigentes de clubes e federações, escribas moradores de rua que vivem de esmolas, atletas, treinadores, árbitros, simulacros de justiceiros e torcedores malfeitores. A Máfia é onipresente e se rege pelo pacto da irmandade de sangue dos mártires da Baleia Amarela de Jonas. A missão de Jonas, também conhecido como Nabi, era admoestar (censurar) os assírios que devido a sua crueldade (segundo a moral israelita) e ao muito derramamento de sangue, iriam sofrer a ira divina caso não se arrependessem dentro de quarenta dias. A verdade é que já duram 30 anos. Os assírios eram famosos, por exemplo, por decapitar os povos vencidos, fazendo pirâmides com seus crânios. Crucificavam ou empalavam os prisioneiros, arrancavam seus olhos e os esfolavam vivos. Esta civilização de assassinos hediondos, após virar cinzas, deu origem aos novos genocidas das doze tribos do Apocalipse. Hoje o foco dos vândalos da Brasíria Teimosa em edificação é o dinheiro, a corrupção, o cinismo descarado e o domínio da água (Cedae e outros engarrafadores, do ar (Companhia Aéreas) e da Terra (venda do território nacional e de todas as riquezas dos escravos e terceirizados conformados e sem aposentadoria. O Califa Assassino confia em Lucifer e Beliah que tomam conta dos cofres do Califado em conluio com os profetas cinematográficos da imoralidade de Sodoma e Gamorra. As pirâmides do Apocalipse ficam na avenida paulista, no Jardim Botânico das plantas venenosas e na Barra da Tijuca, mas os seus clones se espalham por todo o Reino da Nova Assíria Babilônica asfixiada. O clone de Hitler comanda os lavadores à jato e o clone de Mussolini quer ser presidente para liberarem definitivamente a tortura oficializada. Os gatunos dos cuscuzes invertidos estão em pavorosa e desorientados. Nunca pensei que o mundo acabaria numa avalanche de dinheiro sujo onde todos morrerão soterrados.
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0 #1 Morrendo abraçadosAndre Angelo 20-04-2017 09:28
Será que alguém se lembrou de mandar esse estudo para a Rede Globo?
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