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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO COM CARA DE DÉJÀ VU

* Náutico e Santa Cruz enfrentaram-se ontem pela quinta vez nessa temporada em menos de 100 dias.

Ainda terão o segundo jogo, e mais dois pelo Brasileiro da Série B, ou seja oito partidas em uma só temporada. Uma overdose que nem os mais apaixonados conseguem aguentar.

O Campeonato Pimpão está sendo encerrado de forma melancólica, com times de forma ridícula disputando a terceira colocação, quando já o fizeram durante a competição.

Enquanto os cartolas davam entrevistas sobre o apito de vídeo, que só veio para o nosso estado por conta do Circo considerar que a nossa decisão seria de menor potencial de risco, desde que trata-se do encontro do time milionário, contra um do interior do estado, a Arena Pernambuco recebia menos de 200 pagantes, mostrando a realidade do futebol de nosso estado, que está terminando o estadual com cara de Déjà Vu, e que não será esquecido por conta da sua mediocridade. 

O apito de vídeo já funcionou nessa partida na decisão do gol do Náutico que foi anulado pela arbitragem, e depois das reclamações o aviso veio, e a árbitra Deborah Cecilia voltou atrás, validando-o.

Não aconteceu futebol e sim uma pelada do nível dos antigos encontros entre o Guarani e Nacional de Camaragibe.

Os dois times estavam constrangidos por conta do público, e por serem obrigados a disputarem algo que beira a insanidade, uma decisão grotesca.

Teve um bonito gol, o de Roberto do tricolor, e o apito amigo que não marcou um pênalti favorável ao Náutico no final do jogo.

Depois da partida quem dançou foi Milton Cruz, técnico do alvirrubro, que foi demitido.

A culpa de tudo não é apenas da Federação, e sim dos dirigentes ao aprovarem um regulamento sem uma leitura do que está escrito em seus artigos.

Depois da partida chegamos a uma triste definição, a de que o futebol de Pernambuco morreu, já foi enterrado e teve uma missa de Réquiem.

NOTA 2- TORCEDORES DE DECISÕES

* No dia de hoje, com exceção de Pernambuco que como sempre pisa na bola, os campeonatos estaduais estarão fechando as suas cortinas, deixando 400 clubes na hibernação e 12 mil desempregados, por conta da insanidade de uma Confederação que só pensa em dinheiro e outras coisas inexplicáveis.

Os estádios estarão lotados, mostrando algo que sempre discutimos em nossos artigos, que o torcedor brasileiro só gosta de decisões. As ociosidades na maioria dos jogos dos estaduais são os exemplos dessa síndrome que ataca o nosso futebol.

O FlaFlu que é o encontro mais tradicional do futebol brasileiro, terá o Maracanã com o maior público desde a sua reinaguração. Todos os ingressos foram vendidos, tanto do lado rubro-negro, como do tricolor.

Em Itaquera, para o jogo do Corinthians contra a Ponte Preta, não sobrou um único ingresso, ou seja um recorde de público. No Independência, em Minas Gerais, cuja capacidade é pequena, torcedores do Atlético-MG e Cruzeiro esgotaram os tickets que foram colocados à venda.

Embora não com tais proporções, os demais jogos finais dos estaduais terão bons públicos, mostrando que falta um trabalho de captação de torcedores para uma presença mais constante nos estádios.

O problema desses campeonatos é que na sua quase total maioria, todos já sabem quem irão decidi-los, desde que vivemos em um país dominado pela mesmice patológica, e o futebol não poderia ficar de fora.

Salgueiro em Pernambuco, e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foram duas exceções à regra geral, fatos raros de acontecer.

NOTA 3- GOLEIRO A MEIO PAU

* Um fato inusitado aconteceu com o Internacional de Porto Alegre durante o estadual gaúcho.

O Regulamento da competição exige a inscrição de um determinado número de jogadores, que na verdade é um erro, desde que os da base deveriam ficar livres de tal amarra.

Por incrível que pareça os três goleiros do Colorado se machucaram e a entidade local cumprindo o Regulamento descartou o aproveitamento de um atleta do sub-20.

O primeiro a se contundir foi Danilo Fernandes, que foi substituído por Marcelo Lomba, que também foi parar no Departamento Médico do clube.

Por ironia do destino, Keiller a terceira opção no último jogo fraturou o braço, dando o seu lugar a Lomba que estava no banco de reservas apenas para cumprir o ritual.

Por conta disso os setores médico e físico, fizeram um trabalho de recuperação urgente dos dois goleiros que estavam no estaleiro, e um desses irá jogar na partida final. A possibilidade maior é de Lomba.

Será um meio goleiro, a meio pau, e o Novo Hamburgo certamente irá explorar o problema com muitos chutes de fora da área.

Certamente para resolver o assunto, o ônibus colorado será implantado à frente de sua área.

São coisas de um futebol atrapalhado, e que poderia servir de lição com relação a abertura para que os jogadores da base não tenham a obrigação de serem relacionados entre os profissionais.

Vivendo e aprendendo

NOTA 4- O MALDITO CALENDÁRIO

* Mostramos em uma postagem que o Sport já realizou 30 partidas em 92 dias, com uma media de 3,06 dias para cada jogo. Tudo isso com viagens mo meio.

O Santos estará protagonizando 7 jogos em 24 dias, com uma média de 3,4 dias para cada jogo, com um agravante as distâncias longas de algumas viagens.

Após o jogo contra o Independiente de Santa Fé, que foi realizado no dia 4, a equipe santista viajará para Belém, com 6 mil quilômetros entre ida e volta, para enfrentar o Paysandu pela Copa do Brasil.

Já no dia 14 com mais mil quilômetros irá enfrentar o Fluminense no Rio de Janeiro pelo Brasileirão.

No dia 18 estará na Bolívia, enfrentando a altitude e 5 mil quilômetros de distancia para jogar contra o The Strongest pela Copa Libertadores.

No dia 21 na Baixada receberá o Coritiba em um jogo pelo Brasileirão. No mesmo local, no dia 24 receberá o Sporting Cristal para mais um jogo da Libertadores, e encerra a maratona no dia 28 em Belo Horizonte atuando contra o Cruzeiro.

Como um elenco poderá suportar uma overdose de jogos, com viagens longas, sem que as contusões tomem conta?

Na realidade quem faz um calendário como esse deveria experimentar esse roteiro para sentir na pele as dificuldades que os clubes e seus elencos enfrentam.

O mais grotesco é que sofrem calados, sem abrir o bico.

São os subservientes de plantão.

* Dados do blog de Mauro Cezar 

NOTA 5- ENFIM O FLUMINENSE LIVROU-SE DE OSVALDO E O EMPURROU PARA O SPORT

* No dia de ontem no seu site, o Fluminense comunicou que tinha liberado o atacante Osvaldo para o Sport Recife, que já foi apresentado aos torcedores com a camisa rubro-negra. 

O jogador chegou ao clube das Laranjeiras em 2015, e as suas atuações não justificaram o alto salário que recebia. Dinheiro jogado fora.

Em 62 jogos que atuou marcou apenas 6 gols, e não foi aproveitado por Abel Braga quando esse assumiu o comando.

Para um clube que está com cinco meses de atraso dos direitos de imagem com seus jogadores, sendo que os salários registrados na carteira estão em dia, mas representam pouco, livrar-se desse jogador foi um presente do céu.

O Sport sempre fazendo contratações arriscadas, é quem vai tentar recupera-lo.

O rubro-negro virou um centro de reabilitação, e inflando a sua folha com profissionais de custos bem acima da média salarial.

Comentários   

0 #1 RE: NOTAS AVULSASANTONIO CORREIA 07-05-2017 12:47
JJ: Sobre a Nota 1, o amigo foi feliz nas análises. Essa história do terceiro lugar trouxe um constrangimento profundo aos clubes e os torcedores deram o recado deixando a Arena vazia. Por outro lado a situação do Náutico é preocupante, a cada dia está chegando perto do América do Rio, que foi grande, murchou e hoje só tem a sua história.
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