Com uma tabela bem favorável para o Flamengo, o Brasileirão será aberto na tarde de hoje no Maracanã, com um jogo entre dois favoritos ao título, Flamengo e Atlético-MG. No período noturno em Itaquera, o Corinthians receberá a Chapecoense.
Daí em diante teremos um páreo com 38 rodadas, 380 jogos, longas viagens, e poucos sonhando com o troféu da competição, que é algo exclusivo para os ungidos.
Os que irão lutar pela permanência deverão colocar nos seus vestiários um quadro com o número 45, que representa a soma de pontos necessários para a fuga do carrasco da degola. Depois do cumprimento dessa tabela, podem continuar almejando algo bem maior.
Apenas quatro clubes desde o inicio do sistema do acesso e descenso não foram rebaixados. Flamengo, Cruzeiro, São Paulo e Santos fazem parte desse Olimpo, mas apenas dois disputaram todas as edições, o rubro-negro da Gávea e o time celeste de Minas Gerais.
A equipe santista, e a do tricolor do Morumbi se recusaram no ano de 1979 a disputar o torneio, por pleitearem entrar apenas na fase semifinal, e foram acompanhados por Corinthians e Portuguesa.
A era dos pontos corridos começou em 2003.
Aconteceram diversas polêmicas na competição, e a estabilização só foi firmada com a implantação desse novo sistema. Na realidade melhorou, com exceção do público.
Tivemos em 1987 a Copa União, que ainda hoje é discutida com relação as campanhas de Sport e Flamengo, sendo que a Justiça já deu a palavra final garantido ao rubro-negro de Pernambuco o título.
Outra polêmica aconteceu no Campeonato Brasileiro antes dos pontos corridos, relacionada ao Fluminense, que foi o único time da história a ser BI-REBAIXADO. Em 1996 teve a sua queda, mas graças a uma decisão do Circo permaneceu na Série A. No ano seguinte caiu de novo, e em 1998 foi parar na Série C, quando foi campeão em 1999.
Mais uma confusão aconteceu em 2000.
Por conta de uma briga judicial do Gama contra o Circo Brasileiro do Futebol, que o prejudicou com um rebaixamento para favorecer a equipe do Botafogo, a saída foi a Copa João Havelange, cancelando a Segunda Divisão, que foi englobada em um dos seus módulos.
Por tal fato o Fluminense foi catapultado, e sem disputar a Série B, subiu no ano seguinte para a Divisão Maior.
O primeiro ano do Brasileirão foi em 1971, que teve o Atlético-MG como seu campeão. O maior público aconteceu em 1982, no jogo Flamengo x Santos, com o Maracanã recebendo 155.523 pagantes, enquanto a melhor média de púbico também foi nesse mesmo ano, com 22.953 torcedores por jogo.
Houve uma queda de público a partir de 2003, e depois dessa data jamais esse chegou a 18.000 pagantes, permanecendo em um patamar que está equilibrado entre 14 a 16 mil.
Um fato que deve ser destacado é que depois da implantação do acesso e descenso, que sem dúvidas é uma fórmula justa, e com a globalização, vários clubes que disputaram esse divisão sumiram, tais como Bangu, América-RJ, União São João de Araras, Inter de Limeira, Gama, Botafogo de Ribeirão Preto, e tantos outros que ainda lutam pela sobrevivência. O Remo uma das forças do futebol brasileiro tem vários anos que não disputa esse torneio.
O futebol brasileiro enriqueceu mas não conseguiu se organizar, e até hoje os clubes tem sérios problemas nas suas finanças, e a qualidade técnica foi a mais afetada.
Já fomos os melhores do mundo, já tivemos grandes craques, e hoje nos contentamos com muito pouco.
Com a entidade que temos dirigindo o nosso futebol não acreditamos em uma evolução nesse Brasileirão de 2017.
O que era bom acabou.
Comentários
0#3RE: O PONTA PÉ INICIAL —
RUBRO-NEGRO13-05-2017 15:29
JJ: Voltei. O blog continua no alto nível. Os artigos chamam a atenção pelo conteúdo, e esse sobre o Brasileirão é uma aula, em especial para uma imprensa desinformada e alienada.
0#2Uma Pílula bem dourada —
Beto Castro13-05-2017 15:29
Quando a ideologia da exclusão e do engessamento bate com o jornalista defensor da concentração de renda, do monopólio de quatro Estados e da defesa dos magnatas donos do poder, então, de repente o futebol brasileiro é a maior maravilha do mundo. Passa o ano inteiro esculhambando o futebol brasileiro e os seus dirigentes, mas na hora de analisar a Casa Grande e a Senzala, os pontos corridos são maravilhosos, nem um palavra sobre o número de clubes, viva a imitação caricata do covil dos lavadores e ladravazes e sobre o seu clube ungido que discrimina todos os demais clubes de Pernambuco. Assim, todos pensam que ele é um crítico contumaz das quadrilhas do Camelódromo Monopolista e fica o dito pelo não dito. Portanto, falou em excluir, discriminar, engessar, miniaturizar e dá esmola, tudo está maravilhoso. Quem tem vocação para capataz e capitão do mato nunca será escravo nem senhor. Apenas cumprirá ordens com muita eficiência. Nem uma palavra sobre os degolados de sete Estados do Nordeste, a Copinha do Executa-Executa, nem sobre a exclusão de dois grandes clubes de Pernambuco e mais sete grandes excluídos do Maranhão, Piauí, Ceará, RN, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Pobres e pequenos devem ser mesmo é degolados para que os apaniguados da lista da Forbes sejam eternos. E ainda tem a pachorra de chamar isto de Meritocracia. Sim Senhor! Coronel Pinto.
0#1RE: O PONTA PÉ INICIAL —
ANTONIO CORREIA13-05-2017 09:36
JJ: Uma aula sobre o Brasileirão. Concordo que com a implantação dos pontos corridos esse torneio estabilizou-se, mas com relação ao público aconteceu uma queda muito grande.
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