O futebol não é apenas dois times no gramado correndo atrás de uma bola, com um apito muitas vezes amigo no meio. Existem vários segmentos que fazem um clube campeão, e entre esses as estatísticas que servem de mote para as suas campanhas e as projeções para os jogos a serem realizados.
Um fato que nos chamou a atenção, aconteceu na primeira rodada do Brasileirão quando não tivemos uma única vitória dos visitantes.
Os números mostram de forma clara que um clube vencedor no sistema de pontos corridos está atrelado as suas vitórias como visitante, e isso está traduzido nos últimos onze anos.
Um time tem na tabela 19 partidas como mandante, e nos estudos que realizamos não constatamos nenhum que tenha conquistado os 57 pontos correspondentes a tais jogos. Mesmo tendo invencibilidade, alguns empates foram somados as suas campanhas.
Muitos empates também prejudicam desde que a cada partida sem vencedor, os clubes perdem 66,6% dos pontos disputados, que no final irão influenciar na soma geral da classificação.
Um cálculo bem simples mostra tal influência negativa, quando um clube empata seis vezes soma 6 pontos e perde 12. Cinco empates valem menos de que três derrotas e duas vitórias. O empate dentro do limite é o complemento daquilo que falta para a obtenção dos objetivos.
Os dados a seguir mostram a realidade dos clubes que conquistaram o Brasileirão, na era de 20 disputantes:
2006- SÃO PAULO- 1º melhor mandante- 2º melhor visitante,
2007- SÃO PAULO- 1º melhor mandante- 2º Melhor visitante,
2008- SÃO PAULO- 1º melhor mandante- 1º melhor visitante,
2009- FLAMENGO- 4º melhor mandante- 2º melhor visitante,
2010- FLUMINENSE- 3º melhor mandante- 2º melhor visitante,
2011- CORINTHIANS- 2º melhor mandante- 1º melhor visitante,
2012- FLUMINENSE- 5º melhor mandante- 1º melhor visitante,
2013- CRUZEIRO- 1º melhor mandante- 1º melhor visitante,
2014- CRUZEIRO- 1º melhor mandante- 1º melhor visitante,
2015- CORINTHIANS- 1º melhor mandante- 1º melhor visitante e,
2016- PALMEIRAS- 3º melhor mandante- 1º melhor visitante.
Verifica-se que nos mesmos onze anos de competição somente o Palmeiras (2016) esteve abaixo do segundo lugar como clube visitante, embora tenha chegado em terceiro, bem próximo.
Os estudos dos números são importantes para todos envolvidos no sistema do futebol, e mais ainda para as previsões dos analistas, que não podem deixar de lado as certezas que esses trazem.
Como sempre temos afirmado, contra números não existem argumentos.
Comentários
0#1Aleatório e Suicida —
Beto Castro18-05-2017 09:46
Se analisarmos o roteiro da bola dentro do gramado com os seus bate-rebates completamente aleatórios, erros de passes, matadas de jogadas, obstruções, faltas violentas, bolas na trave, impedimentos, etc. fica mais do que provado que o futebol é um jogo de azar dos mais difíceis de acertar o resultado. Seu levantamento dos jogos perdidos em casa só provam a minha tese. Se todo esse comportamento de jogo de azar for somado ao aparelhamento da organização criminosa de apadrinhamento de 12 clubes que ficam com 95% dos recursos, os juízes amigos, as tabelas dirigidas para influenciar nos certames, as manipulações da federações poderosas para beneficiar os seus clubes e a organização de certames impostas pelos nossos adversários continentais e mundiais, chegamos a conclusão que o futebol é um setor econômico corrompido, falido, inviáveil e mal pago. Obviamente, o investidor que arrisca o seu capital numa atividade de risco desta ordem, o mínimo que poderia exigir era que os dirigentes maiores da instituição organizassem as potencialidades do setor com o máximo de eficiência para compensar as suas características de jogatina de azar. Então, a organização baseada na exploração escravocrata dos atletas, em campeonatos para beneficiar os clubes mais corruptos, ao aparelhamento das quadrilhas para açambarcar o pouco excedente e são muitas e a ação nefasta dos fiscais, tornam os clubes e federações inviáveis. O único método para melhorar o equilíbrio federativo do setor e permitir a viabilidade econômico-financeira dos clubes e entidades é fazer a distribuição dos recursos circulantes com base no ranqueamento das pontuações dos clubes e federações através de um fundo setorial de desenvolvimento que chamo de Fundebol. Isto permitiria uma melhor circulação dos recursos, capilaridade mais equilibrada no corpo nacional e direito digno à existência dos parceiros médios e pequenos da comunidade. Abandonar o comportamento passional alucinado, diminuir os riscos da aleatoriedade, neutralizar a influência do poder econômico como fator de desequilíbrio e respeitar a diversidade étnica regional são medidas imprescindíveis para tornar o setor atrativo aos investimentos. No caso da ingenuidade dos clubes e federações nacionais se sacrificarem para enriquecer os adversários vizinhos é de uma ignorância atroz. A tentativa de imitação caricata dos nossos ferrenhos adversários de todos os continentes, todos envolvidos no mesmo sistema de corrupção e desvios de conduta, levará o futebol mundial ao definhamento progressivo e ao seu fim melancólico. Isto está provado com a prisão em massa de marqueteiros sujos, prisões e banimentos de dezenas de meliantes propinados que comandavam as entidades diretivas e a lama que envolvia a cúpula continental e mundial. A desmoralização do Califa Nacional pego com a mão na boca da botija e as prisões lotadas de ladrões cínicos e safados, provam que o crime e os golpes de espertezas não compensam. Dinheiro e patrimônio só tem lastros quando ganhos com honestidade, transparência e principalmente, eficiência.
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