No Brasil quando se lança uma ideia, no lugar de discuti-la devidamente, passa a ser torpedeada sem uma avaliação mais profunda. Existe um vanguardismo do atraso pronto para combater qualquer iniciativa que deseja alterar o status quo dominante. São os que chamamos de VANGUARDA DO ATRASO.

Propostas são para serem discutidas, e não um ponto final no processo, e caberia ao Circo do Futebol assumir o tema apresentado, e abrir o debate entre todos os que desejam mudanças, mas isso não acontece, desde que a entidade da Barra da Tijuca é o Sepulcro do Vanguardismo do Atraso.

Temas relevantes como Calendário, horários dos jogos, cotas dos direitos de transmissão, criação de mais uma divisão nacional  sempre estão sendo lançados, e que são relegados ao segundo plano.

Como se pode afirmar de forma açodada que não existem recursos para a implantação de uma nova Série no futebol nacional, sob a alegação de que os clubes iriam quebrar? Ouvimos isso várias vezes dos cartolas do Circo.

Na verdade, quebrados muitos deles já estão, principalmente os menores que jogam três meses por ano e desaparecem do sistema, esperando a safra do ano seguinte.

Quebrado estão os grandes, com débitos vultosos, que mesmo com a adesão ao Profut a cada ano aumentam mais, vivendo uma vida fantasiosa e com fausto, quando atrasam salários de seus jogadores e funcionários.

Os vanguardistas do atraso não entendem que quanto mais times jogando, mais novos atletas irão surgir no universo de futebol, redundando em uma queda da inflação salarial por conta da oferta de novos talentos a preços mais accessíveis.

Eles desejam que o modelo  atual de concentração de renda continue a dominar o futebol nacional, onde o abismo entre os pobres e ricos aprofunda-se cada vez mais, mesmo sabendo que cedo ou tarde o fato irá atingir a todos, desde que as suas sobrevivências dependem do coletivo.

Isso se chama de sinergia, mas eles não sabem o que isso representa. 

O modelo dos estaduais é mais uma vitória da vanguarda do atraso, mostrando uma decadência vigente e prejuízos para os clubes disputantes.

Os que defendem o atraso são os mesmos que não permitem a democratização do esporte, que não aceitam a sua transparência, e brigam contra a regulamentação do setor. Segundo o patriarca Eurico Miranda símbolo dessa vanguarda, esse modelo não vale nada.

Poderíamos citar um número infinito de problemas sobre o tema, mas não teríamos espaço para tal, mas de uma coisa temos a certeza, de que o futebol nacional precisa de uma Vanguarda de Desenvolvimento para combater a dos atrasados que são os responsáveis pelo que acontece nesse esporte. 

A proposta é uma linha para ser seguida, e que pode sofrer modificações durante os debates, mas antecipar de que essa não presta é algo que vai mais além do atraso, tornando-se um produto da indecência e do egoísmo.

O problema maior do nosso futebol é a sua administração amadora, e de pessoas que muitas vezes estão nos cargos por interesses pessoais.

Está na hora dos profissionais sérios assumirem.