* A situação do futebol de Pernambuco está mais para a tragédia do que para a alegria.
Os clubes que estão disputando as quatro divisões nacionais não obtiveram uma única vitória, nesse final de semana.
Foram cinco derrotas e dois empates, ou seja em 21 pontos disputados conquistaram apenas dois.
Uma pobreza franciscana.
Para quem analisa o futebol local com isenção, sem clubismo, tal fato não representa surpresa com relação aos resultados, desde que todos esses times perderam quatro meses do ano jogando um estadual com pouca expressão que até hoje não teve a sua decisão, e só os Deuses do Futebol sabem quando isso irá acontecer.
Nunca passamos por um momento como esse, com sete clubes sem boas colocações em suas Séries, numa demonstração de que nos apequenamos com relação aos outros estados.
Os resultados assim o demostraram:
SÉRIE A- VASCO 2x1 SPORT
SÉRIE B- SANTA CRUZ 1x3 LONDRINA,
INTERNACIONAL 4X2 SANTA CRUZ,
SÉRIE C- ASA 1X1 SALGUEIRO,
SÉRIE D- ATLÉTICO PE 2X2 ITABAIANA,
GLOBO RN 1X0 AMÉRICA e,
JUAZEIRENSE 3X0 CENTRAL.
Que fase!
NOTA 2- UMA DÉCADA DE LIDERANÇA DO CORINTHIANS NA MÉDIA DE PÚBLICO
* Apenas oito clubes se mantiveram na Série A do Brasileirão sem interrupção durante toda a década. Corinthians, São Paulo, Flamengo, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, Fluminense e Santos, mas no tocante a média de público nesse mesmo período o alvinegro dá de goleada.
Segundo dados do site Sr.Goool, o time do Parque São Jorge em 135 partidas como mandante arrastou nada menos do que 3.841.392 pagantes, com uma média de 28.455 por jogo. Em Itaquera essa é de 34.150. A seguir:
São Paulo- 136 jogos- 3.005.266 -média de 22.097,
Flamengo- 135 jogos- 2.967.580- média de 21.982, nesse caso tem o efeito da ausência do Maracanã,
Grêmio- 135 jogos- 2.818.951- média de 20.881,
Cruzeiro- 136 jogos- 2.665.424- média de 19.744
Atlético-MG- 136 jogos- 2.192.383- média de 16.120,
Fluminense- 136 jogos- 2.104.377- média de 15.473 e
Santos- 136 jogos- 1.276.660- média de 1.276.660
NOTA 3- A CORRUPÇÃO DO DOPING NO BRASIL
* A corrupção no Brasil não está apenas entranhada na política, desde que já contaminou outros segmentos, entre esses os esportes.
Entre esses o atletismo, quando os atletas desejam ganhar de todo o jeito, inclusive com processos espúrios.
Declarações dadas por diferentes atletas para a Agencia Brasileira de Controle de Doping (ABCD), entre 2014 e 2015 revelam corrupção e esquemas para driblar exames ao final das competições.
Os documentos já foram enviados para a Promotoria de São Paulo que estaria encarregada de investigar os casos. Os atletas que foram pegos em doping passaram a colaborar com o órgão, e explicaram como funcionava o sistema no país.
Segundo as denúncias existem vários métodos para burlar os exames, inclusive pagando altas quantias para a manipulação dos resultados quando esses davam positivos, com valores pagos até R$ 150 mil.
Por outro lado alguns atletas sequer eram testados, por conta das interferências dos treinadores.
A WADA- Agencia Mundial Anti-doping confirmou que estava investigando o Brasil por falta de controle de substâncias ilegais no esporte nacional.
No último domingo a TV alemã ARD revelou que existia no país uma rede clandestina que fornecia produtos proibidos para atletas, e citou como elo o médico de Piracicaba-SP, Júlio Cesar Alves, que é muito conhecido na área esportiva por ter muitos clientes.
Foi nesse programa que foi citado o nome de Roberto Carlos, ex-atleta da seleção do Circo, como ligado ao médico, e de ter usado as substâncias preparadas por esse.
Se houver uma investigação séria sobre esse assunto, os esportes brasileiros irão estremecer.
NOTA 4- O SOFRIMENTO DO GRÊMIO
* A torcida do Grêmio esperava mais uma goleada do seu time no jogo contra o Bahia, mas o que aconteceu foi bem diferente. O time gaúcho apresentou-se com pouca inspiração ofensiva, com poucas criações, e encontrou um adversário eficiente.
A realidade é que esse fez a sua torcida sofrer na noite de ontem quando foi surpreendido pela maneira de jogar do time baiano, e só encaminhou a vitória aos 40 minutos do segundo tempo.
Com esse resultado o time gremista assumiu a segunda colocação com 15 pontos ganhos, somente atrás do líder Corinthians que soma 16.
Na verdade se o Grêmio tivesse jogado com o time titular contra o Sport certamente estaria na liderança.
Diferentemente do que previa a torcida, faltou ao time o modelo impositivo quando joga na arena. A marcação do Bahia não permitiu o jogo com troca de passes tornando-o lento.
Quando se esperava mais intensidade no segundo tempo, esse continuou com as mesmas dificuldades. O gol saiu no final para alegria de uma torcida que já estava ficando impaciente.
Final de uma rodada com os dois melhores clubes na liderança do Brasileirão, obedecendo a lógica do futebol, que alguns dizem que não existe, mas se isso fosse verdade, o Avaí seria campeão.
Um campeonato onde se cria uma imunidade para 4 clubes, que ficam impedidos de serem rebaixados, já que jogam apenas o chamado "Hexagonal do Título", violando claramente o Estatuto do Torcedor, só pode resultar em dirigentes acomodados, em times fracos, em jogos ruins e arbitragens péssimas. O campeonato pernambucano pode enganar a alguns, mas quando nossos times jogam competições regionais ou nacionais, a verdadeira face do nosso futebol aparece. De todos os clubes pernambucanos que jogam as Séries A, B, C e D, o única que mostra poder almejar uma boa campanha é o Santa Cruz. E não é nem pelo time que formatou, mas sim pelo baixo nível técnico da competição. O Sport, com esse elenco e com o treinador apostando em Thalysson como o grande jogador de meio campo, está como uma nave à deriva na Série A. Enfim, enquanto os dirigentes dos chamados "grandes da capital" continuarem negligentes; continuarem apoiando essa gestão sem competência da FPF, o futebol pernambucano continuará regredindo até ficar do tamanho de um Piauí ou de Sergipe no ranking do futebol brasileiro. Uma federação que sequer teve prestígio para adiar um jogo da Copa do Brasil (Botafogo x Sport), a fim de permitir que os jogos das semifinais da Copa do Nordeste e das finais do pernambucano não fossem adiados, mostra quem são os nossos dirigentes (inclusive dos clubes) e a quem o futebol pernambucano está entregue. Não. Esses resultados ruins dos times pernambucanos não são mera coincidência.Triste demais.
JJ: O amigo deve ficar rindo quando acompanha o que acontece com o futebol de Pernambuco, desde que organizou diversos campeonatos e nenhum deixou de terminar na data programada. Como fui seu companheiro de diretoria do Sport e testemunha do seu espetacular trabalho no clube, também fico pensando no seu sentimento com relação a atual diretoria do clube. Horrível.
Prezado Rubro-Negro: Gratos pelas palavras escritas. Na verdade não fico rindo com essas lambanças na federação local, apenas lamentando apenas o tempo que perdemos para estruturar o futebol, e formatar uma equipe que poderia ter dado continuação ao trabalho. Quanto ao Sport, foi um trabalho conjunto de uma diretoria unida, com o apoio de um bom presidente que foi Wanderson Lacerda.
JJ: O amigo deve ficar rindo quando acompanha o que acontece com o futebol de Pernambuco, desde que organizou diversos campeonatos e nenhum deixou de terminar na data programada. Como fui seu companheiro de diretoria do Sport e testemunha do seu espetacular trabalho no clube, também fico pensando no seu sentimento com relação a atual diretoria do clube. Horrível.
0#3Vai Piorar e muito —
Beto Castro13-06-2017 10:32
Nota 1 - O futebol do Estado de Pernambuco como de todos os demais estados é vítima do aparelhamento da instituição por pessoas desonestas que resulta num calendário macabro e numa distribuição de recursos vergonhosa que levará a absoluta maioria dos clubes brasileiros à falência. Mesmo com a série A com a sua hegemonia fraudulenta que beneficia apenas doze clubes de 4 cidades, enquanto outras 3 divisões com 116 clubes ficam com apenas 10% de todos os recursos, esses auto denominados grandes clubes vem a 30 anos esmagando mais de 500 clubes e 27 Federações. Pelas denúncias aos comandantes dessa farsa de ladrões assumidos e decadentes, o sistema de iniquidades e propinas não tem qualquer futuro, pois somente rende frutos aos aparelhadores que se locupletam de todas as riquezas do futebol há 30 décadas (Circo-Camelódromo-12 Tribos-Pixulequeiros e Atravessadores.). Este sistema de exclusão chegou ao seu fim melancólico, porquanto totalmente inadequado para um país continental como o Brasil. O futebol brasileiro chegou ao fundo do poço, morreu, se auto exterminou, faliu, escafedeu-se, se degenerou.
O Grêmio esperava um jogo fácil e quase era surpreendido pelo Bahia. Não vou falar do Grêmio, mesmo porque não joga um futebol bonito. Apenas é aplicado dentro de campo. Quero falar do Bahia, um time sem estrelas e que joga coletivamente. Esse Bahia de 2017 me lembra o Sport de 2014, que também foi campeão da Copa do Nordeste e que também era um time sem estrelas, mas com muita disciplina tática em campo. Agora, imaginem se o Sport de hoje (com um time cheio de jogadores famosos) jogasse com aquela mesma garra, aquela mesma pegada, aquela mesma disposição e vibração de 2014? Certamente, estaríamos entre os 3 primeiros do campeonato brasileiro. Duvidam? Então me expliquem porque o Coritiba é o 3º colocado atualmente na Série A? Ou alguém acha que o time titular do Coritiba é melhor que o time titular do Sport se compararmos jogador por jogador? Então, o que falta ao Sport, além de reforçar o elenco com bons jogadores, é sobretudo comprometimento em campo. Falta aquela disciplina tática do Bahia, que joga do primeiro ao último minuto com 2 linhas de marcação bem postadas, bem definidas. Falta aquela marcação de TODOS (ouviu Diego Souza?) em campo. Falta aos zagueiros lembrarem que devem marcar o atacante adversário, sobretudo os goleadores, e não ficar "marcando" a bola, pois ela sozinha não entra para o gol. Falta Rithelly voltar a jogar como segundo volante, pois não está rendendo nada como um "falso" meia, visto que deixou de ser o grande roubador de bolas do meio campo e não cria nada lá na frente. Falta Diego Souza correr em campo não apenas quando estiver com a bola, mas sem ela também. Falta os atacantes de lado alimentarem o atacante central, para que André consiga ter duas ou três chances claras de gol, pois certamente em uma delas ele conseguirá concluir com êxito. Enfim, sem mudar a postura dentro de campo, não é Luxemburgo, Guardiola, Mourinho, Ancellotti ou nenhum grande treinador que irá melhorar as atuações do time, sobretudo nos jogos fora de casa. Mirem-se no exemplo do Bahia.
Um campeonato onde se cria uma imunidade para 4 clubes, que ficam impedidos de serem rebaixados, já que jogam apenas o chamado "Hexagonal do Título", violando claramente o Estatuto do Torcedor, só pode resultar em dirigentes acomodados, em times fracos, em jogos ruins e arbitragens péssimas. O campeonato pernambucano pode enganar a alguns, mas quando nossos times jogam competições regionais ou nacionais, a verdadeira face do nosso futebol aparece. De todos os clubes pernambucanos que jogam as Séries A, B, C e D, o única que mostra poder almejar uma boa campanha é o Santa Cruz. E não é nem pelo time que formatou, mas sim pelo baixo nível técnico da competição. O Sport, com esse elenco e com o treinador apostando em Thalysson como o grande jogador de meio campo, está como uma nave à deriva na Série A. Enfim, enquanto os dirigentes dos chamados "grandes da capital" continuarem negligentes; continuarem apoiando essa gestão sem competência da FPF, o futebol pernambucano continuará regredindo até ficar do tamanho de um Piauí ou de Sergipe no ranking do futebol brasileiro. Uma federação que sequer teve prestígio para adiar um jogo da Copa do Brasil (Botafogo x Sport), a fim de permitir que os jogos das semifinais da Copa do Nordeste e das finais do pernambucano não fossem adiados, mostra quem são os nossos dirigentes (inclusive dos clubes) e a quem o futebol pernambucano está entregue. Não. Esses resultados ruins dos times pernambucanos não são mera coincidência.Triste demais.
Comentários
Prezado Andre: Seu comentário está perfeito.
Prezado Rubro-Negro: Gratos pelas palavras escritas. Na verdade não fico rindo com essas lambanças na federação local, apenas lamentando apenas o tempo que perdemos para estruturar o futebol, e formatar uma equipe que poderia ter dado continuação ao trabalho. Quanto ao Sport, foi um trabalho conjunto de uma diretoria unida, com o apoio de um bom presidente que foi Wanderson Lacerda.
Não vou falar do Grêmio, mesmo porque não joga um futebol bonito. Apenas é aplicado dentro de campo.
Quero falar do Bahia, um time sem estrelas e que joga coletivamente.
Esse Bahia de 2017 me lembra o Sport de 2014, que também foi campeão da Copa do Nordeste e que também era um time sem estrelas, mas com muita disciplina tática em campo.
Agora, imaginem se o Sport de hoje (com um time cheio de jogadores famosos) jogasse com aquela mesma garra, aquela mesma pegada, aquela mesma disposição e vibração de 2014? Certamente, estaríamos entre os 3 primeiros do campeonato brasileiro. Duvidam? Então me expliquem porque o Coritiba é o 3º colocado atualmente na Série A? Ou alguém acha que o time titular do Coritiba é melhor que o time titular do Sport se compararmos jogador por jogador?
Então, o que falta ao Sport, além de reforçar o elenco com bons jogadores, é sobretudo comprometimento em campo. Falta aquela disciplina tática do Bahia, que joga do primeiro ao último minuto com 2 linhas de marcação bem postadas, bem definidas. Falta aquela marcação de TODOS (ouviu Diego Souza?) em campo.
Falta aos zagueiros lembrarem que devem marcar o atacante adversário, sobretudo os goleadores, e não ficar "marcando" a bola, pois ela sozinha não entra para o gol.
Falta Rithelly voltar a jogar como segundo volante, pois não está rendendo nada como um "falso" meia, visto que deixou de ser o grande roubador de bolas do meio campo e não cria nada lá na frente.
Falta Diego Souza correr em campo não apenas quando estiver com a bola, mas sem ela também.
Falta os atacantes de lado alimentarem o atacante central, para que André consiga ter duas ou três chances claras de gol, pois certamente em uma delas ele conseguirá concluir com êxito.
Enfim, sem mudar a postura dentro de campo, não é Luxemburgo, Guardiola, Mourinho, Ancellotti ou nenhum grande treinador que irá melhorar as atuações do time, sobretudo nos jogos fora de casa. Mirem-se no exemplo do Bahia.
O campeonato pernambucano pode enganar a alguns, mas quando nossos times jogam competições regionais ou nacionais, a verdadeira face do nosso futebol aparece.
De todos os clubes pernambucanos que jogam as Séries A, B, C e D, o única que mostra poder almejar uma boa campanha é o Santa Cruz. E não é nem pelo time que formatou, mas sim pelo baixo nível técnico da competição.
O Sport, com esse elenco e com o treinador apostando em Thalysson como o grande jogador de meio campo, está como uma nave à deriva na Série A.
Enfim, enquanto os dirigentes dos chamados "grandes da capital" continuarem negligentes; continuarem apoiando essa gestão sem competência da FPF, o futebol pernambucano continuará regredindo até ficar do tamanho de um Piauí ou de Sergipe no ranking do futebol brasileiro.
Uma federação que sequer teve prestígio para adiar um jogo da Copa do Brasil (Botafogo x Sport), a fim de permitir que os jogos das semifinais da Copa do Nordeste e das finais do pernambucano não fossem adiados, mostra quem são os nossos dirigentes (inclusive dos clubes) e a quem o futebol pernambucano está entregue.
Não. Esses resultados ruins dos times pernambucanos não são mera coincidência.Triste demais.
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