A nova geração que acompanha o nosso futebol, não tem o devido conhecimento da importância que esse esporte já teve em todo o mundo.
Sem nenhuma dúvida éramos os melhores. Uma escola respeitada, e que transportou por anos a sua maneira de jogar para todo o planeta.
Que o diga Pep Guardiola.
Nessa época o mundo era redondo, e as comunicações restritas, mas o poderio do nosso futebol chegava a todos os rincões.
O interessante é que os recursos eram precários, não haviam as estrelas milionárias, com seus contratos mirabolantes, mas tínhamos craques que levavam os torcedores aos estádios.
O Maracanã colocava 170 mil pagantes em um FlaFlu. Hoje em 10 jogos de uma rodada do Brasileirão não chegamos a tal número.
A decadência tomou conta, com todos presenciando a queda, fingindo que tudo estava muito bem como na Ilha da Fantasia.
De repente como em 1500 a Europa descobriu mais uma vez o Brasil e o jeito de jogar do brasileiro, e adaptou ao seu futebol, que somado a sua organização impecável com uma cultura milenar, transformou-o em um esporte de qualidade, com vultosos recursos e sobretudo com times do mais alto nível técnico que encantam a todos os que assistem os seus jogos.
Os bons jogadores migraram para o novo paraíso. O Brasil continua produzindo talentos, e a procura ainda é grande. O Fluminense está vivendo um drama por conta do assédio europeu aos seus jovens atletas, que por uma questão obvia seguem o canto da sereia.
Esses são a exceção à regra geral, que é de atletas sem a qualidade necessária.
Os jogos tornaram-se violentos, os chutões imperam, os erros de passes ultrapassam a realidade, paralisam as partidas reduzindo o tempo de jogo.
Não existe planejamento.
As arbitragens também assumiram a mediocridade, são confusas e muitas vezes irresponsáveis, e a sua maioria atua sob pressão dos cartolas.
Por outro lado, os treinadores continuam no século passado, e com um agravante são auto-suficientes e não se atualizam.
A nova imprensa leva uma goleada de 7x1 da antiga, e fechando o ciclo, a cartolagem que adora falar e não dizer nada por falta de conteúdo, e pouco produz para melhorar o nível desse esporte.
O problema é que sabemos dos nossos defeitos e nada fazemos para conserta-los.
Na verdade a preferência está sendo oferecida para a mediocridade, e sem nenhum interesse de voltarmos ao que éramos, os donos do futebol mundial.
O futebol brasileiro foi bom e não sabia.
Comentários
0#1RE: ÉRAMOS FELIZES E NÃO SABÍAMOS —
CLAITON LIMA-RJ09-07-2017 10:23
JJ: Basta ter assistido a guerra depois do jogo do Vasco e Flamengo para comprovar esse artigo. Não vou me alongar, apenas reafirmar que os torcedores bandidos estão tirando dos estádios as pessoas de bem. Um clássico no São Januário é crime.
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