* O inicio da 12ª rodada do Brasileirão ficou marcado pela violência dos torcedores após o jogo realizado no estádio de São Januário entre Vasco e Flamengo, a bola voltou a rolar na sessão matinal na cidade de Chapecó que abrigou o Chapecoense e Atlético-PR.
Na parte de civilidade o encontro foi nota dez, mas na qualidade do jogo esse foi reprovado com nota um.
A partida foi de uma pobreza técnica, sem qualidade, e o empate de 1x1 foi péssimo para os dois, desde que ficaram bem próximos da zona do rebaixamento.
Um bom público esteve na Arena Conda com um pouco mais de 10 mil pagantes, que deveriam pedir de volta o dinheiro dos ingressos, pois foram enganados.
NOTA 2- A BANCA QUEBROU
* O Avaí ao derrotar o Grêmio por 2x0 quebrou todas as bancas de apostas, que tinham o time gaúcho como o maior favorito da rodada.
O tricolor teve 67% de posse de bola mas não conseguiu penetrar na defesa do time catarinense que taticamente foi impecável, contando ainda com uma atuação monstruosa do seu goleiro Douglas Friedrich, que fez defesas milagrosas, e para completar segurou um pênalti batido por Lucas Barrios.
Nos contra ataques o Avaí consagrou a sua vitória, que não foi por acaso, e sim pelo que apresentou durante o jogo. Com a derrota o Grêmio perdeu a vice-liderança para o Flamengo.
Mesmo tendo jogado no sábado o Corinthians também festejou, ao colocar 10 pontos de diferença para esse rival.
No outro jogo, o favorito nas apostas era o Palmeiras. As bancas pagavam R$7 por R$1 jogado no Cruzeiro que era considerado como zebra, e arcaram com outro grande prejuízo, por conta da derrota do mais cotado.
Na realidade o alviverde de São Paulo pode ter muito dinheiro, a maior folha salarial do Brasileirão, mas o bom que é jogar futebol até hoje não conseguiu.
O time celeste mereceu a vitória por 3x1, desde que foi melhor em campo. O Palmeiras teve alguns momentos de pressão, mas desta vez o Cruzeiro não lhe deu a oportunidade de pelo menos empatar como aconteceu na Copa do Brasil.
O maior vencedor da tarde foi o Corinthians, que sem jogar ganhou alguns pontos.
Finalmente no terceiro jogo da tarde, que foi o de pior qualidade, o Fluminense que saiu na frente, deixou o Bahia empatar aos 38 minutos do segundo tempo, deixando assim o G6. O empate foi justo por conta da pressão do time baiano na fase final.
O tricolor baiano está bem cotado para a degola, e deverá levar também o Vitória.
No período noturno foram realizadas duas partidas.
Com Copete inspirado marcando três gols, o Santos mandou o São Paulo para a 19ª colocação com uma vitória de 3x2.
O tricolor paulista continua em queda livre e a cada rodada se complica na classificação. A equipe santista como sempre tornou um jogo que era fácil em difícil, e com o São Paulo ainda perdendo um pênalti.
Com a vitória o Santos assumiu a 4ª colocação no G4, mandando o Palmeiras para a 5ª.
No Nilton Santos no Rio de Janeiro, o Atlético dominou o Botafogo, saiu à frente do marcador, perdeu um pênalti que foi defendido por Jefferson, que retornou de uma longa inatividade e se tornou o nome do jogo, e no final foi castigado com o empate por conta de uma penalidade.
O Placar de 1x1 representou a cara do time da Estrela Solitária, que nunca se entrega, mesmo sendo inferior no jogo.
NOTA 3- A RAZÃO DO EQUILÍBRIO NA SÉRIE B
* Com o final da 12ª rodada da Série B, o G4 trocou apenas de posições entre os dois líderes, por conta da vitória do Juventude contra o Guarani, acontecendo a inversão entre esses, mas os que estão no G4 são os mesmos.
A embolada continua, com a diferença do 10ª colocado para o 4º, que é o último candidato ao acesso é de 4 pontos.
Quatro clubes contemplam a mesma pontuação (16), Internacional, CRB, Paraná e Londrina, ou seja com uma vitória e uma derrota do Vila Nova irão alcançar uma vaga no grupo maior.
Os disputantes sobem ou descem muitos degraus em uma única rodada por conta do nivelamento que é feito por baixo, sem um grande destaque que deveria ser do Internacional.
O equilíbrio está sendo pautado pelos números dos empates, que reduz as diferenças, e isso é que está segurando a competição.
Nessa 12ª rodada esses somaram 4 (40%), 3 vitórias dos mandantes (30%) e 3 dos visitantes (30%).
No geral os donos da casa tem 49 vitórias (40,8%), e os que visitam 34 (28,3%) e 37 empates (30,9%).
O empate distribui um ponto para cada disputante, e caso tivesse um vencedor esse levaria três, alargando a pontuação.
Pelas nossas previsões o alargamento só irá acontecer no final desse turno, quando os pontos irão dar uma distância maior entre os disputantes.
Até lá o elevador irá funcionar.
NOTA 4- O SPORT FECHA A RODADA CONTRA O CORITIBA.
* A 12ª rodada do Brasileirão será encerrada na noite de hoje entre o Coritiba e Sport, no Couto Pereira.
O rubro-negro de Pernambuco vem de duas vitórias seguidas, fato esse que não ainda não tinha acontecido na competição, inclusive a primeira fora de casa contra o Santos.
Nos últimos 5 jogos, dos 15 pontos disputados o Sport somou 8, com um aproveitamento de 53,3%. Como visitante conquistou apenas 4 pontos dos 18 jogados (26,67%).
O Coritiba que já esteve na liderança da competição, nas cinco últimas rodadas não ganhou uma única partida, e somou 3 pontos (20%).
Como mandante somou 12 dos 15 pontos que exibe na tabela de classificação, com um aproveitamento de 66,67%.
Um jogo equilibrado, e que poderá ser diferenciado por conta do mando de campo que é o trunfo do time paranaense, mas uma vitória do Sport não pode ser descartada, desde que o ataque do Coxa é o que perde mais gols na competição. É cardíaco.
NOTA 5- PROFISSÃO DE RISCO
* No Brasil a profissão de técnico de futebol é de alto risco, com o mesmo grau de dificuldade de presidentes e/ou executivos de empresas de capital aberto.
Para que se tenha uma ideia de nossa realidade o profissional mais longevo no Brasileirão é Zé Ricardo, com apenas 13 meses no comando do Flamengo.
Números:
Oito mudanças de técnicos já aconteceram na atual competição,
26 trocas de treinadores aconteceram em toda a Série A de 2016,
32 saídas ocorreram no Brasileirão de 2015.
Segundo o ranking da UEFA, a Série B do Campeonato Brasileiro é o torneio que mais demite técnicos no mundo. O levantamento foi feito no biênio 2014/2015. São 3,1 trocas por time em média.
A Série A teve uma média de 1,7 troca no mesmo período, ficando em oitavo lugar no ranking. Em 2016, o ritmo de demissões nessa Série foi menor do que agora.
Nas 11 primeiras rodadas do ano passado foram seis trocas.
Por conta disso é que temos um futebol avacalhado, e dirigido de um sanatório geral, quando não consegue dar uma estabilidade ao personagem que tem a maior influência nos bons resultados, fazendo trocas como uma brincadeira de rua.
JJ: Com relação ao jogo do Grêmio contra o Avai, o time fez uma boa partida, não se intimidou com a torcida gremista, e realmente quebrou as bancas, desde que ninguém que acompanha o futebol faria uma previsão favorável a esse. O goleiro foi uma peça importante, mas o conjunto foi excelente. O time gaúcho completou três jogos com derrotas.
0#2RE: NOTAS AVULSAS —
ANTONIO CORREIA10-07-2017 12:07
JJ: SOBRE A NOTA 5 É INCRÍVEL QUE NUMA COMPETIÇÃO COM 20 CLUBES O TREINADOR MAIS LONGEVO É AQUELE QUE TEM 13 MESES DE CLUBE. A VOLATIDADE É IGUAL A DOS MOTEIS.
0#1Humanizando os certames —
Beto Castro10-07-2017 11:38
Este problema crucial da Nota 5 será inteiramente resolvido quando os certames e copas forem humanizados para os atletas, treinadores e dirigentes, com o banimento definitivo dos atual sistema carcomido, ultrapassado, anacrônico e velhaco de acesso e descenso através da degola anual de 12 condenados a defunto. Os certames nacionais, regionais e estaduais só terão sucesso quando os dirigentes suicidas adotarem o sistema misto de escolha dos clubes através da interdependência das competições, com paridade, distribuição científica de recursos pelo ranqueamento e escolha mista como sugiro na minha proposta do outro artigo. Desde modo acabaríamos com o excesso de jogos, dividindo os certames em mais chaves de 10 e 12 clubes como era no passado, preservando a integridade física dos atletas e melhorando as condições de trabalho dos treinadores e dirigentes. Mas, para isto, é preciso refletir, pensar, criar, inovar e também ser humanista e solidário com o próximo.
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