O presidente do Atlético Mineiro para justificar a saída do técnico Roger Machado utilizou velhos chavões que mostram de forma clara que a cartolagem não tem a menor criatividade, são ventríloquos.
Segundo esse o ¨futebol é de resultado¨, ¨mudar de técnico faz parte da cultura¨, e ¨pecar por ação é melhor que pecar pela omissão¨
Sem duvida estamos na Era da Imbecilidade. Quando acontece algo de errado no Brasil, sempre se tenta encobrir o fato como se fizesse parte de nossa cultura.
A cultura é o jeitinho brasileiro, a cultura de se chegar atrasado a um encontro, a cultura de se fazer as coisas em cima da hora, a cultura de propinas, a cultura dos ladrões do colarinho branco, a do rouba mas faz, são partes integrantes do sistema.
De cultura em cultura nos vamos sobrevivendo.
O futebol tem suas culturas, e uma das mais perniciosas é sem duvida a da dança das cadeiras com a demissão dos treinadores. Quando o time vai mal muda-se o seu comando como solução.
No atual Brasileirão em 15 rodadas realizadas, doze clubes mudaram de técnicos, sendo que o Vitória é bicampeão em demissões, com a saída de Alexandre Gallo do Vitória no dia de ontem, que foi o segundo no Brasileirão.
Em dois dias, quatro técnicos dançaram. Além de Gallo e Doriva, tivemos as saídas de Pachequinho (Coritiba), e Roger Machado (Atlético-MG).
Não existe no mundo algo igual ao modelo brasileiro de dirigir o futebol. A falta de planejamento conduz a tais atitudes. Contratar um treinador é algo bem relevante, já que esse terá a responsabilidade de conduzir um barco com um projeto de navegação para a obtenção de sucesso.
Nada disso acontece, se contrata por contratar, sem que seja analisado se o seu perfil poderá se encaixar no projeto desejado para o futebol do clube.
A palavra cultura nesse caso é mal aplicada, que deveria ser substituída por irresponsabilidade, desde que a cada começo e recomeço existe um tempo perdido, recursos jogados fora, e um elenco contratado pelo demitido que será reformulado.
Saída de treinadores no futebol brasileiro é tão comum como a venda de bananas em nossas feiras livres.
Na maioria dos casos as trocas não dão certo, e um exemplo temos no atual Campeonato, quando apenas duas entre as onze mudanças deram resultados, a do Santos com Levir Culpi, e do Sport, com Vanderlei Luxemburgo, os demais ou continuaram como estavam ou caíram na tabela.
A falta de visão dos nossos dirigentes é exemplar, que ainda não entenderam que tais mudanças na maioria dos casos não resolvem o problema por estar entranhado na infraestrutura dos clubes, que é do tempo dos Dinossauros.
O mais grave é que tudo isso acontece, e a análise procedida é simplória, sobretudo sem a busca das raízes dos problemas, e em especial por não refletir os prejuízos que a cada saída deixa nos cofres dos clubes.
Na verdade a dança das cadeiras é a cultura da avacalhação, e que deveria ser banida, inclusive de forma legal, com normas emanadas, dando maiores garantias aos treinadores.
Comentários
0#2RE: A CULTURA NEFASTA DO FUTEBOL BRASILEIRO —
CARLOS EDUARDO22-07-2017 15:59
JJ: SE OS DIRIGENTES PAGASSEM DOS SEUS BOLSOS ESSES PREJUÍZOS, CERTAMENTE PENSARIAM DUAS VEZES AO CONTRATAR UM TÉCNICO.
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