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Escrito por José Joaquim

Há um bom tempo lemos um artigo do jornalista Luciano Martins Costa, publicado no site ¨Observatório da Notícia¨ o qual afirmou que o ¨o futebol é a doença infantil do jornalismo brasileiro¨.

Na ocasião ele lembrou que Vladimir Ilich Uliyanov (Lenin), no ano de 1920, em um ensaio pubicado, criticava a esquerda alemã por tentar isolar os dirigentes partidários das massas operárias, acreditando que saberiam buscar os seus objetivos.

Na ocasião fez uma analogia com a imprensa esportiva, que finge que o futebol pode ver tudo só com o talento e a torcida, apesar dos problemas com a estrutura dirigente das entidades esportivas.

Nada melhor para caracterizar o nosso dia a dia, quando o futebol brasileiro é tratado como o sarampo que em época antiga era uma doença infantil, e que batia em todas as portas. Hoje existe a vacina, mas nesse esporte essa ainda não foi utilizada.

O jornalismo esportivo deixa de lado o seu espírito crítico quando a bola começa a rolar, e esquece o seu dever de formador de opinião. Alguns jogos são de baixa qualidade, mas os comentários nos levam à Ilha da Fantasia, quando mostram fatos que não aconteceram.

Os desmantelos que acontecem nesse esporte são esquecidos, para dar lugar as louvações e ufanismos.

Ignorar os fatos, como os abusos cometidos na organização das competições, tabelas alopradas, horários pornográficos, distribuição de receita indecente, entre outras, é sem dúvidas um comportamento infantil.

A bola de uma competição é objeto de manchetes nas mídias, mas não se discute a realidade que acontece nos eventos realizados, na maioria com jogos fracos e sem público. Esquecem que mais de 500 clubes hibernam por sete meses no ano.

A cobertura do dia a dia dos clubes é chapa-branca, um verdadeiro feijão com arroz, mais parecendo com uma assessoria de imprensa. Todos comem o prato feito com antecedência.

Criaram as famosas e grotescas entrevistas coletivas que são do nada para o nada. As mesmas conversas, as mesmas palavras na maioria sem conteúdo. Uma verdadeira plastificação. Muitas vezes ouvem um assessor de imprensa, que também nada de útil produz.

Poucos conseguem levantar os reais problemas, e as coisas erradas que acontecem no entorno dos clubes. Aqueles que ousam divulga-las, ou são barrados na portaria, ou ameaçados com a perda dos empregos. Um exemplo recente vem de Eurico Miranda presidente do Vasco da Gama, que proibiu a entrada dos jornalistas da ESPN de ingressar nas dependências do clube.

O mais grave é o viés humorístico que tomou conta dos programas da televisão, que estão se tornando de um humor pé de escada, sem graça, depreciando o futebol.

O jornalismo é fundamental para a democracia, e nos esportes é da maior importância por ter o poder de comunicação, e por conta disso a sua opinião e crítica são fundamentais, com um grande potencial de alavancagem para o segmento, que necessita muito de divulgação, mas, sobretudo, olhando para as mazelas que o aflige.

Sem um bom jornalismo não teremos um futebol de qualidade, em especial na luta contra os desmandos que tomaram conta desse esporte, e que poderia contribuir para a quebra do modelo que hoje está enraizado nesse.

O quarto poder tem que realmente assumir a liderança do processo, e a sua contribuição  é um dos pontos mais importantes tanto para a sociedade, como para desenvolvimento desse esporte.

Mamão com açúcar é bom no café da manhã, e não para os nossos noticiários.

Pelo que acompanhamos, o futebol brasileiro dorme na ilusão de um berço esplendido como também acontece no país, quando na verdade ambos vivem em um esgoto sanitário. 

Comentários   

0 #2 RE: O FUTEBOL NO BRASIL É TRATADO COMO SARAMPOCARLOS EDUARDO 09-08-2017 14:23
JJ: Existe uma alienação no jornalismo esportivo. Na televisão é mais grave com pessoas sem o menor preparo fazendo comentários, inclusive ex-jogadores. Muitas vezes tiro o som e ouço o rádio que também não é grande coisa. Na verdade o nosso jornalismo não tem a independência para exercer a sua profissão e vive de fora constante com o perigo de demissão por não atender a sua editoria ou do dono do veiculo de comunicação.
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0 #1 A Doença Infantil do AparelhamentoBeto Castro 09-08-2017 11:01
Nunca haverá esse quarto poder fajuto enquanto os principais órgãos de imprensa são de propriedade de nazistas da propaganda repetida da lavagem cerebral e os jornalistas são ameaçados cotidianamente para dizer amém aos interesses de seus patrões intrujões ou irão para a rua da amargura. Esse conluio do futebol que permeia a principal rede de TV que é dona e financiadora das cinco gangues (Edificio sem Nome+Doze Tribos+Plaqueiros dos Pixulecos+Capitães do Mato Atravessadores de Pè de Obra+Centuriões Lagartixas Propinados) está muito acima dos paupérrimos lagartixinhas. Tudo foi aparelhado para a manutenção da iniquidade e a extinção planejada de toda a estrutura do sistema federal de futebol, inclusive deles próprios, os alucinados dos pés furados. A Lembrança de Lenin vem bem a calhar, porquanto o sistema ditatorial se espelha no velho comunismo e nacional socialismo da velha Europa de Guerras, onde os barbudos maduros de raça pura brincam de roleta russa institucionalizada numa verdadeira preparação para uma guerra fratricida tipo Sírio-Libanesa do Califa da Meia-Noite da Carne Fraca. A banda podre dos turcos sonegadores e reis da apropriação indébita dos descontos salariais embolsados passa dos R$ 6 trilhões e os ladrões alucinados querem tirar todos os últimos direitos dos escravos e aposentados da fome como se pudessem viver sem eles, enquanto isentam e perdoam as dívidas tributárias da mão grande de magnatas agiotas, latifundiários e midiotas. Não haverá suficiente abolicionistas para parar os traficantes de seres humanos. Agora, os mongoloides ameaçam o mundo com o Apocalipse de Kim Jong Um sob o comando do Trumphinha Maluco. A volta dos Manicômios Judiciários é inadiável. Os jumentos retardados reclamam da carga tributária, enquanto se apropriam das taxas da Previdência para comprar iates e coberturas bilionárias e aparelham as suas igrejas dizimadoras de Satanás. Até Francisquinho Bórgia de São Lourenço já entrou no esquema do fogaréu do aquecimento das máquinas de guerra. Os destros da Casa Grande de Hitler e Mussolini são insaciáveis e os bolivarianos das mulas sem cabeça são robôs de Fidel Stalin e Mao Tse Tungão Finge Pin.
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