O Santa Cruz virtualmente está rebaixado, muito embora matematicamente ainda tenha 3% de chances para fugir do carrasco da degola que faz plantão no Arruda por um bom tempo. Algo impossível de acontecer.
Nenhuma novidade. Sem grandes recursos, gestores amadores, o projeto da Série A não foi formulado, e o improviso reinou, inclusive na contratação de mais de uma dezena de jogadores, que pouco ou nada produziram. Pau que nasce torto, cresce torto. Esse ditado traduz a realidade do tricolor.
Um time com cara de Segunda Divisão certamente teria dificuldades na permanência na Série A. Mesmo uma criança de uma escola brasileira que não ensina nada, tinha a convicção que isso iria acontecer. Em diversos artigos mostramos que o elenco estava longe da realidade, embora bem esforçado, e que mudança de treinador em nada iria acrescentar, desde que o buraco era mais profundo.
Tivemos na manhã de ontem o jogo dos desesperados, e o menos ruim no caso o Figueirense, ganhou do mais ruim, o Santa Cruz. pelo placar de 3x0. O time catarinense festejou, mas em breve irá chorar desde que é um dos mais sérios candidatos ao rebaixamento, junto com o América-MG e o seu adversário de ontem.
A campanha do tricolor pernambucano é bem fraca. Os números mostram de forma clara a razão porque esse clube se encontra no fundo do poço, e sem uma corda para salva-lo.
Em 27 jogos somou apenas 23 pontos, menos de um por jogo. Tem a defesa mais vazada com 44 gols, completou 16 derrotas, faltando apenas três para a sua despedida da competição, posto que nenhum clube com esse número conseguiu escapar, conforme as estatísticas.
Para que se tenha uma ideia exata da realidade do Santa Cruz, a sua campanha no returno é inferior ao do lanterna América-MG. Dos 24 pontos disputados o time mineiro conquistou 8, enquanto o pernambucano somou 5. Tais números mostram de forma cristalina uma curva descendente já firmada e irreversível.
Há anos que falamos em planejamento no futebol, que independe de recursos, e temos um exemplo na própria competição que é do Chapecoense, que consegue fazer um Campeonato digno por conta de sua organização.
Mesmo com poucos recursos um clube pode fazer uma boa campanha de manutenção, mas no caso dos nossos, esses passam o ano todo improvisando e contratando, como isso fosse as suas salvações. O cartola pernambucano tem uma paixão pelo aeroporto.
Existe um velho ditado grego de que ¨Uma andorinha só não faz verão¨, e no caso do Santa Cruz ficou escrito que ¨Um Keno só não faz verão¨.