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Escrito por José Joaquim

Quantas vezes discutimos sobre a falta de uma gestão profissional no futebol de Pernambuco?

O seu atual momento é sem duvida a razão da falta de um comando competente tanto na entidade que o administra, como nos principais clubes.

Hoje dirigente de futebol na sua maior parte em todo o Brasil, serve apenas para criticar arbitragem ou trocar desaforos com os dos times rivais, e nada mais. Na realidade falta-lhes preparo.

Ingressam no comando do clube pulando de paraquedas, de gestão esportiva são frágeis, e com o agravante o de não saberem contratar um CEO para dirigir o clube com competência profissional.

Os contratados em sua maioria, são iguais aos cartolas, não sabem o alfabeto de um modelo de gestão.

Um futebol que contrata 93 jogadores numa temporada mostra de forma clara que não teve o planejamento adequado.

Trata-se de uma insanidade.

Os cartolas são amadores de carteirinha, e trabalham dessa forma, e tem como sua maior alegria a de apresentar profissionais contratados nas entrevistas coletivas.

Um futebol que contrata 11 técnicos numa temporada é sem duvidas o retrato da ausência de um projeto a médio ou mesmo longo prazo tão necessário para o seu futuro.

A federação de futebol conseguiu destruir o que restava desse esporte em nosso estado, através de campeonatos sem pé nem cabeça, e com um agravante o de exterminar os clubes do interior.

Nem os regulamentos das competições os seus cartolas são capazes de fazê-los, e o retorno está nas participações pífias de todos os clubes que disputaram, ou estão disputando as divisões nacionais.

O que falar dos clubes com gestões de terra devastada.

Santa Cruz e Náutico passaram a temporada fingindo que pagavam seus jogadores, esses fingindo que jogavam, de acordo com a famosa Lei Vampeta.

O Sport é um clube terceirizado, com um presidente que entende de direito, mas de gestão esportiva não passou do Jardim da Infância, e o retorno negativo está sendo apresentado aos seus torcedores.

Com tais procedimentos o único caminho seria o fundo do poço, o qual o futebol de Pernambuco já chegou por um bom tempo.

Agregada a tais situações complicadas, também temos uma imprensa que não contribui para mudar o processo, acomodada e satisfeita em divulgar o trivial e deixar de lado o real.

A participação desse segmento é  muito importante para o debate, mas como esse não vem, vamos assistindo a derrocada de um bom produto, cuja safra teve uma colheita fraca.

Os cartolas de hoje não são mais como os de antigamente.

Comentários   

0 #1 DesorganizaçãoAndre Angelo 26-09-2017 10:10
Será que é coincidência o fato de que, desde que criaram a "jenial" fórmula do Hexagonal do Título e do Hexagonal da Morte, os times pernambucanos (à exceção do Sport em 2015) têm feito campanhas ruins nas Séries A, B, C e D?
Com um regulamento esdrúxulo como esse, é certo que jamais formaremos times competitivos, uma vez que a ausência de jogos duros no interior faz com que os times da capital virem times acomodados, desacostumados com jogos muito acirrados, com adversários jogando pela vida no outro lado. O resultado: quando chega o campeonato brasileiro, é isso aí o que vemos.
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