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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A SOFRENCIA CONTINUA

* Santa Cruz e Náutico fizeram o que todos esperavam, não venceram os seus jogos pela 26ª rodada do Brasileiro da Série B.

A vitória para ambos fazia parte do aleatório.

O tricolor jogando em casa contra o Ceará, empatou em 0x0.

Segundo os comentários que lemos, ambos perderam muitos gols, e por conta disso não saíram de tal resultado.

Mas, pelas informações que recebemos vindas do Recife, essas nos informaram que o jogo não teve a menor pitada de sal, e no final o placar foi justo. Não foi bem digerido.

O estranho foi o técnico Marcelo Martelotti do time coral achar que o empate em casa foi bom, quando na verdade foi péssimo para os dois contendores que poderiam ter avançado mais na competição.

Se o Figueirense não empatasse (fora de casa), o Santa Cruz estaria de volta ao aconchego. Quanto ao Ceará, esse assistiu o Vila Nova e Paraná vencerem, e firmarem-se na zona do acesso.

Sobre a partida do Náutico não temos nada a comentar, posto que era impossível algo melhor do que os 3x0 da sua derrota para o Paraná.

Nenhum alvirrubro, ou um simples mortal poderia achar que a equipe iria fazer um algo mais.

O único por dever de ofício que  trazia essa esperança era o técnico Roberto Fernandes, e pelas suas declarações ainda sonha tirar o time da Rosa e Silva da zona da degola.

Deve acreditar em Papai Noel e Chapeuzinho Vermelho.

A distância do alvirrubro para o primeiro clube de fora da zona do rebaixamento aumentou para nove pontos, e com um agravante com relação aos números que serão disputados, que estão reduzidos a 36.

Com relação a equipe paranista, essa continua firme e forte e marcha para o acesso após 10 anos de espera, e hoje está jogando o melhor futebol entre os vinte disputantes.

Nem a reza que solicitamos dos torcedores do Santa Cruz deu certo, como a sofrencia do torcedor do Náutico continuou.

Pelo andar da carruagem  que está bem lento,  no final da competição poderemos ter esses dois clubes rebaixados.

Os números não são favoráveis.

NOTA 2- O BIOMBO DOS CARTOLAS E TREINADORES

* Os vídeos com a atuação dos árbitros que estão sendo remetidos pelos dirigentes dos clubes disputantes, endereçados à Comissão de Arbitragem do Circo já viraram uma rotina chata, desde que nada se resolve e tudo permanece como dantes.

As lambanças continuam nos gramados.

Na realidade a arbitragem brasileira é tão deprimente como o futebol que é apresentado pelos times. Raros são os jogos nas duas maiores divisões que podem ser considerados como de bom nível.

Numa maioria esmagadora esses são fracos e sem qualidade.

As falhas dos apitadores são grotescas, modificam os resultados das partidas, mas são oferecidas para os dois contendores.

Tais fatos estão servindo de biombo para os treinadores quando seus times são derrotados.

Esses nunca erram, e sempre apontam o árbitro como o vilão do jogo, por conta do resultado.

No pós jogos só ouvimos lamúrias de perdedores, tanto dos técnicos, quanto dos cartolas.

Quando vencem e o rival foi prejudicado, todos ficam mudos.

Para esses pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Poucos são os profissionais que assumem a culpa da derrota, por ter formatado mal a equipe. Outros que formam a maioria, jogam o peso nos árbitros e nos jogadores. 

Na verdade o treinador de futebol no Brasil nunca erra, quando perde coloca a derrota nos ombros de terceiros, e quando vence é o único vitorioso, por conta de uma armadilha bem implantada.

Vivenciamos o futebol brasileiro por uma longa vida, e jamais vimos uma mediocridade tão explicita nesse segmento, sendo que no item de reclamações já foi extrapolada a sanidade.

A arbitragem tupiniquim é ruim por natureza, mas em compensação também são fracos os treinadores, jogadores e dirigentes.

Como diz um velho ditado português, é muito peixe para pouca água.

Não aguentamos mais o mimimi, e queremos futebol.

NOTA 3- DEVAGAR, DEVAGARINHO

* A média de público do Brasileirão de 2017 está andando de forma bem devagar, devagarinho.

Embora com 250 jogos, essa supera a geral do ano anterior, mas com uma diferença pequena.

A cada rodada o público vem diminuindo.

Trata-se do efeito do abandono da competição por alguns clubes.

O público pagante da 25ª rodada foi de 147.469, contando com a boa ajuda do Morumbi no jogo São Paulo e Corinthians com 61.142, 43% do total.

Com exceção dessa partida entre os times paulistas, nenhuma outra ultrapassou a média de 20 mil pagantes.

Mais uma vez na temporada, o público não conseguiu pular a barreira de 15 mil pagantes por jogo, ficando em 14.176. 

O número de torcedores presentes nos estádios, em todas as partidas realizadas (250), somou 3.894.881, uma média de 15.705 por jogo.

Tais detalhes caracterizam um futebol abandonado pelo consumidor, que na verdade vem acontecendo.

O futebol brasileiro é muito pragmático, o placar de 1x0 já aconteceu por 35 vezes (14%).

Na distribuição dos diversos resultados, os mandantes ganharam por 109 vezes (43%), 79 vitórias dos visitantes (31%), e 64 empates (26%).

Embora tenha reduzido o percentual, jogar em casa ainda é um bom prenúncio de vitória.

E assim segue a cambaleante Série A, feito bêbado em fim de festa.

NOTA 4- A ESTRUTURA DO BENFICA É DE ALTO NÍVEL 

* Alguns clubes brasileiros tem boas estruturas no seu futebol, mas na comparação com o Benfica de Portugal, que não está no TOP 5 dos maiores clubes da Europa, esses ficam bem longe.

O Estádio da Luz, de sua propriedade, foi edificado para a Eurocopa em 2003, mas continua bem conservado, é um excelente local para eventos importantes.

O metrô fica a menos de 100 metros de distância.

Ao redor do estádio existem vários bares, restaurantes, lojas, o setor administrativo, televisão Benfica, Rádio que transmite os seus jogos, e um Museu de alto nível, em três pavimentos com toda a história do clube.

Um modelo interessante em alguns setores, quando mostra a história do clube de um lado, e do outro a do mundo, em especial do país. 

Nenhum clube brasileiro tem algo parecido.

O visitante paga 12 euros para ingressar nessa dependência, mas na verdade vale a pena, com o destaque para um local destinado ao grande ídolo do clube, Eusébio, que aparece em um filme falando sobre a sua vida esportiva.

O Benfica tem cerca de 160 mil sócios pagantes, e conta com uma administração profissional.

Um bom exemplo para o esporte brasileiro, cujos clubes só pensam no futebol, e de forma errada.

A equipe rubra de Portugal tem diversas modalidades esportivas, que disputam os campeonatos locais e europeus.

Uma visita produtiva e que não será esquecida.

NOTA 5- NÚMEROS QUE PREOCUPAM

* Uma pesquisa feita pelo Ibope-Repucon, apresentou o número de brasileiros que torcem também para clubes do futebol europeu.

Os entrevistados pertenciam a faixa etária que variava entre 18 e 29 anos.

Os resultados foram os seguintes:

Nenhum- 31%,

Barcelona- 25%,

Real Madrid- 11,9%,

Manchester United- 6,1%,

Chelsea- 4,6% e,

Bayern de Munique- 3,4%.

Comparados a pesquisa de 2015, o clube que mais cresceu no meio dos torcedores brasileiros, foi o Real Madrid, saltando de 11,9% para 18,0%.

Efeito Cristiano Ronaldo e as conquistas de títulos.

É realmente uma grande concorrência, que já é firmada na compra de camisas nas lojas de materiais esportivos, que segundo a Centaurus, o Barcelona ocupa a terceira posição, um pouco abaixo de Flamengo e Corinthians.

Os torcedores tem bom gosto.

NOTA 6- INTERNACIONAL E AMÉRICA-MG FECHAM A 26ª RODADA DA SÉRIE B

* Os resultados da noite de ontem nos nove jogos da Série B, foram positivos para o Vila Nova e Paraná, que saíram vencedores nos seus encontros com o CRB (3x0) e Náutico (3x0), respectivamente.

O Juventude perdeu a chance de se aproximar do G4 e passar o rival cearense ao ceder o empate ao lanterna ABC (1x1), enquanto o Oeste com mais uma vitória sobre o Londrina (4x1), aproximou-se desse grupo maior e pode até sonhar com uma vaga para o acesso.

Em Pelotas, o Luverdense obteve uma excelente vitória sobre o Brasil (1x0), escapando da foice do carrasco da degola, assim como o time do Paysandu que de virada venceu em casa o Guarani (2x1).

A equipe de Campinas está solicitando e orando para ser rebaixada, mas os rivais da parte de baixo não atendem. 

Finalmente o Goiás, que está a cada rodada adentrando em um beco sem saída marchando firme para a degola, jogando em Varginha foi derrotado pelo BOA por 2x0.

A rodada será encerrada na noite de hoje com um jogo para a disputa do título de campeão, entre o líder Internacional e o vice América-MG, ambos com a mesma pontuação.

Um encontro do melhor mandante, no caso o Colorado, e o segundo melhor visitante, o Coelho de Minas Gerais.

Um bom jogo para ser assistido, como também a final da Copa do Brasil entre Cruzeiro e Flamengo.

O que podemos afirmar que faltando apenas 12 rodadas da Série B, as situações estão ficando bem definidas, tanto na parte de cima, como na de baixo.

Não acontecerão surpresas.

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