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Escrito por José Joaquim

Há um bom tempo que estamos alertando os alvirrubros sobre o destino do seu clube.

Ano, após ano, a sua situação vai se deteriorando, e pelo andar da carruagem o Náutico está se afundando no abismo profundo do Grand Canyon, quase impossível de conseguir uma saída.

O mais recente episodio envolvendo a agremiação com o seu time sub-17, é nada mais, nada menos, do que a aceleração do processo de apequenamento que tomou conta do clube da Rosa e Silva.

O fato mais grave que deve ser destacado, é que os alvirrubros parecem que não perceberam o que vem acontecendo na vida da entidade, e não sentiram os problemas que estão advindo que com certeza o levarão por um caminho tortuoso e sem volta.

A vergonha na Copa do Brasil de Sub-17 em não colocar um time com número legal para iniciar a partida demonstra como anda a sua gestão.

Embora longe do Recife recebemos bem cedo a notícia através do amigo jornalista Claudemir Gomes, que nos enviou a Nota Oficial publicada pela diretoria executiva, que na verdade não justificou o injustificável, desde que se não tivessem atletas para a competição, deveriam com antecedência solicitar a sua saída, e não protagonizar algo que deslustrou mais a sua história, e na presença do adversário, Atletico-MG.

Qual a imagem do Náutico que o time mineiro levou? 

O futebol de Pernambuco que já está na UTI há um bom tempo, teve mais um fato constrangedor que irá piorar a sua doença, que segundo os médicos é terminal.

Jogar a culpa na diretoria anterior serviu apenas para encobrir o erro crasso e grotesco que foi cometido, ou seja o de tentar registrar jogadores para a competição sem o devido tempo hábil.

Qualquer gestor esportivo que conheça a burocracia que existe para tal fim, saberia que isso não iria acontecer, e deu no que deu.

Na Nota Oficial a diretoria alvirrubra afirma que o clube voltará a ser formador e revelador de talentos e ocupará o seu espaço.

Trata-se de algo correto e que representa o futuro de qualquer agremiação, mas demandará um longo tempo, e até lá ninguém poderá dizer qual o seu destino final.

O Náutico perdeu uma geração de possíveis torcedores, que estavam iniciando a sua escolha por um time de futebol à partir dos 10 anos, que buscaram aqueles rivais que estavam em maior evidência, e tal fato é uma perda irreparável, e que abalou a sua vida financeira.

Os torcedores desapareceram, no atual Brasileiro da Série B é o 13º colocado no Ranking de bilheteria, com uma media de 3.612 por jogo.

Poder-se-ia dizer que isso só está acontecendo por conta da péssima campanha que o time está realizando, mas o São Paulo desmente essa teoria, quando está na segunda colocação nesse segmento no Brasileirão, colado no Corinthians que é o líder da competição, enquanto esse continua na zona da degola.

Na realidade desde 2004 que o alvirrubro não ganha um titulo, mesmo o estadual, e sem vitórias, sem troféus, serão menos simpatizantes, que produzem um efeito cascata que bate em suas finanças, e finalmente chegou ao Grand Canyon quando está na beira do rebaixamento para a Série C.

O problema do clube é a sua divisão autofágica, onde os grupos se digladiam enquanto esse sofre.

Ou os alvirrubros se unem, ou teremos em pouco tempo um novo América que na década de 50 era um dos nossos grandes clubes, e que hoje sobrevive através dos herdeiros da família Moreira, e conta apenas de uma torcida que não chega a 100 pessoas.

Ou todos acordam, ou então o Timbu vai para o abismo, e com ele uma rica história do futebol de Pernambuco.

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