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Escrito por José Joaquim

Há algum tempo publicamos uma postagem sobre o atual futebol de Pernambuco, e fazíamos um convite para a missa de Réquiem pela alma desse defunto, que foi realizada na rua Dom Bosco.

A sociedade atendeu de bom grado, lotando as suas dependências. O sermão foi magnífico. Todos choraram.

Na realidade não existe a necessidade da participação de gênios para que se possa entender a situação que estamos vivenciando, com os três clubes que estão disputando as duas maiores divisões nacionais alocados na zona de degola.

Era sem duvida uma morte anunciada.

Acompanhamos bem de perto o futebol de Pernambuco há dezenas de anos, e nunca constatamos modelos de gestões como as atuais, tanto nos clubes, quanto na federação local.

São fracas e desprovidas de bons conhecimentos.

Hoje os nossos clubes não são perseguintes para objetivos maiores, e sim para fugir de um desastre total.

Estamos perseguindo uma pequena luz no fundo do poço, mas somos perseguidos por aqueles que também lutam por uma longa corda que possa tira-los do fogo do inferno.

Os torcedores protestam por conta do que vem acontecendo, mas na verdade passaram o ano todo mudos mesmo sabendo que a situaçao já era bem constrangedora.

Quantos alertaram os clubes demostrando de forma real que o futuro não seria promissor?

E a nossa imprensa que teve uma queda paralela aos clubes, que foi incapaz de uma análise profunda do tema. Se preocupou com o trivial, e esqueceu do conteúdo. Gasta papel e tinta para falar sobre o Íbis e deixa de lado uma debacle que poderá arruinar o futebol local, e que irá arrastar a todos.

No caso do Sport o mais recente habitante da zona da degola, poucas vozes foram ouvidas.

A nossa sempre esteve altiva, forte, desde que é livre e independente para falar a verdade, e fizemos, mostrando sempre que a sua gestão era atabalhoada, fora do eixo, sem a menor visão estratégica, e que não tínhamos duvida que cedo ou tarde a queda iria acontecer.

Os dirigentes do futebol nacional, em especial os nossos julgam-se acima de tudo e de todos.

São verdadeiros Deuses no Olimpo, e vaidosos ao extremo, para não trocarem ideias com pessoas que entendem do riscado e que pensem.

Deuses não falam com simples mortais.

Há pouco o presidente do Sport convocou grupos de 50 pessoas para discutir o futebol do clube. Um chamado grotesco.

Na primeira reunião compareceram apenas três, que devem ter dado uma grande ¨contribuição¨.

Uma demonstração de quem está perdido no tempo e no espaço.

Não é o momento de pedir a sua cabeça, como as dos demais cartolas dos clubes rivais que enfrentam situações idênticas, e sim mostrar que apesar de tudo que vem acontecendo, ainda existe uma tênue luz que possam transforma-los em bons perseguintes, na busca de uma saída, que a cada dia torna-se mais difícil.

Pelo menos por nossos cálculos, um poderá escapar.

O modelo do futebol de Pernambuco está ultrapassado, e tem como maior foco o estadual que não vale um tostão furado. O campeão de 2017 está na Z4 do Brasileirão.

Ou muda-se o sistema vigente entregando-o a profissionais do ramo, ou então as carpideiras irão continuar a chorar pelo falecido que já teve bons momentos em sua história.

Lamentável

Comentários   

0 #2 RE: OS PERSEGUINTESRUBRO-NEGRO 04-10-2017 18:27
JJ: Obvio que estamos no fundo do poço em nosso futebol. Pernambuco é um exemplo latente de péssimas gestões, e sobretudo da sua Federação, que só tem pirotecnia e nada faz. Não tenho a menor visão do futuro, mas pelo que está acontecendo certamente esse será aombrio.
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0 #1 Diagnóstico Certo-Foco ErradoBeto Castro 03-10-2017 13:45
Os problemas do futebol de Pernambuco não são diferentes dos demais 23 Estados excluídos do futebol nacional, além de não ter nada a haver com a existência dos certames estaduais, que ainda são 3 ou 4 meses de alento em direção à passagem para os funerais. O problema não está circunscrito à FPF-PE, mas sempre residiu no pacto de morte firmado pelo Sport com as Doze Tribos da Desgraça Síria em 1987, feito com o propósito de destruir o Náutico e o Santa Cruz. Sem uma drástica mudança no calendário assassino com as reformas e aumento dos participantes nas séries nacionais, o aumento da representatividade do Brasil no contexto continental (de 17% para 50%), uma fonte ampla de financiamento (Brascopa e Fundebol), organização científica dos torneios regionais no número de oito, a interdependência das competições como era no passado para valorização do futebol regional, a realização da série B regional e a realização das Copas Subcontinentais, o futebol pernambucano e brasileiro estão fadados ao fundo do poço. A deterioração do futebol pernambucano é semelhante à destruição da economia dos Estados perpetrada pelos mesmo turcos ladrões que aparelharam o atual golpe de Estado. Portanto, não adianta apontar os problemas e indicar soluções que acabarão de matar os doentes terminais. O sistema atual foi todo montado para a concentração de renda nas mãos de alguns dirigentes de quatro Estados e fazer prosperar apenas as seis gangues que dominam o nosso futebol, que todos os brasileiros já sabem quais são. Em resumo: Dinheiro farto, poder econômico e político às Federações Estaduais (Brascopa-Fundebol) para que tenham autonomia e independência, o mesmo para o Estado Nacional (Copas Subcontinentais) vis-à-vis aos seus concorrentes vizinhos e uma organização participativa impecável do conjunto dos certames em todos os níveis (calendário com aumento de representatividade através do aumento dos participantes qualificados pela interdependência das competições). O sistema ultrapassado, carcomido, destrutivo, anacrônico e velhaco de acesso e descenso seria banido para sempre. Para implantação desta reforma seria necessário um mínimo de conhecimento técnico de organização nacional do futebol e dos demais esportes com a ausência e banimento dos corruptos que o criaram para se locupletar dos seus recursos. Não será possível qualquer tipo de planejamento ou organização para o sucesso, como prega o blogueiro, sem uma visão holística da grandeza do ordenamento territorial e político-administrativo do país. Tudo isto seria facilmente implantado através de um debate democrático num Fórum Nacional com câmeras setoriais como os realizados em 1996 (Rio) e 1998 (São Paulo) com outros quatro nos próximos anos realizados no Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul. Sem democracia não há vida e progresso no nosso país. A incompetência e a má fé dos dirigentes do nosso futebol é um escândalo e um espanto! E agora se repete na República da Cloaca do Pig pelos mesmíssimos intrujões de malas lotadas com o dinheiro público roubado.
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