Apesar da corrupção generalizada, o Brasil é um país democrático, onde bem ou mal os poderes continuam vivos e atuantes.
Obvio que alguns necessitam de mudanças radicais nos seus quadros, especialmente os do Executivo e Legislativo que apodreceram nesses últimos anos.
Com relação ao futebol, o sistema democrático passa ao largo, dando lugar ao oligárquico, que observamos em todos os seus segmentos.
As divergências são fundamentais para uma democracia.
O silencio é maléfico, não permite que se apresente os lados errados e indiquem os caminhos a serem percorridos.
Nesse esporte, vivemos um samba de uma nota só.
Não existe democracia.
Os dirigentes com o poder nas mãos manipulam os seus estatutos, pisoteiam em qualquer sentimento de oposição, dirigem as entidades de maneira ditatorial sem transparência, contando para tal fim com um séquito que balança a cabeça para tudo.
Nas Confederações não há espaço para que oposição possa assumir o poder. Com colégios eleitorais reduzidos, esses são manipulados e muitas vezes cooptados com benesses e outros mimos.
No caso do Circo tendo em vista as mudanças efetuadas na legislação determinando a presença dos clubes da Série B Nacional, nas caladas da noite criaram um mecanismo que alterou o peso dos votos das Federações, que passaram a ter um maior número daqueles somados pelos outros eleitores.
São uns cínicos de plantão.
Nas Federações estaduais os colégios tem maioria absoluta de Ligas e clubes amadores, que são constituídos para garantir a presença dos cartolas por longos anos, com a gravidade de que alguns dos filiados apenas existem no papel.
Quando passamos para os clubes, o fato se torna mais negativo, já que ninguém toma conhecimento do verdadeiro quadro social, inflado muitas vezes no período eleitoral, com os casuísmos de perdão de dividas, que sempre são oferecidos para aqueles que os que apoiam o poder.
Nenhumsócio quer se aventurar a disputar uma eleição, quando essa é totalmente viciada, e as entidades continuam sendo dirigidas para atender muitas vezes aos interesses pessoais deixando o coletivo.
Os associados dos clubes se omitem, na maioria das vezes com receio de represálias da parte das organizadas, que são financiadas pelos cartolas para servirem de tropas de intimidação contra aqueles que desejam mudanças.
O exemplo do Vasco da Gama é bem recente, e teve a interferência da Justiça para a realização de uma auditoria na lista dos associados aptos a participarem do processo eleitoral do clube que ocorrerá no próximo mês de novembro.
Os estatutos de alguns clubes das regiões Sul/Sudeste contemplam um percentual de conselheiros para as chapas derrotadas. É um avanço ter pelo menos uma minoria cobrando e fiscalizando os atos dos dirigentes.
Precisamos, na verdade, de homens de coragem e sobretudo ilibados, que somando as suas forças possam passar por cima de todas as dificuldades, participando de movimentos que apontem os erros que acontecem, e com propostas para um novo rumo.
Os clubes de nosso estado não publicam os seus balancetes mensais, os escondem para que os buracos financeiros não sejam conhecidos.
Enquanto as vozes oposicionistas não são ouvidas, as entidades vão se apequenando, desde que sem as cobranças os dirigentes tornam-se ditadores e os dirigem como tal.
Os laços dessa continuidade nefasta deveriam ser rompidos, com a união dos associados que desejam mudanças e que se comprometam a lutar para esse fim.
Enquanto isso não acontece, as entidades vão sucumbindo e servindo apenas para os que estão no poder e seus áulicos.
Sem uma forte democracia, sem a transparência, o futuro do futebol brasileiro continuará incerto.
Ou muda ou morre.
Comentários
0#2Cumplicidade em cascata —
Beto Castro07-10-2017 03:34
A cascata da cumplicidade começa com os turcos dirigentes de doze clubes que se julgam donos do futebol brasileiro. Diante da possibilidade de uma grande soma de valores da TV, esses representantes da intolerância se reúnem numa grande mesa da editoria de uma revista de esporte e determinam que são os maiorais para sempre seculorum. Com a chancela da TV da ilegalidade que apoia a conspiração, fica tudo acertado para que um turco assuma o atual Edifício sem número e outro turco assuma o Clube dos Doze. Outro turco fica com as placas dos estádios para conseguir pixulecos para o turco do circo mambembe. Vários outros turcos assumem o poder eterno nas Federações e chancelam a conspiração aparelhada pelo turco que Fura que também ganhou o seu cargo. Garantidas as propinas em todos os níveis, o tempo passa na tranquilidade de um mar de rosas com o total aparelhamento da imprensa cor de fezes que também recebe a sua parte espúria no butim. O turco das placas é pego em flagrante delito e é convidado a pagar meio milhão de reais em multas, como sócio atravessador dos pixulecos e contratos midiáticos do camelódromo monopolista. Todas casas e currais vão caindo com os seus velhacos encoleirados, fugitivos, encurralados e denunciados. A cambada da bola continua firme e forte cercando qualquer chance de acusação. Em todos os níveis de poder - nacional, estadual e municipal - as quadrilhas estão infiltradas e destruindo a instituição em benefício de uns poucos conspiradores. A grana corre solta somente para alguns, enquanto a raia miúda dos clubes aparelhados internamente e os sovaqueiras votantes se refestelam nas esmolas do alto. Não há justiça, não há MP, não há polícia federal, não há parlamentos, porquanto todos dissimulam que roubar é normal e corriqueiro. Agora esses sultões e califas migraram para o porão de meia-noite onde pretende vender todo o patrimônio da Nação em troca de comissões. Estupefatos, os pobres brasileiros e patriotas se engalfinham num luta fraticida de palavras vãs e ofensivas, enquanto o Pátria se chafurda na lama do pântano. Voltamos ao tempo dos novos lampiões das explosões bancárias com as volantes dos macacos se embrenhando nas caatingas ressequidas para degolar os membros do PCC e do CV. A escravidão e os velhos abandonados voltaram juntamente com os golpistas da velharia velhaca da UDN e do PSD. Que Deus tenha piedade de nós.
0#1RE: O FUTURO DO FUTEBOL BRASILEIRO É INCERTO —
RUBRO-NEGRO06-10-2017 11:50
JJ; O Sistema só vai ser modificado se acontecer uma operação Lava-Bola em todos os segmentos do futebol. Sem isso tudo irá continuar como se encontra. A sua luta é válida, mas não será vitoriosa, desde que os torcedores e sócios dos cubes são desligados.
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