blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Em uma conversa que tivemos no dia de ontem com um dirigente de uma entidade que faz parte do sistema olímpico do Brasil, esse nos dizia que todos desconfiavam dos procedimentos de Carlos Arthur Nuzman no COB, mas se calavam por conta do grande poder que ele detinha, e principalmente por conta dos recursos que ficavam em suas mãos.

Na verdade era rancoroso.

Tal fato é uma realidade no país. O poder do dinheiro muitas vezes silencia qualquer sentimento de revolta.

Quantas vezes ouvimos de vários dirigentes dos clubes locais, a razão de não contestarem a entidade que administra o futebol local, tudo por conta de possíveis represálias.

Nesse esporte, são raríssimos  aqueles que se manifestam contra os fatos negativos, e é o setor mais anestesiado do país.

Que o diga os cartolas do Circo.

O que acontece no futebol brasileiro é o resultado da ausência de um maior comprometimento, principalmente dos meios de comunicação em especial a televisão, que emburrece o torcedor ao tratar o esporte apenas como entretenimento, e deixa de lado as paixões e emoções.

Quando assistimos alguns programas esportivos, principalmente nos canais abertos, esses são de humor, apresentadores e debatedores procedendo com gestuais programados para o ridículo.

Estão mais preocupados com o que Neymar Junior falou sobre a Marquezine, do que buscar à fundo as mazelas que os afligem.

As analises dos jogos, os comportamentos dos cartolas, o calendário nacional, os clubes falidos, as ausências de craques, são deixados de lado, cai tudo no esquecimento, e impera a era da mediocridade que afeta o torcedor do futebol nacional.

Quanto mais desligado, melhor para o sistema, e o lixo jogado pelas telinhas seve de parâmetro para aqueles que gostam desse esporte.

As suas estruturas foram corroídas pelos cupins da corrupção, e pouco se fala sobre o tema, com exceção de alguns raros programas na TV fechada, que também vivem sob pressão dos seus editores. Saiu da linha, a cabra resolve o problema, com uma demissão.

As notícias que são divulgadas deixam a todos no mundo da fantasia e do faz de conta, por não existir o lado ruim do futebol, em que tudo são flores.

As verdades não são ditas para que a sociedade não perceba o que de real acontece, e para os detentores do poder nada melhor de que todos continuem alienados, ou seja sem conhecimento do mundo real, e sim do imaginário que é bem produzido pela televisão e outras mídias jornalísticas.

Esse processo foi utilizado em nosso país por muitos anos, quando a presença do analfabetismo era a bandeira dos governantes, que não desejavam que a população tivesse através da cultura a percepção do seu mundo, e isso lhes garantia um poder perpétuo.

Melhorou um pouco, mas continuamos com problemas graves como esse no atual Brasil.

Com relação ao futebol, ficamos com uma conhecida música do grupo Titãs, com o titulo ¨Televisão¨, quando um dos seus trechos diz: ¨A televisão me deixou burro, muito burro demais¨.

Se tivéssemos um debate maior, esclarecedor, não teríamos no setor vários desses cartolas, e entre esses Nuzman, que o estão poluindo.

É o sistema atuando. 

Comentários   

0 #3 RE: O EMBURRECIMENTO NACIONALRUBRO-NEGRO 09-10-2017 11:49
JJ: O artigo não citou as narrações e comentários dos jogos que são muitas vezes ridículos. Pernambuco é um exemplo. São torcedores dos clubes locais. Excelente essa postagem.
Citar
0 #2 RE: O EMBURRECIMENTO NACIONALANTONIO CORREIA 09-10-2017 11:27
JJ: O amigo retratou em seu texto tudo que acontece em nosso país. A televisão que poderia educar, debater o futebol emburrece o torcedor com noticias vazias, e o mais grave mais para o lado do humor. Assistir um programa esportivo hoje, é pior do que uma sessão das casas parlamentares. O resultado está bem patenteado na mediocridade geral do país.
Citar
0 #1 Aonde será que o galo está cantandoBeto Castro 09-10-2017 10:06
A corrupção é consequência do sistema colonial imposto ao futebol nacional e não a causa. As elites nacionais se refestelam há séculos do sistema ideológico colonial reinante na colônia. Veja que no caso do futebol, as potências coloniais não são a Rússia, a China, o Canadá, o Japão, a Coreia, a Austrália, mas o dreno colonial tem centro na Uefa e nas adjacências do Baú da Zurica no centro da Federação Europeia. Neste caso, as grandes potências mundiais são vítimas do colonialismo futebolístico na mesma proporção do Brasil. Deste modo, as potências coloniais no caso do futebol são a Inglaterra (onde foi fundado), França, Alemanha, Itália, Espanha, de onde emergem as regras coloniais do sistema, até mesmo para os vizinhos menores e os gigantes do G8. Então, a corrupção sistêmica não é causa da derrocada do Brasil e das potências, no caso do futebol, mas é consequência da necessidade que o colonialismo setorial do capitalismo tardio tem de atrasar o progresso e manter os centuriões lagartixas comprados e azeitados para manutenção e até a deterioração do setor. Assim, o Brasil e os brasileiros nas suas ingenuidades ideológicas da guerra fria, incluindo o Blogueiro, não tem noções nem conhecimentos das verdadeiras razões de suas próprias desgraças coloniais. No fronte interno, o colonialismo apodrecido tem como centro os turcos e as seis quadrilhas internacionais que dominam o butim, referendadas pelas doze tribos da Bota brasileira (com um s no meio), como centro do colonialismo interno. Neste caso, os agentes do colonialismo da conexão Rio-São Paulo-Belo-Guaíba aparelhada pelo Camelódromo Monopolista é quem mantém esse colonialismo europeu dos tupiniquins e das Repúblicas Bananeiras Sul-Americanas. Essa ideologia de espoliação é tão sutil, que até os cérebros daqueles que reclamam são lavados pelos agentes internacionais. Este sistema se reproduz através de uma educação sem foco na emancipação espiritual e se torna dependente da falsa ausência de poupança e capital nacionais, desculpas esfarrapadas para manter e ampliar o colonialismo ideológico. Toda essa trama está detalhadamente explicada na obra do filósofo brasileiro Álvaro Vieira Pinto - Consciência e Realidade Nacional Vol 1 - A Consciência Ingênua e vol 2 - A Consciência Crítica. É exatamente o que ocorre com os críticos copiadores caricatos dos sistemas europeus - fonte do colonialismo e das heresias impostas pelo centro colonial - A ingenuidade ideológica leva a uma consciência crítica equivocada que propões não só a manutenção do colonialismo, como propõe a expansão da dominação e até o fim das instituições mínimas que seguram as aparências. Em resumo, o proxeneta típico, tanto ao nível setorial, como ao nível nacional que inclui todas as potências espoliativas, ouve o galo cantar, mas não sabe onde, tornando-se, também, ele próprio um inocente útil do sofisticado xadrez colonial. Veja no caso dos golpes de Estados dados pelos proxenetas corruptos e ladrões que a ideia fixa dos coloniais traidores da Pátria é vender o mínimo do suporte patrimonial da Nação numa conjuntura de libertação mínima pela educação e pela parca riqueza do país. A ingenuidade colonial é tamanha e brutal, que nem os perseguidos tem qualquer noção porque estão sendo perseguidos pela própria justiça do país. A mídia intermediadora do colonialismo em seus golpes contumazes, se une com a pirâmide patológica multinacional e a privatifaria, que financiam as cambadas da bola e os golpistas, e cooptam os iludidos candidatos à classe dominante, na defesa de confessos corruptos, propinados e ladrões vagabundos e confesso da Pátria, do nosso território e riquezas em troca de comissões e poder ilegítimos. Pobres silvestre brasileiros voadores! Não é possível que o ingênuo neném colonial continue na sua pregação de aprofundamento da dominação interna e externa com os seus comentaristas paspalhões, depois desta explicação científica. Não culpo vocês, pois a manipulação ideológica colonial e de forma brutal e mistificadora, também se assenta em larga monta nos colaboracionistas ingênuos de pouca reflexão. O sistema colonial tem as suas formas sofisticadas de premiar os adesistas míticos, até mesmo os mais críticos e de sentimentos esparsos, diversionistas e desfocados da realidade colonial.
Citar

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar