blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O futebol de Pernambuco caminha sem lenço ou documento, e nada de novo nas mãos. Tudo continua como dantes.

Não temos uma entidade que pense em algo melhor e positivo para esse esporte, pelo contrário usa e abusa de várias pirotecnias como forma de promoção.

Oferecer dinheiro para os atletas do Náutico para que o time possa se livrar da degola é algo fora de proposito, e com pouca repercussão. A não ser em nossa mídia juvenil.

Lemos no blog de Claudemir Gomes um artigo sobre o Santa Cruz e a sua chapa para as eleições previstas para o final do ano, ou seja com os mesmos nomes, o mesmo grupo e o mesmo banco no jardim, que levaram o clube ao fundo do poço.

Será a mudança do seis por meia dúzia, e a confirmação da ausência de uma renovação.

Por outro lado, o Sport também trocou o fraco por um mais fraco, e os problemas continuaram. Foi uma renovação pelo avesso, desde que as portas fechadas do clube impediram um processo de mudança.

O Náutico vem sofrendo com gestões equivocadas, com uma divisão interna grave, e quando surgiu o que representava o novo esse não conseguiu leva-lo para outros caminhos. 

O momento atual do clube é o reflexo dos erros acumulados há um bom tempo, com dois presidentes em um só ano. 

O século XXI tem sido trágico para o futebol de Pernambuco, que tornou-se um mero figurante no cenário nacional.

Nos tornamos o nada dentro do nada.

Foi criada uma cultura de que não é preciso planejar para obter bons resultados.

Um grande pecado mortal, visto que se os clubes não entenderem a necessidade de reformulação e sobretudo, profissionalização de suas administrações para que obtenham resultados sustentáveis ao longo do tempo e terão como resposta a decadência ou o fim.

As agremiações se fecharam através de grupos dominantes que não permitem mudanças, nem o surgimento de novas cabeças pensantes. Essas são alijadas do processo.

O clube é uma empresa com acionistas e deve ser administrada como tal, com razão e lógica e sobretudo sem emoção. Uma administração planejada prepara o futuro, e no caso do futebol, dará condições de sobrepujar os tropeços ocasionados pelas pedras do caminho.

As sedes dos clubes são habitadas por fantasmas, não existe sinal de vida, o associado foi esquecido totalmente e perdeu a sua relação com esses, e com isso a nova geração de dirigentes não é formada.

Teremos amanhã o Dia das Crianças, e perguntamos, qual a entidade que programou uma festa dedicada aos filhos dos sócios?

Vamos dar um exemplo pessoal, começamos no Sport numa escolinha de voleibol, depois participamos das competições estaduais.

Começamos a ter uma identidade com o clube, e isso nos levou aos diversos cargos da diretoria, inclusive no futebol. Uma escola que foi abandonada pelo novo sistema implantado, que não permite uma renovação.

Os nossos clubes tem que repensar os seus futuros. Procederem com uma análise real e traçarem os seus novos objetivos, e o retorno do associado às suas casas é fundamental.

Deveriam esquecer de tudo que está sendo feito e que não deu certo, fazer um recomeço, que parte da reestruturação dos seus quadros diretivos e a profissionalização de todas as suas áreas.

As vaidades devem ser deixadas de lado, que os dirigentes não vejam o clube apenas com interesse de uma promoção pessoal, e sim, como uma grande coletividade formada por seus sócios e simpatizantes.

Ou mudam ou irão morrer sem lenço ou documento.

Comentários   

0 #3 RE: SEM LENÇO OU DOCUMENTOANTONIO CORREIA 11-10-2017 14:37
JJ: Mais um artigo para os que ainda pensam em nosso estado refletirem. A analise está correta. O foco totalmente certo abordando um tema relevante e sobretudo o fracasso das diversas gestões.
Citar
0 #2 Verdades inverídicasBeto Castro 11-10-2017 13:14
Todas as verdades foram ditas neste artigo. Mas, são apenas verdades inverídicas. Destilações que não fedem nem cheiram, porquanto desfocadas da realidade fática num universo de instituições mergulhadas num oceano de mentiras. Nem contratando equipes com os melhores executivos em administração e gestão com diretores profissionais do Brasil ou do exterior esses clubes culturalmente anêmicos por falta de nutrientes fariam sucesso, aqui ou na China. O sistema de aparelhamento está encriquilhado há décadas, é planejado para o fracasso generalizado, está imerso em corrupção financeira e de costumes, é subdimensionado para a iniquidade, se nutre do parasitismo de sanguessugas, além de ser totalmente submetido à diretrizes coloniais, tanto no plano interno quanto externo. A partir do núcleo apodrecido do Baú da Zurica, o desastre não se baseia na eficiência eficaz do capitalismo e da gerência moderna, mas em manipulações de oportunistas centrais à caminho da decadência. As pequenas entidades federativas se situam no mesmo patamar das federações que deveriam ser portentosas. Os países mais ricos, prósperos, ricos, poderosos e criativos do mundo vivem atrelados a esta estrutura carcomida e corrompida. Tomei conhecimento que a maior potência do mundo, os EUA foram eliminados pelo Panamá. A segunda maior potência econômica e populacional do planeta, a China não existe no futebol e pode gastar rios de dinheiro jogados no butim da incompetência que não sairá do lugar, assim como outras potências inventivas e tecnológicas como a Coreia, o Japão, Israel, Canadá, Austrália, Índia e a própria Rússia. Quem dá as cartas é a velhacaria de um grupo minoritário da União Europeia. O organograma anacrônico e ultrapassado não tem base nos pressupostos econômicos, mas apenas na manutenção de um organismo de politicalha decadente e moribunda, replicada em todos os continentes de raposas corruptas. O Brasil aproveitou a influência nefasta do criador desse holocausto de ineficácia para conquistar títulos conjunturais, porque é a única Confederação de um país isolado que no passado semeou uma estrutura quase científica. O seu estertor começou exatamente em 1987 com a implantação da anarquia federativa e o aparelhamento da rede sanguessuga. O esperneio é grátis, mas o organismo está gravemente enfermo pela teimosia do doente terminal sem qualquer chance de recuperação. Pernambuco é apenas um dos órgãos do canceroso em metástase da agonia com falência múltipla esperando os sinais vitais se apresentarem nos monitores em linha reta. Não há médicos no sistema, mas apenas carrascos e coveiros a espreita de currar os defuntos que acessam o cemitério. Mas, o veterano curandeiro é livre para continuar receitando chazinhos inócuos para os favelados excluídos, famintos e sem teto.
Citar
0 #1 RE: SEM LENÇO OU DOCUMENTORUBRO-NEGRO 11-10-2017 12:15
JJ: O seu artigo mostra a realidade dos clubes de Pernambuco, e seus gestores. O afastamento do associado não permite uma renovação, e a continuidade de um mesmo grupo no processo diretivo é real e acontece. Fui dirigente do Sport no seu tempo. O clube tinha vida, preparava uma nova geração para dirigi-lo, fato esse que foi quebrado por conta do terceiro mandato.
Citar

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar