O futebol hoje não tem mais o romantismo de décadas passadas.
O capitalismo moderno o transformou em um negócio, que muitas vezes viram negociatas.
A FIFA e o Circo que o digam.
Não existe mais espaço para dirigentes amadores e apaixonados, que deverão ser substituídos por profissionais competentes que tenham uma visão ampla sobre diversos segmentos, em especial dos pilares da ciência econômica que são fundamentais no processo gerencial.
Na preparação do planejamento de uma empresa, e o clube tem a mesma condição, um fator bem importante para a valorização de sua marca deverá ser analisado, o valor agregado bruto.
O assunto já foi tema de algumas postagens, e retornamos por conta de alguns times do futebol brasileiro, no caso Palmeiras e Flamengo que foram os maiores gastadores da atual temporada.
O consumidor de uma loja é um cliente que deseja um bom produto ou serviços, que possam anteder as suas necessidades, considerando a relação benefício x preço, em comparação com a concorrência.
Tal fato acontece com um clube de futebol.
Para se conquistar um cliente é necessário ter uma união do valor agregado ao produto final, ou seja, é fazer com que esse apresente um algo bem diferenciado, que atraia a sua atenção, tornando-o mais compatível no mercado.
As duas agremiações nas suas partidas não estão apresentando um futebol que possa agregar valores, pelo contrário estão em processo de desagregação.
Para um clube sócio esportivo, os valores agregados ao seu produto final posto à venda, vão de uma boa prestação de serviços a uma equipe competitiva, ou seja que tenha bons resultados nas diversas competições em que participam.
O atendimento ao sócio/consumidor é ponto principal, fazendo com que possa sentir-se em suas dependências como estivessem em suas próprias casas.
No dia de hoje esses fundamentos importantes estão sendo deixado de lado pelas agremiações, e o preço final do seu produto apresenta uma queda vertiginosa, obedecendo a lei do mercado.
Muitas vezes algumas consultorias divulgam os valores dos times do futebol, baseados apenas na estimativa dos direitos econômicos dos atletas, que sofrem uma oscilação por conta das suas atuações.
Trata-se de uma analise equivocada, quando deveriam incluir o valor agregado de cada um. Um clube de uma divisão menor tem um peso diferente daquele que atua há um bom tempo na maior.
Quando uma equipe vai mal, menor o seu valor agregado.
Outro ponto está relacionado ao abandono do associado, que se torna um mero pagador de mensalidades, e nada recebe em troca, inclusive verificando que o não sócio tem os mesmos direitos para a frequência em suas dependências.
Um fator importante está relacionado a transparência, que serve para dar credibilidade ao clube na sua relação com o consumidor, que ao perder a confiança, abandona as atividades, e deixam de consumir os seus produtos, inclusive os jogos de futebol.
A queda desse esporte no Brasil está relacionada à perda do seu valor final, desde que as péssimas gestões, aliadas à falta de qualidade do futebol e da prestação de serviços, desagrega o valor agregado, e reduz a capacidade de concorrência, obrigando a redução dos preços.
Quando um time vai mal em uma competição, o seu valor fica em estado de queda, e no final a solução é a promoção nos preços dos ingressos.
O patrocinador trabalha em parceria com o mercado, e quando esse não apresenta atrativos certamente procura outro caminho. O maior exemplo é a ausência de novos bons patrocinadores nas camisas dos clubes, que tem como única salvação a Caixa Econômica, um órgão do governo.
O economista Roberto Campos, já falecido, nos deixou uma frase antológica que deveria ser aplicada ao futebol brasileiro:
A BURRICE NO BRASIL TEM UM PASSADO GLORIOSO, E UM FUTURO PROMISSOR.
Comentários
0#1Seria bom se fosse verdade —
Beto Castro14-10-2017 11:38
Esta fantasia do valor agregado não funciona adequadamente nem na microeconomia empresarial. Os monopólios e oligopólios dificultam a competição dos médios e pequenos, que só existem em setores de baixa tecnologia. O grosso da economia é na área de serviços onde prolifera o trabalho intensivo com pouquíssimo nível de inovação. No futebol, então, os monstros sagrados do aparelhamento político são os donos do pedaço, seja no Brasil ou no mundo. No universo global os parâmetros, variáveis e funções econômicas simplesmente não existem, porquanto, os membros dos grandes países estão excluídos do mercado pelos mafiosos europeus. As grandes potências territoriais, demográficas e econômicas - EUA, China, Rússia, Índia, Japão, Coreia, Brasil, Canadá, Austrália, Indonésia, etc não existem como protagonistas do setor. Assim, o mundo do futebol deixa de fora 90% do potencial global e restringe o seu agregado bruto a 10% do mercado. É assim no mundo e nos continentes, como ocorre na América do Sul com Brasil participando com apenas 17% dos 50% a que teria direito sem o aparelhamento. A quase um século, os campeonatos mundiais interclubes terminam com um clube europeu e um sul-americano, onde a ideologia da convergência de dominação prevalece como um dogma imutável dos pixulecos. Tudo neste mundo vil do futebol aparelhado se reduz aos currais eleitorais eternos das massas continentais manipuladas da pobreza econômica e de espírito da tartamudez dos centuriões lagartixas propinados do vasto império da ignorância e da mídia açambarcadora com os seus miquinhos amestrados. O Espírito crítico e emancipador é zero agregado. Deste modo, atolados no brejo da mentira e do ludibrio, o agregado bruto se restringe à cúpula colonial de quatro ou cinco países europeus que emitem as suas diretrizes erráticas e de manutenção do "status quo". Somente a velhacaria do Association Board pode surfar no sucesso federativo da Copa dos Campeões, Europa e certames nacionais nanicos e engessados com dois ou três dominadores locais. Aqui na colônia feudal dos lacertílios, as múmias egípcias sob campana do FBI desejam um duopólio das entranhas das doze tribos sírias decadentes. Na Brasíria Teimosa como no velho mundo dos besouros agregadores de fezes com areia num único agregado que conhecem. Economia e Desenvolvimento são palavras de baixo calão.
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